O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 139 18

PROPOSTA DE LEI N.º 337/XI I (4.ª)

APROVA O REGIME JURÍDICO DA TRANSMISSÃO E EXECUÇÃO DE SENTENÇAS EM MATÉRIA

PENAL QUE IMPONHAM PENAS DE PRISÃO OU OUTRAS MEDIDAS PRIVATIVAS DA LIBERDADE,

PARA EFEITOS DA EXECUÇÃO DESSAS SENTENÇAS NA UNIÃO EUROPEIA, BEM COMO O REGIME

JURÍDICO DA TRANSMISSÃO E EXECUÇÃO DE SENTENÇAS E DE DECISÕES RELATIVAS À

LIBERDADE CONDICIONAL PARA EFEITOS DA FISCALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE VIGILÂNCIA E DAS

SANÇÕES ALTERNATIVAS, TRANSPONDO AS DECISÕES-QUADRO N.OS 2008/909/JAI, DO CONSELHO,

E 2008/947/JAI, DO CONSELHO, AMBAS DE 27 DE NOVEMBRO DE 2008

Exposição de motivos

O princípio do reconhecimento mútuo, consagrado nas conclusões do Conselho Europeu de Tampere, de

1999, reiterado no Programa de Haia, de 2004, e reafirmado no Programa de Estocolmo, de 2010, afigura-se

como elemento fundamental da cooperação judiciária em matéria penal, na União Europeia. A União Europeia

fixou como objetivo a criação de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, sendo para tanto

indispensável que todos os Estados-membros tenham a mesma interpretação, nos seus principais elementos,

dos conceitos de liberdade, segurança e justiça, com base nos princípios da liberdade, da democracia, do

respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais, bem como no Estado de Direito. Ora, o

princípio do reconhecimento mútuo, agora consagrado no Tratado de Lisboa, implica o reforço da confiança

mútua, desenvolvendo-se progressivamente uma cultura judiciária europeia, baseada na diversidade dos

sistemas jurídicos e na unidade decorrente do direito europeu. Os sistemas judiciários dos Estados-Membros

poderão, com a plena aplicação deste princípio, funcionar em conjunto, de forma coerente e eficaz, no respeito

das tradições jurídicas nacionais.

As Decisões-Quadro n.os 2008/909/JAI, do Conselho, de 27 de novembro de 2008, relativa à aplicação do

princípio do reconhecimento mútuo às sentenças em matéria penal que imponham penas ou outras medidas

privativas de liberdade para efeitos da execução dessas sentenças na União Europeia, e 2008/947/JAI, do

Conselho, de 27 de novembro de 2008, respeitante à aplicação do princípio do reconhecimento mútuo às

sentenças e decisões relativas à liberdade condicional para efeitos da fiscalização das medidas de vigilância e

das sanções alternativas, com a redação que lhes foi dada pela Decisão-Quadro n.º 2009/299/JAI, do Conselho,

de 26 de fevereiro de 2009, inserem-se no quadro de um conjunto de instrumentos que visam precisamente criar

uma cultura judiciária comum, facilitando e tornando mais fluída a cooperação judiciária entre os Estados-

membros.

Estes instrumentos visam promover o reconhecimento mútuo com base na confiança recíproca estabelecida

entre os Estados-membros, garantindo o respeito pelos direitos inerentes ao processo penal. A transposição

implica que se afaste a necessidade de revisão e confirmação de sentença penal estrangeira, passando a

aplicar-se a estes casos um procedimento específico mais simples e célere, ainda que plenamente garantístico

dos direitos individuais.

As duas Decisões-Quadro são transpostas em conjunto atendendo à conexão das matérias por elas visadas:

por um lado, o reconhecimento de sentenças em matéria penal que imponham penas ou outras medidas

privativas de liberdade; por outro lado, o reconhecimento de sentenças e decisões relativas à liberdade

condicional para efeitos da fiscalização das medidas de vigilância e das sanções alternativas.

Foram ouvidos o Conselho Superior da Magistratura, o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e

Fiscais, o Conselho Superior do Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República, a Ordem dos Advogados,

a Câmara dos Solicitadores, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses e o Sindicato dos Magistrados do

Ministério Público.

Foi promovida a audição do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, do Conselho Distrital

dos Açores da Ordem dos Advogados, do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados, do Conselho

Distrital de Évora da Ordem dos Advogados, do Conselho Distrital de Faro da Ordem dos Advogados, do

Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Advogados, do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos

Advogados, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, do Sindicato dos Oficiais de Justiça, do Conselho dos

Oficiais de Justiça e da Associação dos Oficiais de Justiça.

Páginas Relacionadas
Página 0019:
28 DE MAIO DE 2015 19 Assim: Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197.
Pág.Página 19
Página 0020:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 20 liberdade condicional; c) «Estado de execução», o
Pág.Página 20
Página 0021:
28 DE MAIO DE 2015 21 u) Coação e extorsão; v) Contrafação, imitação e uso i
Pág.Página 21
Página 0022:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 22 TÍTULO II Transmissão, reconhecimento e execução
Pág.Página 22
Página 0023:
28 DE MAIO DE 2015 23 7 - No caso de a autoridade emitente não conhecer a autorida
Pág.Página 23
Página 0024:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 24 9 - Sempre que a pessoa condenada se encontre ainda em
Pág.Página 24
Página 0025:
28 DE MAIO DE 2015 25 pela execução de mandado de condução ao estabelecimento prisi
Pág.Página 25
Página 0026:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 26 não tiver sido completada ou corrigida dentro de um praz
Pág.Página 26
Página 0027:
28 DE MAIO DE 2015 27 Artigo 18.º Reconhecimento e execução parciais
Pág.Página 27
Página 0028:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 28 b) Da impossibilidade prática de executar a condenação p
Pág.Página 28
Página 0029:
28 DE MAIO DE 2015 29 3 - Ao receber um pedido de trânsito, as autoridades portugu
Pág.Página 29
Página 0030:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 30 6 - O consentimento deve ser concedido se houver uma ob
Pág.Página 30
Página 0031:
28 DE MAIO DE 2015 31 2 - A presente lei aplica-se, ainda, às medidas de vigilânci
Pág.Página 31
Página 0032:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 32 artigo 27.º. 7 - A sentença, e, se for caso diss
Pág.Página 32
Página 0033:
28 DE MAIO DE 2015 33 Artigo 33.º Retirada da certidão 1 - Ap
Pág.Página 33
Página 0034:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 34 oficiosamente à autoridade competente e informa do facto
Pág.Página 34
Página 0035:
28 DE MAIO DE 2015 35 3 - Qualquer decisão ao abrigo da alínea l) do n.º 1 que dig
Pág.Página 35
Página 0036:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 36 3 - A medida de vigilância, sanção alternativa ou perío
Pág.Página 36
Página 0037:
28 DE MAIO DE 2015 37 a) Qualquer facto que possa implicar a revogação da suspensão
Pág.Página 37
Página 0038:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 38 emissão a competência para a fiscalização das medidas de
Pág.Página 38
Página 0039:
28 DE MAIO DE 2015 39 ANEXO I (a que se refere o n.º 1 do artigo 8.º)
Pág.Página 39
Página 0040:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 40 A pessoa condenada encontra-se: no Estado de emi
Pág.Página 40
Página 0041:
28 DE MAIO DE 2015 41 g) Motivos da transmissão da sentença e da certidão (caso ten
Pág.Página 41
Página 0042:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 42 Tráfico ilícito de órgãos e tecidos humanos; Rapt
Pág.Página 42
Página 0043:
28 DE MAIO DE 2015 43 OU 4. Se assinalou a quadrícula no ponto
Pág.Página 43
Página 0044:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 44 ANEXO II (a que se refere o n.º 11 do artigo 10.º
Pág.Página 44
Página 0045:
28 DE MAIO DE 2015 45 Morada: Número de telefone: (prefixo nacional) (prefix
Pág.Página 45
Página 0046:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 46 Autoridade a contatar, se tiverem de ser recolhidas info
Pág.Página 46
Página 0047:
28 DE MAIO DE 2015 47 a pessoa condenada é membro da família de uma pessoa com resi
Pág.Página 47
Página 0048:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 48 Extorsão de proteção e extorsão Contrafação e pir
Pág.Página 48
Página 0049:
28 DE MAIO DE 2015 49 i) Informações relativas à natureza da condenação imposta ou,
Pág.Página 49
Página 0050:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 50 Dever da pessoa condenada de comunicar a uma autoridade
Pág.Página 50
Página 0051:
28 DE MAIO DE 2015 51 ANEXO IV (a que se referem os n.os 3 e 4 do artigo 42.
Pág.Página 51
Página 0052:
II SÉRIE-A — NÚMERO 139 52 d) Medida(s) de vigilância ou sanção(ões) alterna
Pág.Página 52