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24 DE JULHO DE 2020

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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, dado que vamos fazer uma votação a seguir, era apenas

para os grupos parlamentares ficarem esclarecidos, pelo menos o do Bloco de Esquerda, sobre o que vamos

votar. Queríamos saber qual foi a razão da decisão da Mesa, se foi por este pedido ter entrado fora de tempo e

por a única motivação para ele ser a de perderem mais tempo com o debate e não por qualquer outro motivo

político.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, a única coisa que o Presidente da Assembleia da República tem a dizer

sobre esta matéria é que os prazos não são indicativos, são imperativos. Como não entrou dentro do prazo, não

existe, mas há direito a recurso por parte do PSD para que esta questão seja inserida no guião, pelo que vamos

votá-lo imediatamente.

Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PS e do BE, votos a favor do PSD, do CDS-PP, do

PAN, do CH e do IL e abstenções do PCP, do PEV e das Deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine

Katar Moreira.

Prosseguimos com a votação do Projeto de Voto n.º 290/XIV/1.ª (apresentado pelo PAR e subscrito por

Deputados do BE, do PAN, do PEV, do CH, do PS e do PSD) — De saudação ao Centenário de Amália

Rodrigues, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«A 1 de julho, data em que nasceu, ou a 23 de julho, em que foi oficialmente registada, Amália Rodrigues

completaria por estes dias o seu centenário, e certo é que, se fosse viva, celebraria o seu aniversário nas duas

datas.

No mês que marca o início das comemorações do seu centenário, a Assembleia da República associa-se à

evocação de Amália Rodrigues, fadista que nos deu mais do que uma extraordinária voz, que despertou a

admiração mundial e acordou o mundo para o fado, mas, e acima de tudo, o encontro do fado — género musical

tradicionalmente popular e bairrista — com poetas maiores como Camões, David Mourão-Ferreira ou Alexandre

O'Neill, ou com os grandes compositores, como Alain Oulman.

A Amália Rodrigues se deve uma das transformações culturais mais marcantes do século XX português.

Celebrar Amália Rodrigues é, assim, reconhecê-la como génio musical complexo, em todas as suas facetas

— de fadista, criadora e poeta —, sem falsos unanimismos nem retratos simplistas e ficcionados, incompatíveis

com a liberdade com que sempre viveu.

Amada pelo público, era ao povo e à arte que Amália dedicava a sua lealdade, o que lhe proporcionou uma

história íntegra e apaixonante.

E se o fado lhe deve o reconhecimento como Património Imaterial da Humanidade, Portugal deve-lhe a maior

homenagem, que é a preservação e a divulgação da sua magnífica obra, muito além das casas de fado, onde

continuará a viver no amor de muitas gerações de fadistas.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, evoca Amália Rodrigues, saudando e associando-

se às comemorações do centenário do seu nascimento.»

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, antes de passarmos à votação, quero anunciar a presença nas

galerias de Diogo Gaspar e Sebastião Varela Silva, familiares de Amália Rodrigues, do Prof. Dr. Rui Vieira Nery,

Coordenador do Grupo de Trabalho para as Comemorações do Centenário de Amália Rodrigues, e de

representantes da Fundação Amália Rodrigues, o Prof. Dr. Vicente Rodrigues, Presidente do Conselho de

Administração, e a Dr.ª Olga Apolónia, Secretária-Geral.

Em especial à Fundação Amália Rodrigues, agradeço, em meu nome e em nome da Assembleia da

República, a preparação do pequeno vídeo que será projetado de seguida, que constitui uma singela

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