O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8 DE JANEIRO DE 2019

49

geneticamente modificados43. Tudo indica, no entanto, que o número de países que já baniram a produção e

comercialização de organismos geneticamente modificados seja dessa ordem de grandeza.

Os que se mostram contra o cultivo e comercialização de variedades geneticamente modificadas,

designadamente os proponentes dos projetos de lei em apreço44, salientam os seus malefícios para a saúde

humana e os riscos para a agricultura, o ambiente, a economia, a segurança alimentar e a biodiversidade vegetal

e animal45, ao passo que os seus defensores46 as apresentam como panaceia para a fome no mundo, as

alterações climáticas e a subnutrição, não lhes imputando riscos para a saúde humana.

A legislação específica comparada é apresentada aqui apenas para países em relação aos quais obtivemos

elementos legislativos suficientes para comprovar as soluções em vigor sobre a proibição geral ou não dos

organismos geneticamente modificados, incidindo sobre os seguintes Estados-Membros da União Europeia:

Espanha, França e Irlanda.

ESPANHA

O regime jurídico paralelo do direito espanhol consta da Ley 9/2003, de 25 de abril («establece el régimen

jurídico de la utilización confinada, liberación voluntaria y comercialización de organismos modificados

geneticamente»)47, regulamentada pelo Real Decreto 178/2004, de 30 de enero («por el que se aprueba el

Reglamento general para el desarrollo y ejecución de la Ley 9/2003, de 25 de abril, por la que se establece el

régimen jurídico de la utilización confinada, liberación voluntaria y comercialización de organismos modificados

geneticamente»)48, não se proibindo, em geral, a utilização, libertação deliberada e comercialização de

organismos geneticamente modificados, embora se estabeleçam requisitos apertados para a produção,

confinada, desses organismos.

FRANÇA

A legislação básica está concentrada no Título III do Livro V da Parte Legislativa do Code de l'Environnement,

sob a epígrafe «Organismes génétiquement modifiés». Embora haja indicação de que a França proibiu a

produção de pelo menos alguns organismos geneticamente modificados, não o fez expressamente em relação

à sua importação. A libertação e colocação no mercado de organismos geneticamente modificados é regulada

nas secções 2 e 3 do Capítulo III («Dissémination volontaire d'organismes génétiquement modifiés») do referido

Título III, continuando a admitir-se a sua existência, embora sempre com sujeição a rotulagem obrigatória e

exame prévio do respetivo pedido de autorização que tem em conta os riscos para o ambiente e a saúde pública

(artigos L533-3 a L533-8-2).

IRLANDA

No Genetically Modified Organisms (Deliberate Release) Regulations 2003 (S.I. n.° 500 of 22/10/2003), não

sujeito a alteração na sequência das modificações na legislação comunitária de 2015, continua a admitir-se a

produção, cultivo e comercialização de variedades agrícolas e hortícolas geneticamente modificadas.

Outros países

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

De acordo com a lei federal numerada como Public Law 114-2016, também os Estados Unidos da América,

à semelhança de países como a China, o Brasil e o Canadá, admitem o cultivo e comercialização de organismos

43 Como nos mostra a página da Internet do Genetic Literacy Project e resulta da lista de países que baniram o cultivo, acima transcrita. 44 Outro caso é o da organização Slow Food, que se opõe à produção de organismos geneticamente modificados. 45 Na medida em que estes sejam alimentados com rações transgénicas. 46 Como, por exemplo, António Coutinho, ex-Diretor do Instituto Gulbenkian de Ciência e Presidente da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa. 47 Texto consolidado retirado de www.boe.es. 48 Texto consolidado retirado de www.boe.es.

Páginas Relacionadas
Página 0035:
8 DE JANEIRO DE 2019 35  Projeto de Lei n.º 936/XIII/3.ª (PEV) – «Impede o cultivo
Pág.Página 35
Página 0036:
II SÉRIE-A — NÚMERO 42 36 (Constituição) e no artigo 118.º do Regimen
Pág.Página 36
Página 0037:
8 DE JANEIRO DE 2019 37 Técnica anexa. Em caso de aprovação esta iniciativa
Pág.Página 37
Página 0038:
II SÉRIE-A — NÚMERO 42 38 refere o artigo 131.º do mesmo Regimento. <
Pág.Página 38
Página 0039:
8 DE JANEIRO DE 2019 39 Referem os subscritores que Portugal pela sua geomorfologia
Pág.Página 39
Página 0040:
II SÉRIE-A — NÚMERO 42 40 por OGM, transpondo para a ordem jurídica i
Pág.Página 40
Página 0041:
8 DE JANEIRO DE 2019 41 Genericamente, a Lei n.º 19/2014, de 14 de abril («Define a
Pág.Página 41
Página 0042:
II SÉRIE-A — NÚMERO 42 42 – Projeto de Lei n.º 43/VIII («Proíbe a com
Pág.Página 42
Página 0043:
8 DE JANEIRO DE 2019 43 – Projeto de Resolução n.º 26/VIII («Sobre produtos proveni
Pág.Página 43
Página 0044:
II SÉRIE-A — NÚMERO 42 44 Resumo: De acordo com a autora «os Estados-
Pág.Página 44
Página 0045:
8 DE JANEIRO DE 2019 45 presença, na cadeia alimentar, de produtos geneticamente mo
Pág.Página 45
Página 0046:
II SÉRIE-A — NÚMERO 42 46 das alterações climáticas aos resíduos, da
Pág.Página 46
Página 0047:
8 DE JANEIRO DE 2019 47 glifosato, o PE decidiu, em fevereiro de 2018, instituir a
Pág.Página 47
Página 0048:
II SÉRIE-A — NÚMERO 42 48 • Dinamarca: Cultivo proibido. Importação p
Pág.Página 48
Página 0050:
II SÉRIE-A — NÚMERO 42 50 geneticamente modificados, embora sujeito a
Pág.Página 50
Página 0051:
8 DE JANEIRO DE 2019 51  Projeto de Lei n.º 937/XIII/3.ª (PEV) – «Alarga a abrangê
Pág.Página 51