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27 DE NOVEMBRO DE 2015 5______________________________________________________________________________________________________________

Este caminho não pode ser prosseguido. Portugal merece diferente e merece melhor. A

política que consistiu em aumentar os impostos e cortar nos salários, nas pensões, nos

apoios sociais e nos serviços públicos, falhou redondamente. Em vez de baixar, a dívida

pública, que é o principal indicador da saúde das finanças públicas, aumentou. Em

comparação com o volume dos recursos retirados à economia e às pessoas, a queda do

défice orçamental foi pequena, falhando aliás os objetivos do Programa de Ajustamento.

Quer dizer: a devastação provocada na economia e na sociedade portuguesa em nada

contribuiu para a consolidação sustentada das finanças públicas. Isto significa que os

bloqueios económicos e sociais do país, em vez de terem sido ultrapassados, agravaram-se.

Em vez de combater os seus bloqueios estruturais, Portugal atrasou-se ainda mais.

É preciso, pois, fazer diferente e fazer melhor: virar a página da austeridade e relançar a

economia e o emprego. Só assim conseguiremos parar o retrocesso social e retomar o

caminho do progresso e da solidariedade, só assim conseguiremos superar a crise

orçamental.

São quatro os objetivos essenciais que orientaram a elaboração deste Programa de

Governo:

• O virar de página na política de austeridade e na estratégia de empobrecimento,

consagrando um novo modelo de desenvolvimento e uma nova estratégia de

consolidação das contas públicas assente no crescimento e no emprego, no

aumento do rendimento das famílias e na criação de condições para o investimento

das empresas;

• A defesa do Estado Social e dos serviços públicos, na segurança social, na educação

e na saúde, para um combate sério à pobreza e às desigualdades;

• Relançar o investimento na Ciência, na Inovação, na Educação, na Formação e na

Cultura, devolvendo ao país uma visão de futuro na economia global do século

XXI;

• O respeito pelos compromissos europeus e internacionais, para a defesa dos

interesses de Portugal e da economia portuguesa na União Europeia, para uma

política reforçada de convergência e coesão.

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