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II SÉRIE-A — NÚMERO 10

mento de forma consistente com as metas de des inflação e crescimento económico, e em perfeita articulação com a política orçamental. Em particular, evoluir-se-á para um sistema de controlo monetário indirecto, assente sobretudo na utilização flexível das taxas de juro;

Política cambial: será gerida por forma a não comprometer a competitividade externa, mas sem criar tensões inflacionistas, e em articulação com o comportamento das taxas de juro. Continuar-se-á a desenvolver as condições necessárias para que a prazo o escudo possa integrar o mecanismo de câmbio do Sistema Monetário Europeu;

Politica de rendimentos: visará a conciliação da expansão do emprego com a manutenção da competitividade externa e a redução da inflação, nomeadamente procurando que os rendimentos (salariais e não salariais) evoluam em consonância com os objectivos fixados para a inflação esperada.

Conjuntura internacional

29— A evolução económica internacional em 1989 está a ser marcada por um dinamismo das economias dos países industrializados mais forte do que previsto.

O ressurgir da inflação tinha levado grande número destes países a adoptar uma política económica de cariz restritivo, o que veio a traduzir-se numa elevação das taxas de juro no sentido de propiciar um abrandamento do ritmo de crescimento da procura. Sendo este esforço mais marcado nos Estados Unidos, admitia-se mesmo que este país viesse eventualmente a entrar a prazo numa fase de recessão. Para os países europeus dar-se-ia apenas uma quebra do ritmo de crescimento, que mesmo assim deveria ser próximo do verificado em 1988 (cerca de 3% para a CEE).

Ora, a informação até agora disponível parece não só excluir a hipótese de recessão nos Estados Unidos mas aponta também para crescimentos vigorosos em bom número de países, sendo de destacar o Japão e a Alemanha Federal (gráfico 1). É portanto improvável que o ritmo de crescimento do PIBIPNB, quer da OCDE, quer da Comunidade, diminua em relação ao ano passado.

Este desenvolvimento indicia, dada a evolução da procura, que não haja um abrandamento das tensões inflacionistas, o que aliás é confirmado pelas estatísticas entretanto divulgadas (gráfico 2).

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Nota: Nos países acima da giaoonal (raeeiaoa a «fiação acelera: nos países aoauo da diagonal, abranda.

Fonte: OCDE

O bom ritmo de crescimento económico reflectiu-se no mercado de trabalho, cuja evolução tem também sido favorável. Assim, o desemprego tem vindo a diminuir ao longo de 1988 e nos primeiros meses de 1989 (gráfico 3).

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Já no respeitante às trocas internacionais a evolução não tem sido tão favorável. Subsistem os desequilíbrios comerciais, particularmente nos EUA (défice) e no Japão e na RFA (excedentes). Aliás, dada a dimensão destes desequilíbrios, as balanças de transacções correntes dos mesmos países apresentam também défices ou excedentes importantes, o que tem também contribuído para a forte volatilidade que se tem observado nos mercados cambiais.

30 — As perspectivas para 1990 apontam para uma manutenção ou ligeira desaceleração do crescimento nas economias industrializadas. Consequentemente, as tensões inflacionistas poderão manter-se visto o grau de utilização da capacidade produtiva ser elevado; é, porventura, cedo para assistir è plena materialização dos efeitos dos investimentos de racionalização/expansão da capacidade que tâm vindo a ser efectivados.

Este aumento da produção poderá permitir a manutenção do ritmo de crescimento do emprego, podendo mesmo continuar a assistir-se a uma redução do desemprego no Japão, EUA e na Europa, com a eventual exclusão da RFA, que tem recentemente sido o destino de uma forte corrente migratória.

Influenciadas por este clima positivo, as trocas internacionais deverão continuar a aumentar a uma taxa