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15 DE FEVEREIRO DE 2020

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que soube transportar de forma exemplar para a vida política, à qual sempre imprimiu um cunho de

concretização reformista e de credibilidade.

Histórico militante do Partido Social Democrata e Deputado à Assembleia da República, foi, no entanto, como

governante que Álvaro Barreto mais se evidenciou, desde os finais dos anos de 1970 até meados dos anos

2000.

Integrou sete Governos Constitucionais: como Ministro da Indústria e Tecnologia no Governo liderado por

Carlos Mota Pinto; Ministro da Indústria e Energia no Governo liderado por Francisco Sá Carneiro; Ministro da

Integração Europeia no Governo liderado por Francisco Pinto Balsemão; Ministro do Comércio e Turismo no

Governo liderado por Mário Soares; Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação nos Governos liderados por

Aníbal Cavaco Silva, e, finalmente, Ministro de Estado, da Economia e do Trabalho no Governo liderado por

Pedro Santana Lopes.

Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República presta a sua homenagem à memória do Eng.º

Álvaro Barreto, endereçando o seu sentido pesar à família e amigos.»

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Secretário.

Vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do CH.

Temos, agora, o Voto n.º 175/XIV/1.ª (apresentado pelo BE e subscrito por um Deputado do PS) — De pesar

pelo falecimento de Zuraida Soares. O Sr. Deputado Pedro Filipe Soares vai proceder à leitura deste voto.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Faleceu no dia 8 de fevereiro de 2020 Zuraida Maria de Almeida Soares. Zuraida Soares nasceu em Lisboa,

a 26 de Julho de 1952. Foi mãe de quatro filhos.

Na adolescência, fixou-se na cidade de Espinho, onde concluiu os estudos secundários. Licenciou-se em

Filosofia e, posteriormente, formou-se em Ciências da Educação e pós-graduou-se em Filosofia Contemporânea

e Medieval.

Desde cedo se empenhou na intervenção cívica e política. Na universidade, envolveu-se na luta antifascista,

o que lhe criou dissabores com a PIDE. Em Braga, onde viveu parte importante da sua vida, foi fundadora da

Associação Arco-Íris, associação a que viria a presidir. Aproxima-se da política partidária e adere à Política XXI,

sendo uma das fundadoras do Bloco de Esquerda.

Após um percurso enquanto professora do ensino secundário, chega aos Açores, em 1995, para lecionar na

Universidade dos Açores. Anos mais tarde, assume a direção do Centro Comunitário de Apoio ao Imigrante da

Cresaçor.

Em 1998 foi um dos rostos principais na Região Autónoma dos Açores da luta pela despenalização da

interrupção voluntária da gravidez, no referendo desse mesmo ano. Na altura, foi perseguida, tendo mesmo sido

brutalmente agredida numa noite à porta de sua casa. Tal, no entanto, não a remeteu ao silêncio, nem a impediu

de continuar a sua luta.

No Bloco de Esquerda foi Coordenadora da Comissão Regional, integrou a Mesa Nacional e a Comissão

Política. Autonomista convicta, defendia que a autonomia constitucional açoriana é uma ‘filha dileta da

democracia’ e sempre lutou pelo seu aprofundamento.

Foi a primeira Deputada eleita pelo Bloco de Esquerda para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma

dos Açores, onde foi parlamentar durante três mandatos. Terminou a sua última intervenção no Parlamento

açoriano com uma frase que resume a sua forma de estar na vida: ‘Não há nada que dê mais colorido e força à

vida do que lutar por uma sociedade mais digna, mais democrática, mais humana, mais tolerante, mais decente,

e, sobretudo, no fim, por uma sociedade e por uma terra sem amos’.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu pesar pelo falecimento de Zuraida

Soares e exprime aos seus familiares e amigos, e ao Bloco de Esquerda, o seu sentido pesar.»

O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado.

Vamos votar este voto de pesar.

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