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II SÉRIE-A — NÚMERO 2

DELIBERAÇÃO N.° 16-PL/91

ELEIÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EM REPRESENTAÇÃO DOS GRUPOS PARLAMENTARES

A Assembleia da República, na sua reunião de 7 de Novembro de 1991, deliberou, nos termos do artigo 12.° da Lei n.° 77/88, de 1 de Julho — Lei Orgânica da Assembleia da República —, eleger para o Conselho de Administração da Assembleia da República, em representação dos grupos parlamentares, os deputados:

Efectivos:

Joaquim Maria Fernandes Marques (PSD). José Lello Ribeiro de Almeida (PS). João António Gonçalves do Amaral (PCP). José Luís Nogueira de Brito (CDS). Isabel Maria de Almeida e Castro (PEV).

Suplentes:

Manuel Castro de Almeida (PSD). Rui do Nascimento Rabaça Vieira (PS). José Manuel Maia Nunes de Almeida (PCP). Manuel Tomás Cortez Rodrigues Queiró (CDS). André Valente Martins (PEV).

Assembleia da República, 7 de Novembro de 1991. — O Presidente da Assembleia da República, António Moreira Barbosa de Melo.

PROJECTO DE LEI N.° 10/VI ELEVAÇÃO DA POVOAÇÃO DE CABANAS DE VIRIATO A VILA

Cabanas de Viriato, situada no concelho de Carregal do Sal, é composta por duas povoações: a sede do mesmo nome e Laceiras.

Cabanas de Viriato é uma povoação muito antiga, que pertenceu ao extinto concelho de Oliveira do Conde.

Documentos datados de 1289 referem já a sua existência.

Tendo como padroeiro São Cristóvão, foi em 1524 que na igreja com o seu nome tomou posse D. Luís da Silveira, primeiro conde de Sortelha, e D. Diogo da Silveira, seu filho, segundo conde, em 1558.

Em 1649, tomou posse das rendas e padroado de Cabanas o segundo conde de Figueiró, D. Pedro de Lan-castre, em nome de seu filho D. José Luís de Lancas-tre, por morte da mãe.

É essa igreja que ostenta os bonitos altares do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora da Conceição, sendo de salientar que desapareceu já o altar do Senhor das Almas, que teve depois a imagem do Crucificado, muito antiga, que pertencera a uma das ermidas da Senhora dos Milagres em Laceiras.

Existem em Cabanas dois cruzeiros e várias sepulturas pré-romanas abertas nos rochedos, sendo de assinalar num só local, à solta, quatro sepulturas juntas e outra a escassos metros.

É de referir também a conhecida Lapa da Moura, formada por um penedo sobre o outro, notavelmente equilibrado, dando a ideia de uma bigorna, com inscrições.

Trazido da Bélgica em blocos, existe um imponente monumento ao Cristo-Rei, devendo-se ao cônsul de Portugal a sua edificação naquele país, Dr. Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, que foi recentemente reabilitado e homenageado.

Com efeito, quando cônsul em Bordéus, havia de registar o seu nome na história, ao conceder vistos a milhares de judeus que fugiam de França para escapar à perseguição nazi, salvando-os, assim, do holocausto.

Tal medida, tomada em 1940, foi uma desobediência ao governo de Salazar, valendo-lhe, por isso, a expulsão da carreira diplomática e a impossibilidade de exercer advocacia, sendo gradualmente empurrado para a miséria.

Existem em Cabanas várias casas brasonadas ou solarengas, como sejam a do administrador do concelho (1850-1855) António Soares de Albergaria, com capela privativa, a Casa Alarcão, também com capela privativa, restaurada há poucos anos, a casa dos viscondes de Midões, Ribeiros Abranches, senhores da Várzea, restaurada, e restando da traça antiga a cozinha com a sua imponente chaminé estilo renascença, artisticamente lavrada, e com a bonita capela devotada a Santa Eufêmia, tendo na fachada o brasão dos viscondes e hoje pertença de um particular, a casa dos Bernardes de Miranda, tipo brasonado, com a capela do Casal, datada de 1726, a casa com brasão dos Silvérios Lobo, com a interessante e antiga capela da Senhora do Amparo, que foi do morgado de Fróis, havendo ainda, pela sua vetustez (construção do século xvi), a casa dos Teles do Vale e a bonita vivenda dos Teixeiras de Abreu.

Saliente-se que Cabanas detém também tradições culturais, com destaque na música e no teatro.

Nomes como Orsini de Miranda, coreógrafo, encenador e pintor, e Mário Sacadura são de registar.

Também Alexandre de Azevedo, grande actor, deixou o seu nome associado à organização do «Teatro da Natureza», no Jardim da Estrela, em Lisboa, tendo valorizado o chamado teatro de Guignol e criado o género mímica dramática, pequenos actos com música descritiva, fazendo com esse reportório larga digressão pela Europa.

Cabanas tem um Carnaval de velhas tradições, cartaz genuíno e muito conhecido pela sua «Dança Grande» ou «Dança dos Cus».

A povoação de Laceiras, ou Lanceiras, figura em velhos documentos e a sua existência data de tempos muito remotos.

Nesta povoação, de essência rural, fez-se sentir na década de 60 o fenómeno da emigração.

Em 15 de Agosto verifica-se uma romaria muito movimentada em honra de Nossa Senhora dos Milagres.

Foi um eremita, o padre Domingos Gomes, do Templo de Nossa Senhora do Castelo, em Mangualde, que, em 1680, construiu a bonita capela sobre as ruínas de uma antiga ermida, que outrora ali existira, dedicada a São Tiago, o Santo Apóstolo.

Em 1706 ficaram concluídas, ainda em vida do fundador da capela, a Via Sacra, com 13 bonitas ermidas.

Laceiras possui ainda uma outra capela, dedicada a São Tiago, onde se construiu a Capela de Nossa Senhora dos Milagres.

Cabanas fica situada a 4 km de Carregal do Sai, na estrada que vai de Oliveirinha a Viseu (via São Gemil), onde se cruza com a estrada que do Carregal vai por Travanca de São Tomé, seguindo depois o mesmo

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