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0205 | II Série A - Número 010 | 01 de Junho de 2002

 

Duas vezes por mês, realiza-se (desde 1920) uma feira, onde se vende todo o tipo de artigos agrícolas e alimentares.

Património histórico-cultural

- Mosteiro de Cete
Chamava-se Mosteiro de Lardosa até 1010. É uma reconstrução de um primitivo Mosteiro edificado no século IX (ano 844 da era de Cristo). A destruição do Mosteiro foi feita pelos mouros no ano de 963. Dele restava em 1920 a Igreja, a sala do capítulo e o claustro.
Obra românica iniciada nos finais do século X, e concluída nos inícios do século seguinte, foi reedificada por D. Gonçalo Oveques nos finais do século XI. A zona proto-românica consta das paredes laterais que vão da linha transversa posterior da torre à ombreira da porta ogival, incluindo as primeiras fiadas acima das frestas.
No século XIV, sofre uma profunda transformação, operada no Consulado do Abade D. Estevão Pimentel, que se encontra sepultado na Capela-mor. Desta época são a torre ameada, o claustro actual, o gigante da fachada e outros pormenores.
A fisionomia semi-guerreira da igreja conventual, com a sua torre lateral ameada, e os seus muros espessos e o gigante que lhe flanqueia o portal, confere-lhe uma função religiosa e, ao mesmo tempo, defensiva.
No interior, merece destaque a profundidade e altura da nave, a segurança e robustez da abóbada de granito da capela-mor. O claustro é de dois pisos e apresenta quatro galerias com arcadas redondas assentes em colunelos facetados.
O mosteiro de Cete é monumento nacional, por decreto-lei de Junho de 1910. Dele resta hoje, após séculos de degradação, a Igreja, a sala do capítulo e o claustro. Tudo o resto se perdeu.

- Igreja de S. Pedro de Cete
É monumento nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910.
Obra românica, foi iniciada no século X e concluída no principio do século XI. É uma reconstrução de um primitivo Mosteiro Beneditino (Mosteiro de Lardosa) com a sua respectiva Igreja.
Da reconstrução resultaram o claustro, a torre ameada e o gigante da frontaria.
O pórtico, de quatro arquivoltas de arcas ogivais assentes em colunas decoradas nos ábacos e capiteis, é encimado por um brasão e uma rosácea.
O interior é de uma nave, com capela-mor e capela funerária, edificada no interior da torre e coberta por abóbada de artesãos cruzados.

- Capela de S. Nicolau Tolentino
Inserida dentro da Igreja de Cete, é onde funciona o baptistério, também chamado de capela funerária.
Foi descoberta esta capela que estava entaipada e achou-se a pedra de armas que servia de fecho à sua abóbada.
Nesta capela encontra-se o túmulo de D. Gonçalo Oveques.
O escudo partido em pala tem no primeiro quartel as armas antigas dos descendentes de Gonçalo Oveques e, no segundo, a dos Mendes (pelo casamento de D. Urraca Mendes, irmã de D. Fernando Mendes, o Braganção, com o filho de Gonçalo Oveques) ampliadas pelos Pimenteís de Castela.

- Capela Românico-Ogival da Senhora do Vale
Monumento nacional, pela sua antiguidade, valor histórico e arqueológico.
Objecto de várias reconstruções ao longo dos tempos, foi construída, provavelmente, no século XIV.
É constituída por uma nave e ábside, ligados entre si pelo arco triunfal. A fachada principal ostenta uma porta ogival, uma fresta simples que lhe fica sobranceira, dois medilhões e a sineira de uma ventana. Em frente da capela, ergue-se um alpendre, geralmente designado por galilé, e um cruzeiro (classificado de interesse público) que se apoia em três degraus e é encimado pela Cruz de Malta.
Quando da retirada do altar da capela-mor, verificou-se a existência de um nicho rematado num arco de volta perfeita e vestígios na parede de frescos.
Imóvel de Interesse Público por Decreto n.º 37 728, Diário do Governo n.º 4, de 5 de Janeiro de 1950.

- Marcos do Couto de Cete
Os marcos de Cete são marcas de delimitação do couto, portanto documentos históricos de valor.
Marcos são colunas de pedra com que já os romanos delimitaram extensões de terreno, distâncias de Roma, etc.
No campo do carregal (Mouriz) por baixo de Ribeiras Altas;
No Outeiro (Urrô) acima da igreja paroquial, no caminho que é limite com Guilhufe;
No campo de Moinho de Baixo (Urrô) em frente ao Cardal, delimitando Cete, Urrô e Irivo.

- Cruzeiro da Sr.ª do Vale
Está localizado no lugar da Senhora do Vale , no lugar fronteiro à Ermida de Nossa Senhora do Vale.
Urbano, isolado com uma implantação harmónica. Ergue-se aproximadamente no enfiamento do portal principal da Ermida de Nossa Senhora do Vale.
Assente sobre soco circular de três degraus, ergue-se uma coluna sem base, facetada de secção oitavada rematada por uma grande cruz pátea.
Arquitectura religiosa.
Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 45 327, Diário do Governo, n.º 251, de 25 de Outubro de 1963.

Solares
- Casa da Nogueira
Estava em 1550 a casa da Nogueira, no lugar de Além, na posse de Gonçalo Nogueira, o velho, e a sua mulher Leonor Gonçalves. Dele, foi filho outro Gonçalo Nogueira, o novo, que casou em Baltar, a 16 de Setembro de 1608, com Leonor Fayão, filha de Afonso Fayão, abade de Baltar desde 1594-1622 (data em que morreu) que por sua vez era filho natural de D. Teodósio I, 5.º Duque de Bragança e de uma dama solteira do Paço Ducal de Vila Viçosa.
Foi o seu neto Domingos de Meireles Nogueira que procedeu à construção da capela e provavelmente à ampliação e reconstrução da casa, cuja fachada e escadaria apresentam todas as características dos modelos de Barroco Nacional da época de D. João V.
Foi o tetra-neto de Domingos de Meireles Nogueira, José Paulo de Bragança, que em 1901 vendeu a casa à família Pinto Basto.
Os novos proprietários arrendaram a quinta a caseiros que passaram a habitar as baixas da casa até que a abandonaram.
Hoje, 2001, a casa da Nogueira pertence a D. Maria Luísa Tamegão e marido, que a restauraram por completo.
Esta casa tem capela (Capela de S. Domingos) que foi construída nos finais do século XVII por Domingos Nogueira.

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