O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 12

4

Protestos do PS.

Quem o diz são os profissionais de saúde que assim descrevem os serviços de urgência do País,

comparando-os até a teatros de guerra. Há hospitais que não conseguem fazer escalas por falta de pessoal,

serviços assegurados por profissionais não especialistas e administrações sem outra solução senão a de fechar,

por completo, as portas aos serviços de urgência. Um SNS em rutura!

Temos hoje, em termos efetivos, menos disponibilidade de profissionais do que tínhamos no tempo da crise.

Nem todas as contratações feitas até agora foram suficientes para colmatar o efeito das 35 horas. Está a ser

feita uma gestão absolutamente irresponsável do capital humano do SNS, mas o Governo vem agora culpar os

profissionais de saúde pela falta de resultados, profissionais esses que, muitas vezes, trabalham em condições

miseráveis e sem os quais o SNS já teria colapsado.

Aplausos do PSD.

Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos e auxiliares de saúde a trabalharem sem reconhecimento da

tutela, sentindo que ninguém valoriza se fazem bem ou mal. Isto tem de mudar! O pior é que o Governo não

sabe quem são os profissionais que trabalham no SNS, nem sabe quais são as necessidades presentes e

futuras.

Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.

Assim, não há planeamento possível e a conversa sobre a exclusividade dos médicos não passa de mais

uma cortina de fumo.

A pergunta que deveriam fazer é a seguinte: porque é que os médicos que o Governo quer, por via da força,

obrigar a ficar no SNS, afinal, querem sair? Se quiserem ouvir os profissionais, a resposta é simples. Estes

profissionais altamente qualificados não têm perspetivas de carreira, são mal pagos, não vislumbram qualquer

visão estratégica para o SNS e o mais grave de tudo é que não têm condições mínimas para exercerem a sua

profissão com dignidade. Não é por acaso que se multiplicam às centenas os pedidos de recusa de

responsabilidade por parte dos médicos. Em termos práticos, estes médicos estão a dizer ao País que não

param de trabalhar porque essa é a sua obrigação deontológica, mas que a falta de meios é de tal forma grave

que os cuidados prestados estão aquém das necessidades reais dos doentes, ficando estes em risco.

Aplausos do PSD.

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — Que falta de convicção!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Eis o estado da saúde em Portugal: tempos de espera inaceitáveis,

com o número de doentes em listas de espera constantemente a aumentar; apesar das promessas de cobertura

universal, mais de 600 000 portugueses não têm médico de família atribuído; degradação dos indicadores de

saúde materno-infantil; investimento irrisório nos cuidados continuados; ausência quase absoluta de respostas

dos cuidados paliativos; nem um equipamento hospitalar foi construído nestes vossos anos de governação. E,

apesar de todos estes sinais de desinvestimento, conseguem também a proeza de não pagar a fornecedores,

com o consequente aumento das dívidas e dos pagamentos em atraso.

Também não se verificou nem uma resposta aos desafios do envelhecimento, das necessidades de

autonomia da gestão, dos avanços tecnológicos ou da humanização. Nada! Simplesmente, falharam. Está na

hora de inverter o caminho e, para isso, o Governo tem de fazer um mea culpa. O Primeiro-Ministro tem de

reconhecer o desnorte na saúde e tem de assumir que está agora disponível para fazer as mudanças estruturais

de que o SNS precisa.

O Partido Social Democrata está disponível para reformar a saúde em Portugal e nós sabemos qual é o

caminho que tem de ser percorrido para salvar o Serviço Nacional de Saúde. Portanto, não vale a pena falarem

em pactos de regime ou em outros acordos que não sejam para reformar o sistema de cima a baixo.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 12 2 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputad
Pág.Página 2
Página 0003:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 3 O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): —
Pág.Página 3
Página 0005:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 5 Protestos da Deputada do PS Maria Ant
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 12 6 E mais, Sr.as e Srs. Deputados, em novembro de
Pág.Página 6
Página 0007:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 7 Recordo a hospitalização domiciliária. Desde
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 12 8 Aplausos do PS. O Sr. Pres
Pág.Página 8
Página 0009:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 9 Aplausos do PS. Há muito mais
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 12 10 O Sr. José Luís Ferreira (PEV): — Mas ainda vo
Pág.Página 10
Página 0011:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 11 O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Portanto, aqu
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 12 12 Aplausos do Deputado do PSD Álvaro Almeida.
Pág.Página 12
Página 0013:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 13 Entretanto, a Sr.ª Ministra informou a Mesa
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 12 14 Sr.as e Srs. Deputados, esse ressentimento, a
Pág.Página 14
Página 0015:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 15 Portanto, Sr. Secretário de Estado, gostava
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 12 16 Sr.ª Ministra, estamos a falar da morte de pes
Pág.Página 16
Página 0017:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 17 Bem sabemos que o problema não é de hoje e
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 12 18 Por isso, creio que a Sr.ª Ministra deveria ap
Pág.Página 18
Página 0019:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 19 A preocupação com as pessoas é sempre a pri
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 12 20 A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Não é
Pág.Página 20
Página 0021:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 21 de Saúde. Também ao nível dos enfermeiros e
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 12 22 O Sr. André Ventura (CH): — E ele não r
Pág.Página 22
Página 0023:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 23 Porém, não temos ainda resposta em todos os
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 12 24 instalações indignas, paredes cheias de bolor,
Pág.Página 24
Página 0025:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 25 infiltrações, onde há consultas que são dad
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 12 26 de mortalidade infantil e materna, em 2018, su
Pág.Página 26
Página 0027:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 27 O Sr. André Ventura (CH): — … disse, e cito
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 12 28 Pergunto-lhe, Sr.ª Ministra: como foi isto pos
Pág.Página 28
Página 0029:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 29 e os porto-santenses pretendem ver respondi
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 12 30 situação frágil, muito envelhecidas. Mas, ao c
Pág.Página 30
Página 0031:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 31 Portanto, estou como o líder do seu partido
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 12 32 Em qualquer caso, as aprovações de medicamento
Pág.Página 32
Página 0033:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 33 Estamos, portanto, insatisfeitos, provavelm
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 12 34 Protestos do PSD. A Sr.ª Ana Rit
Pág.Página 34
Página 0035:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 35 Mas é preciso mais do que isso, e é por iss
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 12 36 O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem
Pág.Página 36
Página 0037:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 37 Portanto, o Nuno juntou-se aos 709 0
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 12 38 A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Agora, anda
Pág.Página 38
Página 0039:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 39 O Sr. José Rui Cruz (PS): — Sr. Presidente,
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 12 40 na sua maioria, territórios no interior do Paí
Pág.Página 40
Página 0041:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 41 aquele que não vamos desistir de melhorar,
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 12 42 República, temos o dever de contribuir para as
Pág.Página 42
Página 0043:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 43 A suborçamentação do SNS é, de facto, um pr
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 12 44 O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ul
Pág.Página 44
Página 0045:
29 DE NOVEMBRO DE 2019 45 relevância do caminho percorrido e das suas
Pág.Página 45