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II SÉRIE-A — NÚMERO 128

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organização das Medidas de Política por Sistemas do Modelo Territorial.

No futuro, a dimensão territorial das políticas pode ser reforçada por incentivos à cooperação, por

intervenções dirigidas às áreas funcionais ou às áreas transfronteiriças ou às regiões, fortalecendo a

cooperação territorial. Devem ser desenvolvidas novas soluções de governança que envolvam as autoridades

públicas e os privados de forma a enfrentarem de forma partilhada os desafios do ordenamento do território.

Assim, reforçar as capacidades dos agentes nacionais, locais e regionais para participarem em atividades de

cooperação territorial é crucial.

0. Introdução

O documento que seguidamente se apresenta explicita a Estratégia de Ordenamento do Território 2030,

organizada em três capítulos:

1. Mudanças Críticas e Tendências Territoriais

2. Princípios e Desafios Territoriais

3. Modelo Territorial

A exploração das Mudanças Críticas a longo prazo (2050) tem por objetivo problematizar as tendências

emergentes mais relevantes e previsíveis, e salientar os seus potenciais impactos ambientais, sociais,

económicos, tecnológicos e políticos. A finalidade é identificar as principais tendências territoriais num cenário

de inação da ação pública.

A definição dos Princípios e os Desafios Territoriais resulta quer dos problemas e dos recursos estratégicos

territoriais identificados no Diagnóstico quer das Mudanças Críticas e Tendências Territoriais apresentadas no

primeiro capítulo deste relatório.

No final, o Modelo Territorial estabelece o modelo de organização espacial ambicionado, tendo por base

sistemas territoriais, designadamente o Sistema Natural, o Sistema Urbano, o Sistema Social, o Sistema

Económico e o Sistema de Conetividade. São ainda consideradas as Vulnerabilidades Críticas, que decorrem

de fragilidades territoriais atuais, com potencial de agravamento pelas Mudanças Críticas, e como tal, exigem

um esforço de adaptação induzido pelas políticas públicas.

Concluindo, a Estratégia de Ordenamento do Território aqui apresentada é concebida para 2030, tendo

como cenário as visões prospetivas para 2050.

1.1.2 1. Mudanças críticas e tendências territoriais

A identificação e a exploração das Mudanças Críticas têm por objetivo perspetivar as tendências

emergentes mais relevantes e previsíveis, em quatro grandes domínios: ambiental e climático;

sociodemográfico; tecnológico e económico e social. Este exercício estratégico pretende antecipar algumas

das questões territoriais que se poderão colocar no futuro e que, por isso, terão de ser consideradas na

conceção dos Desafios Territoriais e do Modelo Territorial. Nesta reflexão não foram problematizados os

fatores críticos geopolíticos e de evolução dos mercados globais, não obstante o impacto que poderão vir a ter

no País, dado o elevado nível de imprevisibilidade da sua evolução.

Em cada Mudança Crítica são perspetivados três fatores críticos emergentes, identificados os impactos

institucionais, sociais e económicos mais significativos e sistematizadas as tendências territoriais que poderão

ocorrer num cenário de inação da ação pública. Apesar da compartimentação, que a seguir se apresenta,

verifica-se que, frequentemente, os vários fatores críticos interagem entre si, o que poderá reforçar algumas

tendências.