O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1777 | II Série A - Número 055 | 06 de Julho de 2000

 

ça Social", embora tendo sido admitida, com reservas, não preenche os requisitos exigidos para poder constituir iniciativa legislativa da Região nos termos do n.º 1 do artigo 167.º da Constituição da República e do artigo 40.º do Estatuto Político-Administrativo da RAM, pelo que não se encontra em condições constitucionais e regimentais para ser discutido e votado em Plenário da Assembleia da República;
b) O projecto de lei n.º 219/VIII, do Grupo Parlamentar do PS, que "Considera o tempo de serviço prestado na categoria de auxiliar de educação pelos educadores de infância habilitados com cursos de formação a educadores de infância para efeitos da carreira docente", preenche os requisitos constitucionais e regimentais para ser discutido e votado em Plenário da Assembleia da República;
c) Os grupos parlamentares reservam as suas posições de voto para o Plenário da Assembleia da República.

Palácio de São Bento, 20 de Junho de 2000. A Deputada Relatora, Isabel Sena Lino - O Presidente da Comissão, António Braga.

PROJECTO DE LEI N.º 253/VIII
ELEVAÇÃO DE ERMIDAS-SADO, NO CONCELHO DE SANTIAGO DO CACÉM, À CATEGORIA DE VILA

Resenha histórica

Ermidas-Sado existe porque em 1898 se decidiu construir a via férrea do vale do Sado, com o objectivo de encurtar em 60 km a distância entre Lisboa e o Algarve, para além de permitir o escoamento de grandes massas de minérios, nomeadamente pirites (explorados nas minas da região de Caveira e Lousal), que a família Burnay comercializava.
A estação de Ermidas-Sado surge em consequência de tudo isso e ainda porque seria aqui, ao km 129,60 na Herdade do Cartaxo, que se encontrava o ponto com melhor acessibilidade para a construção do futuro ramal de Sines, bem como a melhor área de ligação entre a mais rica zona agrícola do Baixo Alentejo - os barros de Ferreira do Alentejo/Beja - com o litoral, nomeadamente Sines, com o seu porto de mar.
Em 29 de Julho de 1915 o então Ministro do Fomento, Manuel Monteiro, decidiu, por despacho, "que se abrisse à exploração provisória, no dia 1 de Agosto de 1915, o troço da linha do vale do Sado entre Alvalade e Lousal, com a consequente inauguração da estação de Ermidas" (in Gazeta dos Caminhos-de-Ferro - 1915).
Estava, assim, lançada a primeira pedra para a formação de um povoado.
A situação geográfica privilegiada entre o interior e o litoral da estação de Ermidas-Sado começava a torná-la imprescindível para o transbordo de mercadorias e, em consequência, começa a ser vista como local apetecível para o investimento.
É assim que, em 1919, se instala em Ermidas-Sado aquela que veio a ser conhecida como a "Moagem", indústria de transformação cerealífera que, necessitando de operários para a sua laboração, vai recrutá-los aos concelhos limítrofes e trá-los para Ermidas-Sado, onde, entretanto mandara construir casas para o seu alojamento e fixação.
A produção da "Moagem" era escoada pelo caminho-de-ferro, fazendo aumentar em muito o tráfego de mercadorias da estação, obrigando a sucessivas ampliações (1929 e 1935) e ao consequente aumento de importância no mapa ferroviário do sul do País.
A importância da estação ferroviária, a necessidade de alojamento para passageiros, a fixação dos trabalhadores do caminho-de-ferro e dos operários da fábrica "Moagem" deu lugar a um desenvolvimento comercial acentuado para a época.
Entretanto a "Moagem", acompanhando o desenvolvimento agrícola da região, nomeadamente a partir da altura em que se iniciou o aproveitamento das várzeas do alto e baixo Sado para a produção de arroz, alarga a sua capacidade transformadora instalada, pondo em funcionamento, em 1937, uma unidade de descasque daquele cereal, o que, só por si, fez aumentar em muito os aspectos positivos para a atracção de pessoas e investimentos a Ermidas-Sado.
É interessante fazer notar que Ermidas-Sado, povoação alentejana por excelência, nasce de dois motores de desenvolvimento típicos da sociedade industrial. É hoje pacífico afirmar-se que Ermidas-Sado foi a primeira localidade de todo o Alentejo a nascer por factores que não têm por base o desenvolvimento agrícola mas, sim, o caminho-de-ferro e a indústria.
A indústria corticeira encontra em Ermidas-Sado o local ideal para se instalar. Perto da produção, Ermidas-Sado possibilita o escoamento dos produtos transformados, quer utilizando o caminho-de-ferro quer usando este em complemento com o transporte marítimo que o porto de Sines permite.
A primeira fábrica corticeira que se instala em Ermidas-Sado data de 1925 e, a partir daí, verificou-se um autêntico "êxodo" das unidades fabris algarvias para Ermidas-Sado, ao ponto de em 1938 serem já 11 o número de empresas do sector.
Primeiro a linha do vale do Sado e a estação, as obras do ramal de Sines e o ramal em si, depois a indústria - a "Moagem" e a cortiça. De 1915 a 1935 nasce e consolida-se uma nova povoação - Ermidas-Sado!
É esta imagem duma aldeia alentejana que assenta no caminho-de-ferro e na fábrica que faz de Ermidas-Sado uma localidade diferente de todas as outras do concelho de Santiago do Cacém. Diferente por ser recente e por ser fruto das condicionantes que formataram a revolução industrial, ao contrário do que foi norma em todo o Alentejo, onde predominaram factores formativos eminentemente agrícolas.
Talvez por tudo o que foi dito, a aldeia de Ermidas-Sado tem uma actividade industrial e comercial invulgares para uma terra de sua dimensão.
Na actualidade, Ermidas-Sado é sede duma freguesia do concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, constituída também pelos lugares de Ermidas Aldeia, Faleiros e Vale da Eira.
Possui um território contínuo de 77 km2 quadrados de área, confinando com as freguesias de Azinheira de Barros, concelho de Grândola, Abela e Alvalade de Sado, do concelho de Santiago do Cacém, Canhestros e Figueira de Cavaleiros, do concelho de Ferreira do Alentejo.
Tem uma população de cerca de 3000 habitantes, sendo 2157 os eleitores inscritos.
É atravessada pela Estrada Nacional 121, que liga Santiago do Cacém a Beja e o IP1, que dista cerca de 1 km do centro da localidade.
Possui uma centralidade de extrema importância, estando equidistante de quatro sedes de concelho - Santiago do Cacém, Grândola, Ferreira do Alentejo e Aljustrel. Dista 120 km de Lisboa e também de Faro. Encontra-se a 50 km de Beja e igualmente de Sines.

Páginas Relacionadas
Página 1774:
1774 | II Série A - Número 055 | 06 de Julho de 2000   4 - (...) 5 - A vi
Pág.Página 1774
Página 1775:
1775 | II Série A - Número 055 | 06 de Julho de 2000   PROPOSTA DE LEI N.º 28
Pág.Página 1775
Página 1776:
1776 | II Série A - Número 055 | 06 de Julho de 2000   tatuto da carreira dos
Pág.Página 1776