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2297 | II Série A - Número 055 | 21 de Dezembro de 2002

 

Com a brevidade possível foi assim que surgiu e se desenvolveu o concelho do Entroncamento, também cidade ribatejana, esse "filho dilecto da CP", como já lhe chamaram - A Companhia dos Caminhos-de-Ferro e o seu Entroncamento ferroviário, in A Hora, Jornal Ilustrado, Ano XXXVI, 2.ª Série, n.° 68, Lisboa, Novembro de 1968.
Neste contexto, há que destacar que a origem da actual cidade teve origem na parte sul da linha-férrea. Foi igualmente nesta área que o núcleo habitacional se desenvolveu, sobretudo nas primeiras décadas da sua existência. De tal forma que as populações identificam-na como a zona mais antiga, o "centro histórico", distinguindo-a da parte norte da freguesia com a designação da "zona nova", a mais recente. A separá-las encontra-se a linha-férrea.

Razões de ordem administrativa e geográfica

O concelho do Entroncamento faz administrativamente parte do distrito de Santarém e para efeito das NUTS, integra o conjunto de municípios do Vale do Tejo, na sub-região do Médio Tejo. Confina a norte e a poente com o concelho de Torres Novas, a sul com o concelho da Golegã e a nascente com o concelho de Vila Nova da Barquinha.
Em termos turísticos, incorpora a Região de Turismo dos Templários, Albufeiras e Floresta Central.
Presentemente, ao concelho do Entroncamento corresponde uma única freguesia, criada a 25 de Agosto de 1926, pelo Decreto n.° 12 192, também com o mesmo nome. Tem uma área aproximada de 13,7 km2.
Esta única freguesia, com a mesma área e população, apresenta uma densidade populacional de 1680 hab/Km2 (Censos 2001). A freguesia do Entroncamento é, em número de habitantes, a maior do distrito de Santarém, de tal forma que as duas novas freguesias resultantes da divisão da actual ficarão no ranking das 10 maiores freguesias do distrito.
Trata-se de uma unidade administrativa com características fundamentalmente urbanas, dado que a maior parte da sua área territorial é ocupada pela própria cidade (10,7 Km2). Nesta única freguesia ainda existem alguns pequenos núcleos habitacionais isolados (população no concelho/freguesia corresponde a 18 173 residentes enquanto que a população identificada como residente na cidade é de 18 035), dado que a maioria deles já foi absorvida pelo crescimento da cidade, integrando assim a malha urbana.
A actual freguesia do Entroncamento encontra-se dividida geograficamente pela passagem da linha-férrea. Esta é uma realidade incontornável, pois até entre as populações se generalizaram as designações de "zona norte" e "zona sul", atendendo à localização das mesmas em relação àquela via de comunicação.
Os caminhos-de-ferro estiveram na origem da cidade mas as suas linhas também dividiram fisicamente as duas partes da freguesia. Aliás, desde cedo se sentiu a necessidade, fruto dessa separação, de unir as duas áreas. Em 1969 foi inaugurado o viaduto Eugénio Dias Poitout com o objectivo de facilitar a passagem de pessoas e viaturas entre as duas zonas da freguesia. Recentemente foram abertos à circulação dois túneis subterrâneos com o mesmo objectivo.
Enquanto noutros aglomerados urbanos são importantes as estradas nacionais ou as específicas características naturais - como os rios - para identificar a separação das freguesias, no Entroncamento são as linhas-férreas que delimitam claramente as duas partes da freguesia.
Encontrando-se localizado no centro estratégico da região de Santarém, o Entroncamento constitui um ponto de intersecção fundamental, quer da rede viária quer da rede ferroviária. É atravessado pelo IP6 (futura auto-estrada das Beiras), beneficiando consequentemente do acesso à A1 (a principal auto-estrada do País) e, a prazo, com a construção do IC3 ficará com um acesso privilegiado aos concelhos vizinhos, da margem esquerda do Tejo e às novas pontes sobre o Tejo, em Santarém e Montijo.
Todavia, é fundamentalmente como nó ferroviário estratégico que, no contexto nacional, a localização do Entroncamento é ímpar. Atravessado pela linha do norte, que estabelece a ligação com Lisboa e Porto, é também aqui que têm início o ramal de Tomar e as linhas do Leste e da Beira Baixa com ligação ao interior do País e a Espanha.
Uma importante rede de transportes colectivos rodoviários nomeadamente através da Rodoviária do Tejo, asseguram igualmente boas acessibilidades ao/do Entroncamento.

Razões de ordem demográfica

O concelho do Entroncamento tem, desde a sua origem, apresentado um crescimento demográfico bastante significativo. Na última década a sua população cresceu 27%, tendo tido o sétimo crescimento percentual mais elevado a nível nacional e o maior entre os concelhos que não pertencem à faixa litoral do País - Notícias do Entroncamento n.° 904, de 20 de Julho de 2001, p. 8.
De acordo com os Censos de 2001, a. população residente era de 18 173 habitantes, o que representa um crescimento de cerca de 27% comparativamente a 1991, bastante superior aos 5,5% verificados no distrito de Santarém ou aos 5% registados no País. Cerca de metade desta população reside na área do concelho a norte das linhas-férreas, isto é, a área que propomos para a base territorial da nova freguesia.
A tendência de crescimento populacional tem sido constante em todo o concelho. Todavia, este rápido crescimento acarreta consigo maiores responsabilidades para os agentes autárquicos, confrontados com os legítimos anseios e expectativas das populações, para a melhoria da sua qualidade de vida, com um desenvolvimento mais equilibrado e concertado naquela parte da cidade.

Razões de ordem económica

Todo o concelho do Entroncamento apresenta uma grande vitalidade económica. Esta cidade é, por excelência, uma cidade de serviços. Esta realidade é reconhecida principalmente na região setentrional do distrito de Santarém. Aqui se concentram inúmeros estabelecimentos comerciais, vários outros de natureza industrial e ainda uma significativa gama de profissões liberais.
Economicamente, o concelho e a cidade do Entroncamento coincidem territorialmente num pólo urbano que nasceu e cresceu à volta de uma importante estação de comboios mas que, ao longo dos anos, tem sabido alargar e diversificar a sua base de sustentação económica, com mais de 300 empresas sedeadas no concelho, gerando emprego e riqueza.
O Entroncamento é claramente uma realidade multifacetada e dinâmica que, em termos gerais, apresenta os seguintes traços de caracterização:

o Cidade essencialmente urbana e comercial, importante ponto de atracção sub-regional, onde nos últimos 15 anos, o número de empresas cresceu a um ritmo de 1,7% ao ano, enquanto que esse crescimento foi de apenas 1% ao nível distrital, comprovando a capacidade de atracção;
o Cidade ferroviária, mantendo a sua ligação umbilical, ao caminho-de-ferro e à sua importância como entroncamento de passageiros e mercadorias;

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