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II SÉRIE-A — NÚMERO 24 8

inflação medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC) deverá atingir os 1,5% em 2017 (0,8% em 2016),

num contexto de equilíbrio de tensões – quer inflacionistas, quer deflacionistas – nos mercados internacionais

de commodities. Esta subida da inflação em cerca de 0,7 p.p. face a 2016 traduzirá uma maior pressão

ascendente sobre os preços. Para tal contribui a melhoria da procura interna e uma redução do hiato do produto,

a aceleração das remunerações por trabalhador associado à reposição dos cortes salariais na Administração

Pública, bem como a relativa estabilização do preço dos bens energéticos após a quebra registada no ano

precedente. O diferencial face à evolução dos preços no conjunto da área do euro deverá permanecer positivo

(+0,3 p.p.).

Previsões Macroeconómicas e Orçamentais de Entidades Internacionais

Para o próximo ano, o MF prevê uma aceleração da taxa de crescimento do PIB de 0,3 p.p., em comparação

com a previsão de 0,2 p.p. da Comissão Europeia e a previsão de 0,1 p.p. da OCDE e do FMI.

De forma transversal, o investimento deverá apresentar-se como a componente mais dinâmica da procura

interna (exceto para a OCDE), perspetivando-se igualmente uma aceleração das exportações de bens e de

serviços. Antecipa-se uma desaceleração do consumo privado, compatível com a necessidade de estabilizar a

taxa de poupança. Assinala-se ainda, para o mercado de trabalho, uma continuada redução da taxa de

desemprego de 0,9 pp no caso do MF e da Comissão Europeia, e de 0,6 p.p. e 0,5 p.p. no caso da OCDE e do

FMI.

A estimativa do MF aponta para uma necessidade de financiamento de 1,6% do PIB, um ajustamento nominal

de 0,8 p.p. que compara com o ajustamento previsto de 0,4 p.p., 0,3 p.p. e 0 p.p. da Comissão Europeia, OCDE

e FMI.

Quadro n.º I.3.2. Previsões macroeconómicas e orçamentais

Análise dos riscos

No contexto externo, há desde logo a nível europeu a incerteza política criada pelo Brexit, cujos termos em

que decorrerá, são ainda desconhecidos. Há, porém, em consequência o risco de um aumento de políticas

económicas que reduzam os fluxos comerciais e a própria circulação de pessoas, com óbvias consequências

nefastas para o comércio global, para a eficiente alocação de recursos e, consequentemente para o crescimento

económico global.

Também importa ter em consideração a instabilidade criada pelo processo eleitoral em curso nos Estados

Unidos da América, os conflitos no Médio Oriente e em África (com os consequentes impactos nos preços das

commodities e nos fluxos de migrantes, entre outros), bem como a incerteza quanto à evolução de mercados

como o chinês e o angolano, constituem igualmente fatores de risco a considerar e que poderão ter

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