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22 DE NOVEMBRO DE 2017

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Implemente um plano de intervenção nos territórios afetados pelos incêndios florestais cujo declive

seja superior a 30%, no sentido de minorar a erosão dos solos, através de medidas técnicas que reduzam

o risco da perda de solo e consequentemente as enxurradas e deslizamentos de terra.

Palácio de São Bento, 18 de Novembro de 2017.

Os Deputados do PSD: Pedro Passos Coelho — Hugo Lopes Soares — Miguel Morgado — Duarte Marques

— Maria Luís Albuquerque — Inês Domingos — António Costa Silva — Rubina Berardo — Ana Oliveira —

António Ventura — Marco António Costa — Sérgio Azevedo — Regina Bastos.

———

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1123/XIII (3.ª)

RECOMENDA AO GOVERNO QUE SALVE E VALORIZE O PATRIMÓNIO INDUSTRIAL CORTICEIRO

DA FÁBRICA ROBINSON EM PORTALEGRE

As duas imponentes chaminés da Fábrica Robinson, hoje em risco de ruir, dão ao longe, as boas vindas aos

visitantes de Portalegre e são, no meio da torre de menagem do Castelo e das torres sineiras da Sé Catedral,

dois ícones que diferenciam esta cidade de muitas outras da região, projetando o papel que desempenhou de

"capital industrial do Alentejo".

A Fábrica Robinson, indústria corticeira, é um elemento importantíssimo da história de Portalegre desde o

século XIX. A identidade desta cidade do Norte Alentejo está indubitavelmente marcada por um passado

industrial muito ativo, no qual a indústria corticeira Robinson, a par com a dos lanifícios, teve um papel

determinante.

A atividade industrial corticeira em Portalegre teve início em 1837 com a instalação de uma pequena unidade

fabril de um grupo de industriais ingleses. Dez anos depois, em 1847, com a instalação do industrial George

Robinson neste concelho alentejano, por razões que derivam da sua localização estratégica, esta indústria

regista um desenvolvimento determinante.

Este desenvolvimento colocou a corticeira Robinson não só na história industrial de Portalegre, mas também

na do Alentejo e do País: pelo recurso a uma matéria-prima oriunda de um recurso endógeno (o montado de

sobro); pela sua transformação em produtos que entram nas nossas casas (as rolhas, o isolamento, etc.); pelo

papel pioneiro que a Robinson ocupou na inovação industrial, com a introdução de maquinaria e técnicas de

ponta; pela qualidade da sua produção, reconhecida pela medalha de Mérito Industrial atribuída em 1908, pelo

Rei D. Carlos e, mais tarde, pela projeção que alcança nos mercados internacionais, fabricando os primeiros

componentes em cortiça para o vaivém da NASA e ainda, pelo papel social de contornos ímpares que assumiu.

O legado patrimonial da Fábrica Robinson, na qual chegaram a laborar mais de dois mil trabalhadores, inclui

um valiosíssimo património imaterial, associado à história de vida dos seus trabalhadores, ao movimento

operário, ao cooperativismo e associativismo. Aqui tiveram origem as primeiras associações de operários, o

primeiro sindicato corticeiro, a primeira corporação de bombeiros, a primeira cooperativa de consumo, a primeira

creche e ainda as primeiras publicações periódicas. A Robinson, e os seus trabalhadores, entram também para

o cartaz do cinema português, ao serem cenário e figurantes de uma obra cinematográfica de relevo histórico:

"Até Amanhã Camaradas".

A Fábrica Robinson representa assim muito mais do que um património arqueológico industrial, já de si

valioso e classificado como de "interesse público", constituindo ainda um traço identitário indelével da história e

memória de Portalegre e de gerações de portalegrenses. Resta agora fazer com que esta riqueza e

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