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14 DE MARÇO DE 2020

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Pergunto também que garantia a Sr.ª Ministra nos pode dar em termos de apoio aos profissionais de saúde,

uma questão da maior importância. Ouvimos queixas — e eu pergunto até que ponto fundamentadas, ou não

— de profissionais de saúde que estão na primeira linha de combate sem equipamento de proteção suficiente,

sem lhes chegar esse equipamento de proteção. Sr.ª Ministra, pode, ou não, garantir-nos que o stock é

suficiente? Pode, ou não, garantir-nos que os profissionais de saúde não ficarão sem equipamento de saúde

necessário para enfrentar um possível pico, nas próximas semanas, desta epidemia?

A Sr.ª Ministra anunciou 81 profissionais, creio que até relacionados com a Linha Saúde 24. Pergunto:

quantos profissionais vão entrar? Quantos profissionais reforçarão o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para

combater esta epidemia? Vamos, ou não, a propósito desta epidemia, livrar-nos das cativações do Sr. Ministro

das Finanças e garantir que não haverá entraves a um reforço sério neste combate?

Recentemente, o Dr. Filipe Froes, referindo-se ao número de camas, dizia que não podemos confundir

disponibilidade teórica e capacidade prática. Pergunto, Sr.ª Ministra: quantas camas teremos e quantas camas

estarão efetivamente disponíveis das, penso, cerca de 200 camas de isolamento e das mais de 1500 camas de

cuidados intensivos que foram referidas? Que garantias pode dar a esta Câmara, e ao País, obviamente, em

relação a esta matéria?

Olhando para o exemplo dos outros países e esperando que o mais grave não venha a acontecer em Portugal

— a situação pode ser complexa, isso é inevitável —, sabemos também, Sr.ª Ministra, que há um fator crítico

nos casos mais graves, que tem a ver com a ventilação. Gostaria de saber qual é a disponibilidade ventilatória

do País, qual é a capacidade e que medidas vão ser tomadas para garantir que toda a capacidade de ventilação

do País estará disponível numa situação mais crítica, designadamente, com recurso ao setor social e ao setor

privado, se vier a ser esse o caso e essa a necessidade.

Por outro lado, Sr.ª Ministra, não faria sentido, como já disse a Ordem dos Médicos, criar hospitais próprios

só para esta matéria, a norte, ao centro, a sul? É outra pergunta que também lhe deixo.

Se esta é uma emergência, como resistirá e como responderá, no futuro, o Serviço Nacional de Saúde que

agora está, e bem, a cancelar cirurgias e tudo o que não é urgente? Que afetação é que isso terá no futuro e

como sairemos desta situação mais urgente?

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. TelmoCorreia (CDS-PP): — Estou mesmo a concluir, Sr. Presidente.

Gostaria, ainda, de perguntar que garantias nos dá em relação à Linha Saúde 24, o que será feito e que

alterações serão feitas. Não acha que poderíamos tomar medidas mais sérias em termos de fronteiras? Qual a

expetativa de mobilização de fundos europeus?

O Sr. Presidente: — Tem de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. TelmoCorreia (CDS-PP): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente.

Gostaria de saber, sobretudo, Sr.ª Ministra, se conseguiremos, ou não, controlar a tal curva, que todos temos

visto todos os dias em vários gráficos, e evitar a situação mais grave.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou em quase 1 minuto o seu tempo. No entanto, daqui a

pouco vai dispor de 5 minutos.

O Sr. TelmoCorreia (CDS-PP): — Termino dizendo, Sr.ª Ministra, que esperamos determinação e aderimos

à união nacional necessária para combater esta gravíssima pandemia.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Ministra da Saúde, que aproveito para cumprimentar e desejar um

bom dia.

A Sr.ª MinistradaSaúde (Marta Temido): — Muito bom dia, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados.

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I SÉRIE — NÚMERO 41 50 O Sr. Presidente: — Faça favor.
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