O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 46

44

Por sua vez, o relatório sobre Fluxos Financeiros no SNS de outubro de 2017, elaborado pelo Conselho

Nacional de Saúde, no capítulo referente ao SNS, apresenta dados relativos aos cuidados preventivos,

concluindo que estes «representaram sempre um valor um pouco superior a 1% da despesa corrente do SNS

e SRS, situando-se em 2015 em 1,1% (105,5 milhões de euros em 2015)»11.

Nas conclusões e recomendações o relatório começa por considerar que tinha «como objetivo caracterizar

o movimento dos fluxos financeiros dentro do SNS, nomeadamente elaborar o desenho da arquitetura do SNS,

identificar as principais fontes de financiamento da despesa do SNS, descrever como são usados os recursos

disponíveis e como se encontram distribuídos, identificar as áreas que consomem mais e menos recursos

financeiros e clarificar se os valores orçamentados correspondem à despesa efetiva do SNS». E, tendo por

base os objetivos supracitados conclui, designadamente, o seguinte:

 «O financiamento do sistema de saúde em Portugal é essencialmente público – 57,3% é financiado

através do SNS e SRS –, mas existe uma grande componente de financiamento privado, com as famílias a

suportarem diretamente 27,7% do total através de pagamentos diretos. Entre os países europeus, Portugal é

dos que apresenta as percentagens mais elevadas de pagamentos diretos, originando consequências

adversas para a equidade no financiamento dos cuidados de saúde. Os subsistemas representavam 5,3% do

financiamento e 4,6% os seguros privados.

 Em 2015, a despesa com entidades convencionadas do SNS foi de cerca 383 milhões de euros com

MCDT e de cerca 247 milhões de euros com diálise de ambulatório.

 O setor privado assume um papel importante em termos da prestação de cuidados em ambulatório e

MCDT, em particular no sector convencionado. Mais recentemente, alargou a oferta de cuidados hospitalares,

gere hospitais em regime de PPP; assiste-se, também, a uma maior presença do setor social, no âmbito da

RNCCI e da contratualização com o SNS».12

Por fim, o Conselho Nacional de Saúde recomenda, nomeadamente, que:

 «A oferta de cuidados seja adequada ao perfil epidemiológico da população e à evolução demográfica

portuguesa, com um maior investimento na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

 A despesa pública seja orientada para servir as prioridades em saúde, através de políticas custo-

efetivas, que permitam um melhor retorno em saúde com a alocação cuidada dos recursos disponíveis.

 O orçamento do SNS deva ter em conta, não só as despesas correntes, mas também o investimento em

cuidados preventivos e o investimento em bens de capital».13

Por ocasião do Dia Mundial da Saúde comemorado em 7 de abril de 2018, o Instituto Nacional de

Estatística (INE) apresentou alguns indicadores fundamentais sobre a saúde, relativos ao período 2006-2016,

e disponibilizou a publicação Estatísticas da Saúde 2016: Edição 2018 com informação organizada por

diferentes áreas.

Segundo a mencionada publicação, em 2016, existiam 225 hospitais em Portugal, dos quais 111

pertencentes aos serviços oficiais de saúde, correspondendo a 49,3% do total. Manteve-se, assim, a tendência

de aumento do número de hospitais privados, cujo número (114 em 2016) superou pela primeira vez o de

hospitais pertencentes aos serviços oficiais de saúde.

De referir, também, que entre 2014 e 2016, mais de metade da despesa corrente em saúde foi financiada

pelo Serviço Nacional de Saúde e pelos Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas. Efetivamente,

de acordo «com a Conta Satélite da Saúde, entre 2014 e 2016, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os

Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas (SRS), em conjunto, foram os principais agentes

financiadores da despesa corrente em saúde, suportando, em média, 57,6% do total. Nesses anos, em média,

27,6% da despesa corrente foi suportada diretamente pelas famílias. Em termos estruturais, entre 2014 e

2016, as alterações foram pouco significativas ao nível dos principais agentes financiadores. No entanto, em

relação aos restantes agentes financiadores destaca-se o aumento do peso relativo da despesa das

11 Fluxos Financeiros no SNS, pág. 12. 12 25 de Abril – 40 Anos de Estatísticas, págs. 29 e 30. 13 25 de Abril – 40 Anos de Estatísticas, págs. 29 e 30.

Páginas Relacionadas
Página 0036:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 36 Assuntos Fiscais), assim como da Associação
Pág.Página 36
Página 0037:
16 DE JANEIRO DE 2019 37 A discussão das referidas iniciativas legislativas, na gen
Pág.Página 37
Página 0038:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 38  Exercício de funções por parte de profiss
Pág.Página 38
Página 0039:
16 DE JANEIRO DE 2019 39 2. Por sua vez, o Governo tomou a iniciativa de apresentar
Pág.Página 39
Página 0040:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 40 I. Análise da iniciativa  A
Pág.Página 40
Página 0041:
16 DE JANEIRO DE 2019 41 Nas disposições finais é garantido o direito de participaç
Pág.Página 41
Página 0042:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 42 O atual Estatuto do Serviço Nacional de Saú
Pág.Página 42
Página 0043:
16 DE JANEIRO DE 2019 43 A votação final global do texto final elaborado pela Comis
Pág.Página 43
Página 0045:
16 DE JANEIRO DE 2019 45 sociedades de seguros (4,0% da despesa corrente em 2016, m
Pág.Página 45
Página 0046:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 46  Elaboração de um primeiro projeto legisla
Pág.Página 46
Página 0047:
16 DE JANEIRO DE 2019 47 III. Apreciação dos requisitos formais  Con
Pág.Página 47
Página 0048:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 48 legislativos «entram em vigor no dia neles
Pág.Página 48
Página 0049:
16 DE JANEIRO DE 2019 49 Para uma mais fácil compreensão apresenta-se um quadro rel
Pág.Página 49
Página 0050:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 50  Modificação da legislação sobre interrupç
Pág.Página 50
Página 0051:
16 DE JANEIRO DE 2019 51 presente nota técnica. Para salvaguardar o disposto no n.º
Pág.Página 51
Página 0052:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 52 acrescido acesso às evidências científicas
Pág.Página 52
Página 0053:
16 DE JANEIRO DE 2019 53 SAKELLARIDES, Constantino – Um Serviço Nacional de
Pág.Página 53
Página 0054:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 54 I. Análise da iniciativa  A
Pág.Página 54
Página 0055:
16 DE JANEIRO DE 2019 55 seu acesso é gratuito, sem prejuízo do estabelecimento de
Pág.Página 55
Página 0056:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 56 que o Estado garante a prestação de cuidado
Pág.Página 56
Página 0057:
16 DE JANEIRO DE 2019 57 representa um aumento de quase 20,0% para os homens e de c
Pág.Página 57
Página 0058:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 58 Por ocasião do Dia Mundial da Saúde comemor
Pág.Página 58
Página 0059:
16 DE JANEIRO DE 2019 59 Pelo Despacho n.º 1222-A/2018, de 2 de fevereiro, f
Pág.Página 59
Página 0060:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 60 13.º, 18.º, 24.º, 25.º, 26.º, 61.º, 63.º, 6
Pág.Página 60
Página 0061:
16 DE JANEIRO DE 2019 61 sempre como princípio orientar que a saúde é um direito. A
Pág.Página 61
Página 0062:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 62 elementos são enumerados no n.º 2 da mesma
Pág.Página 62
Página 0063:
16 DE JANEIRO DE 2019 63 referir que:  A adoção da Diretiva 2011/24/
Pág.Página 63
Página 0064:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 64 da sustentabilidade orçamental dos sistemas
Pág.Página 64
Página 0065:
16 DE JANEIRO DE 2019 65 Sobre esta matéria pode ainda ser consultado o site
Pág.Página 65
Página 0066:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 66  Introdução a título experimental das «sal
Pág.Página 66
Página 0067:
16 DE JANEIRO DE 2019 67 No caso da presente iniciativa são usadas bastantes referê
Pág.Página 67
Página 0068:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 68 O segundo aspeto é a necessidade de permane
Pág.Página 68
Página 0069:
16 DE JANEIRO DE 2019 69 RIBEIRO, João Mendes – Saúde em Portugal: reformar ou inov
Pág.Página 69
Página 0070:
II SÉRIE-A — NÚMERO 46 70 participação das pessoas, a gestão dos recu
Pág.Página 70
Página 0071:
16 DE JANEIRO DE 2019 71 – Base 20 (taxas moderadoras) – prevê-se que a lei permita
Pág.Página 71