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II SÉRIE-A — NÚMERO 79 92

Fonte: International Atomic Energy Agency

Recordamos que segundo a INES o acidente de Fukushima, de 12 de abril de 2011, que se deveria classificar

como desastre, ou mesmo hecatombe, foi categorizado ao nível máximo, seja de nível 7. Anteriormente o único

acidente com esta gravidade deu-se em Chernobyl, a 26 de abril de 1986. É público que o custo associado à

mitigação do desastre de Chernobyl ronda actualmente os 222 mil milhões e 227 mil milhões de euros, na

Bielorrússia e na Rússia, respectivamente, e os de Fukushima, segundo dados oficiais, já ascendem a 180 mil

milhões de euros, ou seja, o dobro do estimado inicialmente pelo governo nipónico. Ambos terão custos

contínuos que perdurarão durante largas décadas e isto sem considerar, como é normativo neste sistema

económico e social, os custos externalizados destes acidentes para o ambiente e para a fauna local, regional e

global.

Regressando ao panorama nacional verificamos que a APA denota que “À medida que mais desastres

ocorrem despertando a necessidade de novas tecnologias para lhes fazer face, também os desafios para

a humanidade se tornam mais exigentes.” Esta posição, claramente redutora e antropocêntrica, assume que

o erro humano pode sempre ser colmatado pela genialidade do Homo Sapiens Sapiens. Porém, como

verificámos em Fukushima, a equação em torno da indústria nuclear acarreta variáveis extra sobretudo devido

a fenómenos naturais, como terramotos e maremotos, que não são controláveis pelo ser Humano.

Estas variáveis, e exemplos de acidentes, em países considerados no seu zeitgeist como pináculos da

tecnologia nuclear, deveriam servir de apanágio societal para um rápido e estratégico descomissionamento das

centrais nucleares existentes. Porém, o que vemos pelo mundo é o contrário. Não obstante esta tendência,

ligada a interesses minoritários de sectores económicos e políticos vigentes, no Reino de Espanha emerge um

debate social que insta as instâncias governamentais e públicas a delinear estratégias concretas para a

substituição do plano energético nacional baseado em combustíveis fósseis e nuclear por energias realmente

limpas e renováveis.

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