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12 DE JUNHO DE 2020

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Protestos do Deputado do PAN André Silva.

Estamos a falar de dados, não daquilo que supomos. Nós vivemos lá!

São estudos oficiais, em que é realizada a comparação dos efeitos ambientais dos olivais modernos, com as

principais…

O Sr. João Dias (PCP): — Quem faz os estudos?!

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — Deixe ouvir!

O Sr. Norberto Patinho (PS): — Estes são feitos pelo Estado, Sr. Deputado. Estes são feitos pelo Estado!

Sr. Deputado, parece-me que não quer que se oiça.

Esses estudos de comparação dos efeitos ambientais dos olivais modernos com as principais culturas do

Alentejo — como a vinha, o trigo, os prados, as pastagens, o arroz, o tomate e o milho —, concluem que o olival

moderno não promove mais pressões ambientais do que outras culturas regadas, com expressão determinante

no Alentejo.

Estamos solidários com as populações afetadas pelos problemas causados pela deficiente laboração de

unidades de tratamento de bagaço de azeitona, que urge resolver, mas não podemos confundir isto com a

exploração do olival.

O Sr. André Silva (PAN): — E a apanha noturna?

O Sr. Norberto Patinho (PS): — A quase totalidade dos projetos de lei e de resolução que estão hoje em

discussão tem em comum uma visão negativa sobre culturas intensivas que se desenvolvem na área regada

pelo empreendimento de Alqueva e, em particular, sobre o olival. O que fica claro nas exposições de motivos…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Norberto Patinho (PS): — Desculpe, Sr. Presidente, mas dê-me só 2 ou 3 segundos de tolerância.

Como dizia, o que fica claro nas exposições de motivos é a ausência de base técnica de sustentação, tendo

em comum afirmações sobre a utilização abusiva de fertilizantes e pesticidas, a quantidade de água utilizada e

aspetos negativos relativamente à biodiversidade. Admitindo que possam vir a ser tomadas algumas medidas

de ordenamento e controlo, devemos aguardar pelas conclusões dos estudos em curso, por forma a agir em

conformidade e segundo as recomendações técnicas resultantes dos mesmos.

O olival é uma das nossas mais-valias e não o devemos diabolizar. Dos 3 milhões de hectares que constituem

a região do Alentejo, a área ocupada por olival de regadio representa menos de 2% do total.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Norberto Patinho (PS): — Sr. Presidente, os alentejanos exprimem com sabedoria os seus

sentimentos, vontade e ambições através do cante.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. Norberto Patinho (PS): — Cantam assim os alentejanos: «É tão grande o Alentejo, / tanta terra

abandonada!… / devia ser cultivada.» É este o caminho que vamos continuar a trilhar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado André

Ventura.

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