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0053 | II Série A - Número 021 | 04 de Dezembro de 2004

 

O primeiro documento que alude ao nome latino de Soza reporta-se ao ano de 1088 - inter uilla sócia et uilla lliauo.
Terão existido em Soza duas igrejas. Uma pertencente à Ordem dos Templários e doada por D. Sancho I à de Rocamador; outra dedicada a S. Miguel, onde existe a actual. Com a ruína da primeira, a Imagem de Nossa Senhora de Romacador foi transferida para a de S. Miguel. Data do século XII e está à guarda do museu paroquial. A que está exposta ao público data do século XIV ou XV.
D. Sancho I deu Soza, em 1192, a Santa Maria do Rocamador, doação confirmada por D. Afonso III, D. Dinis e D. Fernando.
Rocamador fica em França, no departamento de Lot, levantada em alto rochedo calcário, no qual estão escalonados os edifícios que constituem o Santuário de Nossa Senhora de Rocamador, que foi centro de grande peregrinação.
A devoção alastrou a Portugal, não se sabe em que medida, mas o certo é que D. Afonso II e D. Isabel de Aragão lhe deixaram legados nos testamentos.
Teve bens no nosso país, como casa em Coimbra, no Quintal dos Fuzeiros que se encontra referida ao ano 1360. Soza foi a doação principal.
O padroado de Soza compreendia, por doação posterior a Rocamador, a região de Mamarrosa e Palhaça (hoje do concelho de Oliveira do Bairro).
O território saiu da posse de Rocamador na primeira metade do século XV.
O Papa Pio II confirmou Soza a João de Sousa, como Comendador da Ordem de S. Tiago. D. Afonso V obteve de Sisto IV, em 1478, que Soza se tornasse Comenda perpétua da mesma Ordem e que os Reis tivessem o padroado.
Foi João de Sousa, o Romanisco, que serviu de intermediário na concessão da Bula e a transportou de Roma. O Rei, a 8 de Agosto de 1481, estando em Évora, antes de incorporar Soza, conforme os termos do documento pontifício, deu o padroado ao mesmo, como recompensa dos serviços prestados na corte papal, em juro e herdade, com a cláusula de nenhum dos reis poder vir a impedir a sucessão.
D. João II pediu a confirmação ao Pontífice, Inocêncio VIII, que a concedeu a 21 de Julho de 1492. Porém, falecendo quatro dias após, não houve tempo para lavrar o breve respectivo. Foi Alexandre VI, em Agosto de 1492, quem o outorgou.
Seguiu no ramo dos Sousas, tendo passado a transversos e por linha feminina, tão ampla fora a doação do rei, nada habitual em comendas.
A seguir ao falecimento do sexto senhor, Diogo Freire, terceiro neto do primeiro donatário, tomou conta de Soza o segundo Conde de Miranda do Corvo, Diogo Lopes de Sousa.
Ao seu filho, Conde Marquês de Arronches, Henrique de Sousa Tavares da Silva, foi disputada a sucessão, por sentença de 1674.
Este pleito foi de tal importância que, a diversos títulos, a ele se referiram vários jurisconsultos.
Por aliança de família, a Comenda de Soza passou para os Duques de Lafões. Assim se explica que os padroeiros apareçam designados por estes diversos títulos.
D. Manuel I concedeu foral à vila de Soza em 16 de Fevereiro de 1514.
Após a extinção do concelho de Soza, em Dezembro de 1853, sendo o último Presidente Dr. José de Almeida Ribeiro, a vila e freguesia de Soza foi incorporada no concelho de Vagos. Era então constituída pelos lugares de Soza, Boco, Fontão, Lavandeira, Salgueiro, Pedricosa, Vale das Maias, Ouça, Tio Tinto, Tabuaço e Carregosa.
Em 19 de Janeiro de 1934 foi extinto o posto de registo civil da freguesia, por despacho publicado no Diário do Governo, II Série, de 2 de Janeiro de 1934.
Pelo Decreto n.º 47 033, de 30 de Maio de 1966, à freguesia de Soza foram retirados os lugares de Ouca, Rio Tinto, Carregosa e Tabuaço para "nascer" a freguesia de Ouca.

Actividade associativa, social, cultural, desportiva e religiosa

A freguesia de Soza tem actividades culturais, sociais, desportivas, religiosas desenvolvidas pelas seguintes associações:
- Centro social da freguesia de Soza;
- Sociedade Columbófila de Soza;
- Casa do Povo de Soza;
- Associação Desportiva e Cultural Sozense;
- Clube de Caçadores da Freguesia de Soza;
- Pequenos Cantores;

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