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II SÉRIE-A — NÚMERO 140 64

Na realidade, onde antes havia duas ligações a Viseu, através da linha do Dão e da Linha do Vouga, não

resta hoje nenhuma linha.

No que se refere à Linha do Dão, originalmente conhecida como Ramal de Viseu e Linha de Santa Comba a

Viseu, foi uma linha ferroviária de via estreita que ligava Santa Comba Dão, na Linha da Beira Alta, à cidade

de Viseu. Entrou ao serviço em 25 de novembro de 1890 e foi definitivamente encerrada em 1990, tendo sido,

posteriormente, adaptada a ecopista.

Quanto ao troço da linha do Vouga entre Espinho e Oliveira de Azeméis, foi inaugurado em 1908, tendo

ficado concluído em 1911 a ligação a Sernada do Vouga. O Ramal de Viseu era a linha ferroviária que ligava

Sernada do Vouga a Viseu, concluída em 1913, tendo ficado totalmente ligadas, em 1914, as cidades de Espinho

e de Viseu. No início de 1990, o Ramal de Viseu foi encerrado, passando os passageiros a ser transportados

por autocarros.

Atualmente, é atribuído à cidade de Viseu o título de maior cidade da Europa sem transporte ferroviário,

prejudicando a dinâmica de desenvolvimento da região.

É por isso justa a proposta que apresentamos de ligação urgente de Viseu à Linha da Beira Alta, que deve

ser acompanhada do estudo para a reativação da Linha do Vouga entre Sernada do Vouga e Viseu, propostas

que merecem aliás o apoio das populações e organizações de trabalhadores, de empresários e de agricultores.

Por outro lado, sabe-se:

i) Que a Linha do Norte, já com cerca de 730 comboios por dia, tem sérios problemas de capacidade nos

troços suburbanos mais sobrecarregados nas proximidades de Lisboa e Porto;

ii) Que é sobejamente conhecida a necessidade de construção de uma nova linha de velocidade elevada

entre Lisboa e Porto;

iii) E que a construção desta nova linha deve ser faseada, iniciando-se prioritariamente pelos dois referidos

troços suburbanos, designadamente o troço Aveiro-Espinho-Gaia-Campanhã.

Conhece-se ainda,

i) Que do ponto de vista orográfico o canal ferroviário da actual Linha do Norte entre Aveiro e Espinho ocupa

a faixa mais adequada a traçados de linhas de velocidade elevada ou superiores;

ii) Que neste troço a modernização efetuada já permite velocidades até 220 km/h;

iii) E que qualquer outro corredor para velocidades elevadas mais afastado da costa implicaria custos

significativamente elevados dada a orografia desta faixa de território.

A conjugação destas circunstâncias na parte norte da ligação entre Lisboa e Porto, com a necessidade de

repor as acessibilidades ferroviárias suburbanas e de mercadorias a Viseu, exige o estudo integrado deste

sistema considerando designadamente:

i) Destinar o atual canal ferroviário da Linha do Norte entre Aveiro e Espinho para o serviço da futura ligação

em velocidade elevada entre Lisboa e Porto;

ii) Estudar o canal alternativo à atual Linha do Norte entre Aveiro e Espinho, para velocidades moderadas,

destinado a desviar para ele essencialmente o tráfego de mercadorias da Linha do Norte e algum tráfego

suburbano;

iii) Estudar para este canal alternativo as potencialidades do aproveitamento de troços da atual Linha do

Vouga (Aveiro-Sernada-Espinho), que embora em traçado difícil, seria modernizada e adaptada para via larga;

jjjj) Restabelecer a ligação que substitua a que foi encerrada entre Sernada e Viseu;

v) restabelecer a ligação de Viseu à Linha da Beira Alta.

Este sistema integrado permitiria:

i) Ligar Viseu a Aveiro, a Espinho e Porto, e à Linha da Beira Alta, com tráfego de passageiros e de

mercadorias;

ii) Criando assim simultaneamente um canal ferroviário alternativo para descongestionar a Linha do Norte

entre Aveiro e Espinho, prioritariamente desviando para ele o serviço de mercadorias e também o restante

tráfego quando em situações de emergência ou de grandes intervenções na linha.

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