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I SÉRIE — NÚMERO 51

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O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra, para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado André Ventura, não, não há um problema com a

comunidade cigana em Portugal. O Sr. Deputado é que tem um problema que já foi de trivela.

Aplausos do PS e do BE.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Deputado André Ventura.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não sei se as populações da Figueira da

Foz, de Moura, de Portalegre, de Beja, de Elvas acharam muita graça à piada, mas pode ser que sim.

Pergunto-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, se as notícias que saíram hoje em relação ao Secretário de Estado, de

que teria metido uma cunha para aquisição de testes, são ou não verdadeiras e se vai manter a confiança no

seu Secretário de Estado.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado André Ventura, sim, mantenho a confiança nos

membros do Governo, senão não seriam membros do Governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Ainda no uso da palavra, tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, muito bem, ainda bem que ficámos

esclarecidos sobre isso.

Uma última questão prende-se com as dívidas. Tínhamos referido, no último debate que aqui tivemos,

nomeadamente com o Sr. Ministro da Economia, que faríamos um esforço, neste último segmento, para o

pagamento de dívidas a fornecedores. É hoje reconhecido por todos, penso eu, inclusive pelo Governo, que

muito falta fazer nessa matéria. O Sr. Primeiro-Ministro respondeu-me a mim, no último debate quinzenal, que

estávamos a fazer um esforço faseado, integrado, para o pagamento dessas dívidas. Milhares de pessoas,

milhares de empresas olham hoje para o Governo que lhes deve milhões e que é um dos maiores devedores

da União Europeia em matéria de dívidas às empresas e aos fornecedores, sobretudo na área saúde, e convém

perguntar o seguinte: onde e como estão a ser feitos esses pagamentos? Qual é o prazo, se é que existe um

prazo, para o pagamento final dessas dívidas aos privados?

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. André Ventura (CH): — Quando poderemos finalmente ter uma luz ao fundo do túnel sobre isto?

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra, para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado André Ventura, como sabe, no final do ano, o

Estado fez um grande esforço, aliás, por capitalização dos hospitais-empresa, para poder pagar e reduzir

significativamente esse montante de dívida.

No final do mês de março, o total da dívida era de 433 milhões, menos 312 milhões do que em março do ano

passado e menos 180 milhões do que em fevereiro, ou seja, o Estado está a pagar, vai continuar a pagar e vai

continuar mesmo a fazer um esforço para reduzir os prazos de pagamento.

Quanto ao mais, Sr. Deputado, quero dizer-lhe o seguinte: eu não disse uma graça, mas disse mesmo aquilo

que é verdade. O Sr. Deputado resolveu criar um caso com uma parte importante dos portugueses, que é a

comunidade cigana, como se eles fossem estrangeiros e não sabendo que, há séculos, eles são tão portugueses

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