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31 DE JANEIRO DE 2020

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As Deputadas e os Deputados do BE: José Manuel Pureza — Pedro Filipe Soares — Mariana Mortágua —

Jorge Costa — Alexandra Vieira — Beatriz Gomes Dias — Fabíola Cardoso — Isabel Pires — Joana Mortágua

— João Vasconcelos — José Maria Cardoso — José Moura Soeiro — Luís Monteiro — Maria Manuel Rola —

Moisés Ferreira — Nelson Peralta — Ricardo Vicente — Sandra Cunha — Catarina Martins.

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PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 213/XIV/1.ª

RECOMENDA AO GOVERNO QUE DESENVOLVA OS PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA A

CONSTRUÇÃO DO NOVO HOSPITAL DE LAGOS

O Hospital de Lagos atualmente faz parte do Centro Hospitalar Universitário do Algarve – CHUA, que

também integra as unidades hospitalares de Faro e de Portimão, os serviços de urgência básica do Algarve

(Loulé, Albufeira e Vila Real de Santo António) e o Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul (S. Brás

de Alportel).

Depois de ter sido um hospital distrital, em 2004 o Hospital de Lagos passou a integrar o Centro Hospitalar

do Barlavento Algarvio. Com o Governo PSD/CDS, em 2013, este Centro Hospitalar e o Hospital de Faro

fundiram-se, daqui resultando o Centro Hospitalar do Algarve.

Há alguns anos o Hospital de Lagos dispunha de um bloco operatório e de internamento, uma maternidade

e um serviço de urgências. A partir de 2004, e durante a vigência de sucessivos governos, o Hospital de Lagos

começou a sentir sérias dificuldades na prestação de cuidados de saúde hospitalares às populações dos

concelhos de Lagos, Vila do Bispo e Aljezur. Muitas valências e serviços foram reduzidos ou encerraram,

casos da maternidade e do bloco operatório, os recursos humanos e materiais diminuíram drasticamente e os

investimentos praticamente não existiram.

Nos dias de hoje, o Hospital de Lagos contempla apenas um serviço de urgência básica, um serviço de

medicina com 40 camas de internamento, um laboratório de análises e consultas externas em algumas

especialidades, a funcionar poucas vezes por semana e até menos, como Psiquiatria, Diabetes, Nutrição,

Fisiatria e Hematologia Oncológica.

As instalações atuais do Hospital de Lagos revelam-se desadequadas e exíguas, não sendo possível a sua

ampliação devido à localização do hospital, inserido em plena malha urbana e junto às próprias muralhas da

cidade, consideradas monumento nacional. São assim necessárias novas instalações hospitalares.

Têm sido constantes as reivindicações, movimentações, debates, moções e abaixo-assinados, tanto das

populações dos concelhos de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo, como de órgãos institucionais – Assembleia

Municipal de Lagos, Comissão Municipal de Saúde, associações sindicais, Comissão de Utentes do Serviço

Nacional de Saúde – no sentido de dotar o Hospital de Lagos e novas e modernas instalações, capazes de

prestarem cuidados de saúde hospitalares de forma adequada aos utentes.

Essas novas instalações tornam-se prementes para a melhoria do funcionamento do Hospital e aumentar a

qualidade dos cuidados de saúde prestados, através do aumento do número de camas do Serviço de

Medicina, da expansão do Serviço de Urgência Básica, do aumento do número de consultas externas e

alargamento a outras especialidades, como a Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Geral, e aumentar a capacidade

do Laboratório para a realização de meios complementares de diagnóstico.

No ano de 2009, foi mesmo aprovado o Programa Funcional do novo Hospital de Lagos pelo Conselho

Diretivo da Administração Regional de Saúde do Algarve. Perante esta aprovação, a Câmara Municipal de

Lagos acabou por disponibilizar um terreno para o futuro hospital numa zona da cidade que dá pelo nome de

Tecnopólis. Todavia, nem o Governo PS da altura, nem o anterior Governo PSD/CDS, nem o atual Governo,

deram seguimento ao processo de construção do hospital.

Refira-se que no Algarve apenas existem 3 hospitais públicos, enquanto já chegam a 7 os hospitais

privados. Importa assim que o atual Governo, quanto antes, inicie os procedimentos para dotar o Hospital de

Lagos de novas e adequadas instalações, num espaço compatível, salvaguardando o modelo totalmente

público para a sua construção e gestão.

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