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II SÉRIE-A — NÚMERO 86

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O bom desempenho clínico e a qualidade dos cuidados de saúde prestados pelo CHTS foram, de resto,

ainda recentemente reconhecidos num ranking da IASIST, entidade que tem, entre nós, avaliado o

“benchmarking” clínico dos hospitais desde 2014, com base em critérios de qualidade, adequação e eficiência

dos cuidados prestados à população.

Com efeito, no ano passado, o CHTS integrou, na notação da IASIST, o TOP 5/2017 – Excelência dos

Hospitais, obtendo o “PrémioConsistência” na categoria dos hospitais de média dimensão (Grupo C), renovando

uma classificação que aquela entidade já lhe havia atribuído em 2015.

Importa realçar que, em grande medida, este reconhecimento da excelência dos cuidados de saúde

prestados pelo CHTS em muito se deve à elevada qualidade, competência e dedicação dos profissionais que

nele trabalham, com especial destaque para o pessoal médico e de enfermagem.

A recente criação do Agrupamento Académico Clínico do Douro Interior (A2CDI), do qual o CHTS é entidade

cofundadora, poderá contribuir ainda, de forma relevante, para a promoção, naquela região, da formação e do

ensino científico em áreas como a medicina, a enfermagem e mesmo a Inteligência Artificial.

Mas a sempre desejável melhoria da acessibilidade das populações da região do Vale do Sousa e Baixo

Tâmega aos cuidados de saúde prestados pelo CHTS pressupõe, também, não só o reforço dos recursos

humanos deste centro hospitalar, como a valorização dos seus profissionais, designadamente em termos de

carreiras e condições de trabalho.

E a verdade é que se verifica, atualmente, uma grave insuficiência de pessoal no CHTS, em especial de

médicos cardiologistas e pneumologistas, bem como de enfermeiros e mesmo de assistentes operacionais,

muitos dos quais têm vínculos laborais precários, incompatíveis com a satisfação de necessidades permanentes

dos serviços hospitalares.

Aliás, a aludida escassez de profissionais de saúde tem gerado elevados tempos médios de resposta para

primeiras consultas de especialidade no CHTS, muitos dos quais ultrapassam significativamente os Tempos

Máximos de Resposta Garantida (TMRG), como os exemplos seguintes, apenas os mais graves, sobejamente

evidenciam:

 647 dias de espera para uma consulta da especialidade de Pneumologia, no Hospital Padre Américo –

Vale do Sousa;

 470 dias de espera para uma consulta da especialidade de Otorrinolaringologia, no Hospital Padre

Américo – Vale do Sousa;

 385 dias de espera para uma consulta da especialidade de Cirurgia Geral, no Hospital Padre Américo –

Vale do Sousa;

 323 dias de espera para uma consulta da especialidade de Cardiologia, no Hospital Padre Américo –

Vale do Sousa;

 309 dias de espera para uma consulta da especialidade de Ginecologia, no Hospital Padre Américo –

Vale do Sousa;

 285 dias de espera para uma consulta da especialidade de Angiologia/Cirurgia Vascular, no Hospital

Padre Américo – Vale do Sousa.

(Dados de setembro, outubro e novembro de 2017; http://tempos.min-saude.pt/#/instituicoes-especialidade-

cth).

Acresce que têm sido recorrentes os casos de sobrelotação no CHTS, cujos serviços de urgência de Penafiel

e de Amarante enfrentam grandes dificuldades sempre que se verifica uma elevada afluência de utentes, aos

quais, por maior que seja a dedicação e competência dos respetivos profissionais de saúde, muitas vezes não

é possível dar resposta nas melhores condições.

Estes são, pois, múltiplos problemas que, no entender do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata,

carecem de urgente resolução por parte do Ministério da Saúde, que não pode mais continuar a alijar uma

responsabilidade que é, essencialmente, da esfera governamental.

O PSD considera, por isso, que o Governo deve reforçar o investimento no CHTS, designadamente ao nível

dos seus serviços de urgência, e assegurar a contratação dos profissionais de saúde necessários ao bom

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