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20 DE FEVEREIRO DE 2016 3

Para estas projeções contribuem o pior desempenho de grandes “economias emergentes” como a do Brasil

e da Rússia, o ajustamento em curso na economia chinesa e a forte crise política e social instalada em alguns

países do Médio Oriente e no Norte de África por uma lado e o reforço do crescimento das “economias

avançadas”, em particular dos EUA, bem como a continuação de uma melhoria gradual, mas heterogénea, do

crescimento económico da União Europeia por outro lado.

Em 2015 o crescimento da economia mundial desacelerou, principalmente devido ao abrandamento de 0,5

p.p nas trocas comerciais de mercadorias que se deveu à diminuição das importações por parte de “economias

emergentes”, nomeadamente os países asiáticos, que não registavam quedas desde 2009.

No mesmo período, houve uma ligeira aceleração do crescimento na Zona Euro (1,5% em 2015 face ao 0,9%

em 2014). Esta recuperação beneficiou da diminuição do preço do petróleo e da depreciação do euro, tal como

contribuíram positivamente os alívios de algumas restrições orçamentais e o “quantitative easing” do BCE.

Contudo, face ao conjunto da economia mundial, o ritmo de crescimento da Zona Euro tem sido lento uma vez

que o investimento é pouco sustentado o que leva a que a diminuição do desemprego seja também muito

gradual. No conjunto dos três primeiros trimestres de 2015, o emprego na área do euro aumentou, em média,

1% em termos homólogos (0,6% no ano de 2014) e o valor médio da taxa de desemprego na área do euro

manteve-se acima de 10% no final de 2015 (11,6%, em média, em 2014).

Por outro lado, o crescimento da economia dos EUA revelou-se mais sustentado em 2015, atingindo 2,6%

em termos reais, consequência do aumento da procura interna e do reforço do consumo e investimento no setor

imobiliário como contrapartida de um enfraquecimento da produção industrial que se deveu à apreciação do

dólar e à já referida quebra das importações em algumas “economias emergentes”.

Para 2016 destacam-se as previsões de recuperação de economias da Índia e da Indonésia, o abrandamento

do crescimento económico na China, a recessão nas economias brasileira e russa e a aceleração do crescimento

nos EUA e, menos aceleradamente, na UE.

Na UE, o investimento deverá crescer em consequência das melhores condições de financiamento e da

diminuição das necessidades de desalavancagem do sector privado.

Estagnação ou diminuição dos preços das matérias-primas, nomeadamente o petróleo.

Segundo o FMI, a taxa de inflação nas “economias avançadas” em 2015 deverá situar-se próxima de zero

em contraste com uma taxa de 5,5% nas “economias emergentes e em desenvolvimento”.