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31 DE OUTUBRO DE 2012

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associado ao esforço das empresas portuguesas na procura de novos mercados para colocação dos seus

produtos.

Após a quebra da atividade económica verificada no ano de 2011 de 1,7%, os dados mais recentes

divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística indicam uma contração do crescimento económico de 2,8% no

1.º semestre de 2012, em termos homólogos (-2.3% e -3.3%, no 1.º e 2.º trimestre respetivamente).

O mercado de trabalho tem vindo a registar um comportamento desfavorável desde 2009. A taxa média de

desemprego no 1.º semestre de 2012 situou-se em 15%, mais 2,7 p.p. que em igual período de 2011. Da

mesma forma, assistiu-se a uma deterioração do emprego, verificando-se, neste período, uma quebra

homóloga de 4,2%. Relativamente ao desemprego de longa duração (mais de 12 meses), este atingiu no 2.º

trimestre de 2012 uma taxa de 53,6% do desemprego global (o que compara com 55,2% no trimestre

homólogo e com 50,8% no trimestre anterior). Também, a evolução do desemprego jovem tem sido negativa,

de facto a taxa de desemprego situou-se em cerca de 35,9%, em termos médios, no 1.º semestre de 2012

(que compara com uma taxa de desemprego de 30,1% em 2011), um acréscimo de 18,6 mil indivíduos face a

2011, nesta faixa etária.

Para a quebra no emprego no 2.º trimestre de 2012 contribuiu fundamentalmente a categoria de

trabalhadores por conta de outrem com uma quebra de 5% (equivalente a cerca de 194 mil trabalhadores). A

redução do número de trabalhadores por conta própria foi menor, abrangendo 14 mil indivíduos.

À semelhança do que já tinha acontecido em 2011, as condições do mercado de trabalho por um lado, e a

evolução dos salários da administração pública por outro, contribuíram para a redução homóloga de 6,5% dos

salários nominais no 1.º semestre de 2012. Desta forma, estima-se que os salários nominais totais por

trabalhador registem uma quebra de 3,8% em 2012, em termos médios (face a uma quebra marginal em 2011)

e, os salários reais totais por trabalhador apresentem uma redução de cerca de 6,4% em 2012 (o que compara

com uma quebra de 3,7% em 2011).

De acordo com as estimativas do INE, a taxa de variação homóloga do IPC, até ao 3.º trimestre de 2012,

situou-se em 3%, em termos médios, menos 0,6 p.p. do que no período homólogo.

A evolução da inflação em Portugal nos últimos anos tem sido significativamente influenciada pela evolução

dos preços do petróleo e de outras matérias-primas nos mercados internacionais. Em 2011 e 2012, a estes

fatores acresceu o aumento dos impostos indiretos (IVA) e dos preços administrados no quadro do esforço de

consolidação orçamental.

Comparativamente com a área do euro, os preços em Portugal (medidos pelo IHPC) subiram mais

acentuadamente em 2011 (3,6% face a 2,4% da área do euro), resultando num aumento do diferencial. Até

setembro de 2012, a taxa de variação homóloga do IHPC em Portugal foi 0,5 p.p. superior à média verificada

no conjunto dos 17 países que compõem a área do euro.

No que respeita aos custos unitários do trabalho (CTUP), a expressiva desaceleração das remunerações por

trabalhador refletiu-se num aumento da tendência de queda deste indicador que no 1.º semestre de 2012 se