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0003 | II Série A - Número 005 | 30 de Setembro de 2004

 

Aprovado em 16 de Setembro de 2004.
O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral.

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PROJECTO DE LEI N.º 493/IX
ELEVAÇÃO DA VILA DE MEDA, NO CONCELHO DE MEDA, À CATEGORIA DE CIDADE

1 - Caracterização histórica da vila da Meda

Etimologicamente, o nome da Meda deriva do radical Med, que significa monte, montículo (meda de feixes de centeio, trigo e cevada, como ainda hoje se usa e diz na região) conforme opinam e afirmam historiadores notáveis e eminentes medobrigólogos, entre os quais, o incontornável Prof. Doutor Adriano Vasco Rodrigues, ilustre ex-Deputado da Assembleia da República, emérito historiador e notabilíssimo medense.
Na zona da Meda viveram vários povos, os quais deixaram nela inúmeros vestígios mas foram os romanos aqueles que mais marcaram a vila: as calçadas, as pontes, as placas tumulares, os marcos milenários, as moedas, as aras votivas, as villae e os vicus e as civitas por eles construídas revelam essa sua passagem pela Meda. Após as invasões dos povos "bárbaros", os árabes, também aqui se fixaram até 1065, data em que Fernando Magno, Rei de Leão e Castela, conquistou a região.
Durante a Idade Média, a Meda, cujo nome surge grafado como Ameda, Almeda e Amida, era um povoado de pequena dimensão e relevo, dotada de um cenóbio beneditino.
Ora, é precisamente com a instalação na Meda da Ordem dos Beneditinos que a vila inicia o seu processo de desenvolvimento, tendo, para tal contribuído, posteriormente, a Ordem dos Templários e, mais tarde, a Ordem de Cristo.
Em 1 de Junho de 1519, a Meda recebeu foral de D. Manuel I (ainda hoje existente no arquivo da câmara municipal).
É, porém, no século XIX que se assiste ao crescimento da importância política de Meda. Com efeito, em Setembro de 1836, com a revolução de Setembro, entra em vigor uma nova divisão territorial, no âmbito da qual o concelho de Meda passou a integrar, durante todo o século XIX, outros cinco concelhos que o cercavam: Aveloso, Casteição, Marialva, Ranhados, Longroiva. Posteriormente, em 1855, a freguesia da Prova, pertença de Penedono e, em 1898, a freguesia de Fontelonga, de Foz Côa, passam igualmente a integrar o concelho da Meda. Esta passou, então, a ser considerada como sede administrativa, fiscal, judicial e eclesiástica.
Na segunda metade do século XIX são criadas escolas, construídas as termas de Longroiva, adoptadas medidas de protecção às crianças abandonadas.
É no século XX, que é construída a barragem de Ranhados e a barragem sobre a ribeira Teja, passando Meda e os concelhos limítrofes a serem autonomamente abastecidos de água. Efectuaram-se loteamentos de grande dimensão na vila e aldeias próximas, para construção de novos bairros habitacionais: Vale do Pombo, Santo António, Prazo, Barrocal, Morro. Construíram-se vários complexos sociais, culturais e desportivos. Toda esta edificação outorgou a Meda um aspecto citadino.

2 - Locais de interesse cultural e patrimonial na vila da Meda

Meda, além da sua história, oferece ainda belos locais susceptíveis de serem visitados também pelo seu interesse cultural e patrimonial:

- O Morro de Meda, designado de Castelo. Antiga atalaia num morro granítico, encimado por uma pequena capela, serve também de miradouro e é considerado o ex-libris da povoação;
- A Igreja Matriz com características do sub-renascimento, possui retábulo do barroco de estilo nacional e tecto da capela-mor em caixotões com magníficas pinturas sacras, rematadas com belos florões. Apresenta ainda um portal renascentista;
- A Capela do Senhor Bom Jesus dos Passos;
- A Capela da Senhora das Tábuas fundada pelos Templários e remodelada nos séculos XVI e XVIII;
- A Ermida da Santa Cruz;
- A Fonte manuelina do Espírito Santo, com arco de volta inteira e cúpula piramidal;
- A Fonte barroca da Devesa, no Parque da Vila;

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