O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

13 DE DEZEMBRO DE 2019

79

As Deputadas e os Deputados do BE.

———

Relativa aos Votos n.os 80, 110 e 119/XIV/1.ª:

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista manteve, desde sempre, um diálogo e reconhecimento para com

os agentes económicos que colocam o distrito de Setúbal na linha da frente de um Portugal, cuja economia é

cada vez mais internacionalizada e vocacionada para a exportação. A este propósito é relevante referir que a

exportação de bens cresceu em Setúbal 51% em 2017, quadruplicando a média nacional, incrementou em 2018

mais 30% e regista, já nos primeiros nove meses deste ano, um crescimento acumulado de 15%.

De igual modo, através de um conjunto de posições políticas sustentadas e atentas, bem como de outras

formas de contacto e proximidade, ao longo das últimas décadas acompanhámos a evolução das condições dos

trabalhadores, nos diversos setores de atividade, sem o contributo dos quais nenhum deste sucesso seria

possível.

Assumimos uma posição de equilibro e proximidade que zele pelo crescimento sustentável desta região e a

afirme ainda mais enquanto motor de produção e exportação da economia nacional. Fazemo-lo pela conceção

que temos dos nossos mandatos e, acima de tudo, conscientes de que nos cabe respeitar a autonomia

executiva, associativa e sindical e nunca, em momento algum, através da instrumentalização dos seus agentes.

Defendemos os interesses de todos os trabalhadores, das grandes empresas, mas também das micro,

pequenas e médias empresas que pela primeira nos últimos 10 anos perfazem as 85 000, empregando mais de

203 000 trabalhadores.

Saudamos todas quantos contribuíram para os excelentes resultados dos últimos anos, que se refletem num

Portugal de boas contas e que cresce acima da média nacional.

Ainda recentemente, a península de Setúbal, por decisão governativa pôde usufruir de um pacote de 15

milhões de euros, ao abrigo da Inovação Produtiva do POR Lisboa, cujos apoios se destinam a investimentos

produtivos de criação, expansão ou modernização de empresas.

Respeitamos todos os trabalhadores e todas as empresas. Respeitamos, obviamente, o trabalho

desenvolvido pela Autoeuropa e temos o maior respeito pelos seus trabalhadores e dirigentes. Nesta justa

medida, recusamos qualquer oportunismo que os queira reduzir a meras armas do jogo político parlamentar.

Quando um partido usa o bom desempenho de uma empresa e em particular o empenho dos seus trabalhadores

para, no fundo, criticar um Governo, nos termos em que foi protagonizado pela extrema-direita, merece o nosso

mais veemente repúdio.

Esta é a decência que nos pauta e que repomos com os nossos sentidos de voto.

O Grupo Parlamentar do PS.

———

Relativa ao Voto n.º 82/XIV/1.ª:

Ao longo da última Legislatura, o Parlamento assistiu a uma escalada preocupante na utilização dos votos

para manter a agenda política em permanente ebulição.

Esses votos decorriam da agenda política de cada partido, muitas vezes implicada pela resposta a pequenos

grupos de interesses e outras com o objetivo de fazer ampliar e cristalizar divergências ideológicas e agendas

fraturantes.

Não há qualquer mal no debate político desde que feito com juízo, com fundamento, com capacidade para

que se exponha o contraditório. Ora, os votos não permitem nada disso, antes transformam os 230 deputados

em seres inanimados que levantam o braço perante arrazoados inconsequentes. Esta loucura dos votos é

própria da insanidade típica das reuniões gerais de alunos.

O que se estranha é a incapacidade para se ponderar o caminho seguido e se tenha entrado na presente

Legislatura com a ampliação do mal. Os Deputados estão hoje colocados numa linha de produção de votos que

desqualifica a função parlamentar e desmerece na sua dignidade.

Páginas Relacionadas
Página 0074:
I SÉRIE — NÚMERO 17 74 Este diploma baixa à 9.ª Comissão.
Pág.Página 74