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I SÉRIE — NÚMERO 45

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defendemos um sistema nacional de saúde onde estão, obviamente, os hospitais privados e a medicina

privada…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Peço-lhe que termine, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Termino mesmo, Sr. Presidente. Há pouco fui um pouco interrompido,

pelo que lhe peço só mais 15 segundos.

Essas entidades privadas estão, de resto, a prestar um serviço fundamental, que já contratualizaram, pelo

que não há razão alguma para os querer destruir.

Queremos todos acordar deste pesadelo, mas eu quero acordar no Portugal das empresas, da liberdade,

no Portugal do Séc. XXI e não na Albânia do século passado!

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem ainda a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado

André Ventura.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Este é um daqueles momentos na História

em que vemos que Estado é que queremos e que Estado estamos dispostos a construir — um Estado que

deve às empresas centenas de milhões de euros e que agora lhes vem dizer que não terão apoios se tiverem

dívidas ao fisco ou se tiverem dívidas à segurança social. O mesmo Estado que lhes deve milhões é o Estado

que agora lhes diz que não podem ter dívidas.

Mas este é também o momento para recordarmos que o Estado, que diz que temos de continuar a cobrar

impostos, cobra, ainda hoje, IVA em material de proteção de saúde aos municípios e às empresas. Não há

Estado pior do que este!

Mas, Srs. Deputados, deixem-me que lhes diga o seguinte, com muita franqueza: disseram que a saúde

privada fechou. Deviam ter vergonha de dizer isso aqui, hoje. Ainda ontem, na televisão nacional, à vista de

todos, passou uma reportagem do Hospital da CUF do Porto que mostrava a luta contra a COVID, passaram

reportagens de mais de 100 doentes internados em hospitais privados e de mais de 2200 que foram

acompanhados pela saúde privada.

O Sr. Jorge Costa (BE): — Foi no intervalo da publicidade!

O Sr. André Ventura (CH): — Sabem, Srs. Deputados, também são trabalhadores, também são pessoas

que todos os dias se levantam para pagar os impostos que sustentam, nomeadamente, esta Casa e que, pelo

menos, mereciam uma palavra de respeito, pelo que não deviam vir aqui dizer que a saúde privada fechou as

portas.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou já terminar, Sr. Presidente.

Este modelo nem sequer é o da Albânia, porque a Albânia tem hospitais privados. Vocês querem mesmo é

o modelo cubano, onde não há nada para ninguém. Os impostos são para todos.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Muito obrigado, Sr. Deputado, queira terminar.

O Sr. André Ventura (CH): — Nós não aceitaremos isso! É vergonhosa a forma como tratam a saúde

privada em Portugal.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Terminamos, assim, o sétimo ponto da nossa ordem de

trabalhos e entramos agora, se todos estivermos em condições, no período das votações.

Entretanto, o Sr. Deputado Telmo Correia pede uma pausa técnica, que será devidamente concedida por

breves instantes.

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