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4 DE NOVEMBRO DE 2019

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de facto, qualquer que seja o titular do cargo em questão deve diária e incansavelmente pugnar pelo rigoroso e

profícuo cumprimento das funções que lhe foram confiadas.

Estas, a que todos nesta Câmara foram chamados a desempenhar, sejam elas exercidas legislativamente,

ou numa postura de averiguação e controlo à ação governativa, devem por isso ser sempre encaradas pelos

seus titulares, como sendo maiores que si próprios, na defesa desta que foi a maior vitória política alguma vez

alcançada pelo atual regime.

No entanto, condizente com uma clara, visível e paulatina alteração de paradigma em que a casa da

democracia se foi isolando do Portugal verdadeiro, deixando de lutar pelos anseios do coletivo, para passar a

funcionar como um qualquer reduto, quase sempre amorfo e viciado que muitas vezes mais parece interessado

em afunilar-se numa pequena franja ou elite social, tornou-se motivo evidente para o afastamento dos cidadãos

portugueses da sua classe política.

Disso é bem demonstrativo o fenómeno galopante da abstenção, a que sufrágio após sufrágio se assiste no

nosso País com maior expressão. Não basta analisar o problema de quatro em quatro anos, todos considerando

que se deve refletir sobre o mesmo. Sobretudo porque todos já nos habituámos a que todas essas reflexões

não passam de promessas vãs, rapidamente esquecidas sem que em nada se altere o panorama existente. O

Chega não vem para somente refletir. O Chega vem para agir.

Não tenhamos dúvidas, o atual regime não é hoje capaz de responder às presentes necessidades e

exigências do povo português. Não tenhamos igualmente dúvidas, várias são por isso as alterações que temos

o dever de patrocinar para que o cenário em causa se inverta. Portugal merece-o. Mas sobretudo, Portugal

exige-o.

O Chega considera, como de resto sempre considerou, que é imperioso reduzir o número de Deputados do

Parlamento português. E di-lo, não por qualquer impulso meramente ideológico. Afirma-o, não por um qualquer

revanchismo representativo que vise essencialmente melindrar os interesses instalados. Fá-lo isso sim, a bem

do interesse de Portugal e dos portugueses. Não são necessários 230 Deputados num país com a dimensão e

as clivagens político-ideológicas existentes em Portugal.

O Chega considera portanto, como sempre considerou, honrando aqui uma das suas principais propostas

eleitorais, que um Portugal melhor e mais capacitado para enfrentar o caleidoscópio de exigências que são os

tempos modernos, será forçosamente um Portugal em que o seu Parlamento é composto por menos Deputados

e por um sistema político mais barato, reduzido e eficiente.

É hoje impensável continuar a olhar para um Parlamento que, apesar de ser composto por duzentos e trinta

lugares, não consegue ser representante fiel dos desejos do seu povo. Não o sendo, tornou-se por isso vulgar

e por muitos quase considerada «normal», a paupérrima capacidade de intervenção política real.

Os portugueses não compreenderão que não sejamos capazes de implementar no Parlamento os mesmos

sacrifícios que exigimos às empresas e às famílias: menos gastos, menos excessos e maior eficiência.

Não escamoteia no entanto o Chega, que defender um Parlamento com menos Deputados, exigirá de todos

quantos nele hoje se encontram, um contributo intelectual, político e jurídico sério, que só por si facilmente trará

à luz do dia, o confronto entre os interesses pessoais e político-partidários de quem está na política apenas por

cargos ou lugares, e os que por no polo oposto se encontrarem, desejam e lutam apenas pela modernização e

melhoria dos sistema político português.

Bem sabe igualmente o Chega, que sempre que toca no assunto que hoje aqui nos traz, o incómodo é geral.

Chovem as maiores indignações. Agigantam-se novamente os «Velhos do Restelo» da nossa praça e,

principalmente, fere-se gravemente o status quo instalado que de há décadas a esta parte colocou o nosso País

num lugar em nada condizente com a sua história e grandeza.

É igualmente comum o aparecimento de vozes que questionam como ousa o Chega propor tamanha

alteração na nossa realidade parlamentar, quando se a mesma acontecer, menos Deputados pode significar

inclusivamente a possibilidade do próprio Chega e outros partidos recentes não serem capazes de eleger

Deputados em muitos círculos eleitorais.

Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr. Primeiro-ministro, Sr.as e Srs. Ministros, Sr.as e Srs.

Deputados, o Chega é fiel aos seus princípios. O Chega é fiel à sua identidade. Ao Chega pouco importam

cálculos eleitorais que apenas procurem satisfazer a sagacidade e sofreguidão política de um qualquer desejo

de eleição pessoal. Ao Chega interessa apenas e exclusivamente lutar por um sistema político mais eficiente e

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