O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

25 DE JANEIRO DE 2018

41

 Alterações climáticas e os seus impactos

As alterações climáticas são uma realidade com que todos nos defrontamos e sabemos que se nada for feito,

estas alterações vão continuar, e serão cada vez mais frequentes e intensos os fenómenos climáticos extremos

que acarretam perigos como inundações e secas.

Este fenómeno é, sem dúvida, uma das maiores ameaças ambientais, sociais e económicas que o planeta e

a humanidade enfrentam na atualidade e que afetam diretamente o nosso país, conforme, infelizmente se tem

vindo a verificar.

Portugal é, de acordo com vários especialistas, pela sua característica mediterrânica, o país da UE com maior

risco de desertificação, fruto de secas mais frequentes e prolongadas. As alterações climáticas, e a necessidade

de adaptação e mitigação das mesmas, têm por isso de ser olhadas por Portugal como uma prioridade.

Assim, todos temos consciência sobre a urgência da implementação de medidas, a nível global, para o

combate às alterações climáticas, sendo que a Agenda 2030 dispõe que, até 2030, os países devem,

nomeadamente:

 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados com o clima e as catástrofes;

 Integrar medidas relacionadas com alterações climáticas nas políticas, estratégias e planeamentos

nacionais;

 Melhorar a educação, aumentar a consciencialização e a capacidade humana e institucional sobre

medidas de mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce no que respeita às alterações

climáticas.

As alterações climáticas colocam novos desafios aos sistemas que estão montados para proteger cidadãos

e ecossistemas de ameaças que eram menos intensas e frequentes do que aquelas que existem e que é

previsível que se venham a agravar. Nesse sentido é necessário investir na investigação científica, na

qualificação dos recursos humanos, no equipamento das forças e na formação das populações. No campo da

investigação científica devem privilegiar-se os programas que permitam o melhor conhecimento dos riscos e a

criação de capacidade de resposta aos mesmos. Na qualificação dos recursos humanos deve aproveitar-se

esse conhecimento para atualizar a formação dos quadros e agentes existentes e investir na formação e

ingresso de novos quadros preparados para estes novos desafios. No equipamento dos agentes de proteção

civil, desde logo dos bombeiros, deve fortalecer-se a capacidade de resposta, em função do aumento do risco.

Por fim, é fundamental o envolvimento dos cidadãos e a promoção da sua adequada formação para lidar com

situações de risco e de perigo efetivo.

2. AGRICULTURA

A agricultura é um dos sectores que contribui para as alterações climáticas, mas que, simultaneamente é

também mais afetado, quer pelo aumento de pragas e doenças, quer pela falta de água para regadio, que podem

provocar perdas elevadas de produção e do rendimento dos agricultores.

Ao contrário dos países do norte da Europa, em Portugal a queda da precipitação ocorre fora do período em

que é preciso regar, pelo que é fundamental aumentar as reservas de água, quer pelo aumento da capacidade

de armazenamento das albufeiras existentes, por via de dragagens (que o Governo já anunciou que ia fazer),

quer com a realização de novas barragens ou charcas.

No caso português, o armazenamento de água e o regadio não são apenas uma questão de rentabilidade

económica, mas, acima de tudo, são uma questão de mitigação das alterações climáticas, de sustentabilidade

e de coesão territorial.

Uma Política Agrícola Comum forte é indispensável para o sucesso do projeto europeu e um contributo

essencial para a Estratégia Europa 2020, nomeadamente os objetivos de crescimento económico, emprego e

coesão social. Mas a Europa não é um território homogéneo, tem múltiplos territórios, com diversas

potencialidades e diferentes necessidades, que têm de ser tidos em conta na definição das políticas do próximo

QFP.

Os desafios da agricultura europeia para a próxima década – económicos, sociais e ambientais -, são os

desafios da agricultura portuguesa, pese embora a nossa incontornável especificidade, que torna alguns desses

desafios mais prementes para Portugal.

Páginas Relacionadas
Página 0037:
25 DE JANEIRO DE 2018 37 A Assembleia da República resolve, nos termos do disposto
Pág.Página 37
Página 0038:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 38 Essa circunstância não pode ignorar a indis
Pág.Página 38
Página 0039:
25 DE JANEIRO DE 2018 39 desdobrados em 169 metas, que foi aprovada pelos líderes m
Pág.Página 39
Página 0040:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 40 quer do ponto de vista do combate às altera
Pág.Página 40
Página 0042:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 42 O País tem duas realidades que importa dife
Pág.Página 42
Página 0043:
25 DE JANEIRO DE 2018 43 endógenos, a produção de energia e a economia local será p
Pág.Página 43
Página 0044:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 44 económica e socialmente Portugal durante aq
Pág.Página 44
Página 0045:
25 DE JANEIRO DE 2018 45 digital, ao contrário de outros, é um mercado absolutament
Pág.Página 45
Página 0046:
II SÉRIE-A — NÚMERO 59 46 O processo negocial que se abre suscita um
Pág.Página 46
Página 0047:
25 DE JANEIRO DE 2018 47 11. Implemente novas formas de cooperação na gestão e orde
Pág.Página 47