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4 | II Série A - Número: 028 | 4 de Novembro de 2010

O espaço europeu (União Europeia) registou essa tendência de recuperação económica, alavancada sobretudo pelo crescimento das exportações na ordem dos 8,6% em termos homólogos.
Já o 2.º trimestre evidenciou um fortalecimento dessa recuperação, como resultado da melhoria de desempenho da Alemanha, Reino Unido, Países Baixos e Suécia.
Contudo, a zona euro apresentou realidades económicas distintas, tendo em conta a manutenção da situação recessiva em Espanha, Grécia, Irlanda e Chipre.
A taxa de desemprego na União Europeia manteve-se a um nível elevado, pese embora situações diferentes no seio dos estados membros. A taxa de inflação registou um ligeiro aumento, mas inferior a 2%.
A crise orçamental da Grécia, por altura do 2.º trimestre deste ano, provocou uma enorme perturbação nos mercados da dívida na União Europeia, em particular na zona euro. Este movimento desencadeou uma enorme tensão nos mercados financeiros internacionais e contagiou outros países que se encontram em situação de vulnerabilidade em matéria de finanças públicas.
Os riscos relacionados com os mercados de dívida soberana têm-se mantido muito elevados em alguns estados membros, com repercussões a outros países da União Europeia, reflectindo-se numa descida do seu rating.
Surgiu, assim, a necessidade de tranquilizar os mercados acerca da dívida soberana e da situação orçamental dos estados membros da União Europeia.
No seio da zona euro e do FMI foram criadas diversas respostas financeiras, como o Mecanismo de Estabilidade Financeiro e o Fundo Europeu de Estabilização Financeira, assim como um sistema para conceder empréstimos aos Estados Membros com dificuldades orçamentais.
Os resultados positivos alcançados pelo sector bancário europeu por via do ―stress test”, conduzido pelo Comité das Autoridades Europeias de Supervisão Bancária (CEBS), pelas autoridades nacionais de supervisão do sector da banca e pelo BCE, também contribuíram para alguma estabilização dos mercados monetários da área do euro.
O ano de 2010 tem-se caracterizado pela manutenção das pressões inflacionistas moderadas. A política monetária dos bancos centrais da zona euro, Reino Unido e EUA manteve as taxas de juro directoras em níveis historicamente baixos, com reflexos idênticos nas taxas de juro de curto prazo. No final do 3.º trimestre de 2010 as taxas de juro directoras destas economias situavam-se nos níveis do final do ano de 2009.
Num contexto de elevada incerteza nos mercados financeiros e dos efeitos negativos do risco da dívida soberana nos custos e acessos aos financiamentos bancários, o aumento de capital de alguns bancos de Estados-membros específicos tornou-se mais difícil. Assim, o desenvolvimento das operações de crédito constitui uma das fontes de risco para a recuperação económica da área do euro (especialmente ao nível do investimento).
Os mercados de acções manifestaram uma elevada volatilidade durante o 1.º semestre de 2010, com especial incidência no decurso dos meses de Maio e Junho, em virtude do contágio da crise da dívida soberana na área do euro e das incertezas acerca da recuperação económica global.
O euro tem seguido uma tendência descendente desde o início do ano face às principais divisas. Para isso, tem contribuído o aumento das preocupações do mercado acerca dos desempenhos orçamentais e económicos em alguns países da área do euro.
A depreciação do euro foi mais moderada ao longo dos últimos meses face ao dólar, em função do aparecimento de alguns sinais de arrefecimento do ritmo de recuperação económica dos EUA.