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II SÉRIE-A — NÚMERO 50 20

No entanto, os interesses estratégicos de Portugal não são exclusivos dessas geografias, pelo que é

fundamental reforçar e estabelecer relações de natureza económica, política, científica e cultural com outras

regiões e países onde Portugal tem interesses específicos, ao mesmo tempo que deve ser dado particular ênfase

às relações multilaterais através de organizações internacionais, sobretudo na ONU.

Neste sentido, e tendo em conta estes princípios orientadores da atuação externa portuguesa, o Governo

elenca como prioritárias as seguintes áreas:

 Reforço das relações bilaterais e multilaterais com parceiros estratégicos;

 Diplomacia económica e internacionalização das empresas;

 Promoção da Língua Portuguesa e da Cidadania Lusófona;

 Políticas de cooperação para o desenvolvimento;

 Políticas de Emigração e relações com as Comunidades Portuguesas;

2.1. Relações multilaterais e bilaterais

O Governo adota o multilateralismo como “princípio básico da orientação política externa portuguesa”,

consubstanciando-o na presença reforçada nas instituições internacionais a que pertence. Neste ponto são de

salientar as candidaturas portuguesas a diversos órgãos das Nações Unidas aos vários níveis das suas

estruturas orgânicas, incluindo posições de liderança; e os mandatos enquanto membro do Conselho de Direitos

Humanos e do Comité do Património Mundial da UNESCO. Sublinha-se ainda a apresentação de candidatura à

posição de Secretário-Executivo da CPLP e o empenho na conclusão da Nova Visão Estratégica dessa

organização. Tendo em conta o atual contexto global, os seus interesses geoestratégicos e as vantagens em

ser um interlocutor privilegiado em determinadas regiões, Portugal dará relevância às relações com

organizações regionais do Mediterrâneo, África Subsariana e América Latina, sendo um dos participantes na

organização das Cimeiras Ibero-Americanas.

No que respeita às relações bilaterais, Portugal privilegiará o diálogo com países com quem tem laços

identitários e históricos e onde possuí interesses específicos. Neste sentido, destacam-se os Estados Unidos da

América, desde logo pela importância de uma solução reciprocamente benéfica relativamente à Base das Lajes

e pelos benefícios da cooperação económica e nos domínios da ciência e tecnologia e ensino superior. De

seguida, destaca-se a parceria ibérica com a Espanha, pelo reforço da integração económica e pela afinidade

de interesses em organizações de comum participação. No espaço lusófono o Brasil continua a ser um parceiro

privilegiado, não só pela importância da promoção da Língua Portuguesa como pelas oportunidades de

triangulação económica no espaço lusófono, onde se destacam as parcerias e cooperação com os países

africanos de língua portuguesa e ainda com Timor-Leste.

Portugal dará ainda particular atenção às seguintes regiões e países:

 África Austral, Ocidental e Oriental;

 Países do Magrebe, Médio Oriente e mundo árabe em geral;

 América Latina;

 Países da Europa de leste e da Ásia Central;

 Países da Ásia do Sul e Sudeste, grande região Ásia-Pacífico, incluindo as grandes potências asiáticas:

China, Japão, Coreia do Sul e Indonésia.

2.2. Diplomacia económica e internacionalização da economia

Dando resposta à necessidade de relançar o crescimento económico do país e reconhecendo, ao mesmo, o

papel central das empresas portuguesas exportadoras para a consecução desse objetivo, o Governo propõe

concertar esforços no sentido de promover e facilitar a internacionalização da economia e a exploração de novos

mercados. Neste âmbito serão levadas a cabo medidas específicas de atração de investimento direto

estrangeiro e de investimento português no estrangeiro. Entre elas, destaca-se o reforço do trabalho

desenvolvido pela AICEP, a uma maior e melhor articulação entre as políticas de internacionalização e de

inovação, a facilitação da entrada de empreendedores estrangeiros, e a dinamização da relação com a diáspora

enquanto alavanca da internacionalização da economia portuguesa.

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