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2 DE FEVEREIRO DE 2018

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enquanto o abuso de sal e de gordura saturada propicia o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Por

outro lado, uma dieta rica em fibras é preventiva da generalidade destas doenças e o cálcio pode contribuir para

prevenir a osteoporose. São alguns exemplos que demonstram que o consumo excessivo de determinados

nutrientes, bem como a carência de outros, constitui um risco ao nível de certas doenças crónicas.

A maior ou menor sujeição ao risco relaciona-se em grande medida com as escolhas alimentares do

consumidor e, para o efeito, é preciso garantir o seu acesso ao conhecimento sobre o teor nutricional dos

géneros alimentícios. A rotulagem dos alimentos assume um papel muito relevante na garantia de escolhas

informadas por parte dos cidadãos. Convencer, portanto, os consumidores a ler os rótulos (e dentro destes a

declaração nutricional) dos produtos alimentares é um imperativo. Para o efeito, é determinante que os saibam

interpretar.

A declaração nutricional é um dos elementos de informação sobre o género alimentício que tem

obrigatoriamente que constar da rotulagem, contendo forçosamente menção sobre o valor energético e a

quantidade de lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal. Importa,

entretanto, ter em devida conta que a declaração nutricional, normalmente apresentada em tabela, é dirigida ao

consumidor final e não a qualquer especialista, técnico ou operador do setor alimentar. É por isso que as

informações fornecidas nessa declaração deveriam ser claras. A perceção evidente da dificuldade de leitura e

interpretação dos rótulos já levou a que fossem dados passos para facilitar a compreensão, pelo consumidor

final, dessa informação nutricional, tais como a criação da obrigatoriedade de se usar o termo «sal» e não

«sódio», ou a imposição de expressar os nutrientes por quantidade não variável (por 100g ou 100ml, mesmo

que complementada com outras quantidades variáveis, como a porção).

Todavia, é uma evidência que muitos consumidores não conseguem interpretar facilmente a informação

contida na declaração nutricional tal como está definida, designadamente por a considerarem demasiado

técnica, e, portanto, uma boa parte da população acaba por não ’fazer bom proveito’ dos rótulos dos alimentos,

estando consequentemente criada uma barreira à informação nutricional ao consumidor.

Para ultrapassar essa dificuldade, com o objetivo de simplificar e clarificar a informação dada ao consumidor,

já foram criados vários esquemas simplificados de informação nutricional, como:

(i) o semáforo nutricional

(ii) o guiding stars

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