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II SÉRIE-A — NÚMERO 96

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 2150/XIII/4.ª

PELA URGENTE REQUALIFICAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA ANDRÉ DE GOUVEIA EM ÉVORA

A Escola Secundária André de Gouveia (ESAG), em Évora, necessita há vários anos de obras de

requalificação. Em causa está a intervenção de remoção das coberturas de fibrocimento (amianto) mas também

a intervenção estrutural nos vários edifícios que compõem o complexo educativo no sentido de resolver

problemas que há já algum tempo impedem o normal funcionamento da escola.

A ESAG foi a única das três escolas secundárias do concelho de Évora que não beneficiou de medidas de

investimento no parque escolar decididas por vários governos, nomeadamente o Programa de Modernização de

Escolas destinadas ao Ensino Secundário (PMEES), não tendo nunca tido obras estruturais de fundo desde a

sua construção.

Há muito que os problemas da ESAG são conhecidos e têm vindo a agravar-se. As consequências mais

visíveis da degradação do complexo escolar por falta de investimento são a limitação da utilização do pavilhão

gimnodesportivo devido à existência de fissuras nas placas de fibrocimento (amianto) na cobertura, a

impossibilidade de adequada climatização de salas de aula e espaços letivos devido à degradação de portas e

janelas e impossibilidade de calafetagem dos edifícios, as frequentes ruturas de canalizações na cozinha que

obrigaram à instalação de canalizações exteriores, a ocorrência com alguma frequência de curtos-circuitos com

consequências na inutilização de aparelhos elétricos e informáticos, a desadequação das instalações sanitárias

e balneários afetos à prática desportiva e de educação física, a degradação e desadequação de espaços de uso

comum como o bar e o refeitório.

Estes problemas afetam diretamente o funcionamento da escola e as atividades letivas e só não limitam de

forma mais significativa a qualidade do processo de ensino/aprendizagem porque tem existido um esforço muito

grande da parte de professores, funcionários, alunos e da própria direção do Agrupamento de Escolas para que

tal não aconteça.

No entanto, a situação de degradação a que está a chegar a ESAG é uma situação limite, tendo mesmo a

direção do Agrupamento de Escolas chegado a interromper a atividade letiva por considerar que a escola não

reunia as condições mínimas de segurança e qualidade para funcionar.

A verdade é que nem anteriores governos nem o atual se preocuparam em assegurar à ESAG o investimento

necessário para a resolução de todos estes problemas. Nem anteriores governos incluíram a ESAG no

mapeamento de escolas para investimento com recurso a fundos comunitários, nem o atual Governo integrou a

ESAG no conjunto de escolas que beneficiaram de investimento já na atual legislatura.

Tratando-se de uma escola da responsabilidade do Ministério da Educação e tendo mesmo já havido

declarações de responsáveis governamentais assegurando que existem €2 332 000 euros disponíveis para a

requalificação da ESAG e de que já teriam sido transferidos para o orçamento da DGEstE €80 000 euros

destinados ao projeto de execução necessário à requalificação, e apesar da insistência da própria Câmara

Municipal no sentido de se encontrar solução que viabilizasse o processo de candidatura da obra a

financiamento comunitário, a verdade é que nada ainda avançou nesse sentido.

A manter-se esta desconsideração pela ESAG, a situação de degradação do complexo escolar poderá vir a

significar prejuízos ainda mais sérios à atividade letiva e ao funcionamento da escola, com óbvios prejuízos para

toda a comunidade educativa.

Por isso se exige ao Governo que intervenha no sentido de concretizar todos os procedimentos necessários

à requalificação da ESAG, de assegurar os meios financeiros destinados a essa requalificação e de assumir o

caráter urgente da mesma com vista a assegurar uma melhoria das infraestruturas e equipamentos que permita

a melhoria da qualidade de ensino na ESAG.

Nestes termos, ao abrigo da alínea b) do artigo 156.º da Constituição e da alínea b) do n.º 1 do artigo 4.º do

Regimento, os Deputados do Grupo Parlamentar do PCP propõem que a Assembleia da República adote a

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