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29 DE NOVEMBRO DE 2019

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Portanto, o Nuno juntou-se aos 709 000 portugueses que, no final de 2018, ainda aguardavam por uma

consulta, nessa altura, há mais de um ano.

A Mariana — lembram-se da Mariana? —, que ganhava o salário mínimo nacional — não ganhava muito,

dizia o Dr. Carlos César —, precisa de uma cirurgia, que não consegue marcar no Serviço Nacional de Saúde.

E junta-se, por isso, aos outros 245 000 utentes do SNS que aguardam por marcação.

Protestos do Deputado do PS Santinho Pacheco.

Ela até tentou marcar através do SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia), algo de

que ela tinha ouvido falar, mas acontece que, como este Governo tem, há mais de um ano, faturas em atraso

para pagar aos hospitais do privado e do social,…

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Pois é!

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — … também não consegue resolver a situação aí.

A Augusta… Ora, a Augusta, dizia o Dr. Carlos César, tinha dois filhos — que agora estão no 7.º e no 10.º

anos, porque, entretanto, mudámos de ano — e andavam todos muito felizes por causa dos passes sociais. É

verdade! A Augusta vive em Almada e tem dado muito uso aos passes sociais, já que o seu filho, o que está no

7.º ano, tem asma e ela tentou ir à urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta e estava fechada. Então,

apanhou um comboio e dois autocarros, uma hora e meia de viagem para chegar a Santa Maria, cuja urgência

está congestionada.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Está enganada!

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Claro que depois, no regresso, tendo de apanhar dois autocarros e um

comboio, chegaram tarde a casa e no dia a seguir a Augusta estava de baixa por assistência à família e não

pôde ir trabalhar.

O João, como disse o Sr. Deputado Carlos César, na altura, ia estudar para o interior. É verdade! Foi estudar

para o Instituto Politécnico de Viseu, num curso superior agrário. Estava muito contente, mas teve um pequeno

acidente com um trator, algo aparatoso, e pediu uma ambulância ao INEM (Instituto Nacional de Emergência

Médica).

Ora, o que é que aconteceu? Como o Hospital de São Teotónio, que serve a zona de Viseu, não tem macas,

as ambulâncias estão paradas à porta do Hospital à espera de lá deixarem os doentes. Portanto, o desgraçado

do João esteve horas à espera de uma ambulância e já não está assim tão contente por ter ido para o interior.

O avô do André é um caso mais complicado, porque, infelizmente, está com uma demência, que é uma coisa

que, como sabemos, poderá vir a acontecer a muitos portugueses. Como ele tem uma pensão baixa, não

consegue lugar numa residência privada, mas o seu neto, o André, andou à procura de uma solução. O que é

que acontece? Eles vivem no Alentejo,…

O Sr. João Dias (PCP): — Ah! Logo vi!

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — … e o André lembrava-se de que, em 2017, o Governo tinha anunciado

dois projetos-piloto de cuidados continuados no Alentejo. Foi à procura deles, mas estes só estão no papel.

Portanto, o André tem um grande problema para resolver, porque não sabe o que é que há de fazer ao avô

nesta situação.

Finalmente, temos o Hugo. O Hugo, lembram-se — o Dr. Carlos César explicou-nos —, tinha montado uma

startup.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Quem estava com saudades do Carlos César mata-as agora!

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