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0002 | II Série B - Número 001 | 11 de Março de 2005

 

VOTO N.º 1/X
DE PESAR PELO FALECIMENTO DO JORNALISTA E DEPUTADO DO PARTIDO SOCIALISTA JOSÉ SARAIVA

A morte levou o José da Conceição Saraiva cedo demais. Dois dias depois de ter sido eleito Deputado pelo Círculo do Porto, José Saraiva sucumbiu, tendo ainda conseguido aperceber-se da vitória do partido em que sempre militou, apesar do seu já muito débil estado de saúde.
Jornalista de profissão, qualidade que orgulhosamente ostentava, membro da Assembleia Municipal e da Assembleia Metropolitana do Porto, foi na Comissão Parlamentar de Defesa Nacional e na Assembleia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa que mais se envolveu enquanto Deputado na última Legislatura.
Militante do Partido Socialista, onde entrou pela mão de Mário Soares, foi sucessivamente eleito Deputado a esta Assembleia da República desde 1995.
Mas a sua vida ficou muito marcada pelo seu amor ao jornalismo e pela dedicação ao seu jornal de sempre - o Jornal de Notícias. Ali deu os seus primeiros passos, quando foi admitido como estagiário em Janeiro de 1971, passando depois a chefe de redacção e a director de publicações, tendo chegado a director do jornal em 1984. A política e o desporto eram a sua paixão. Cobriu, com raro entusiasmo e invulgar qualidade, os Jogos Olímpicos da Coreia do Sul em 1988 e de Barcelona em 1992. Como ele sempre costumava dizer, o JN, mais do que a sua escola de jornalismo, foi a sua escola da vida.
Ao nível da intervenção cívica e autárquica, a cidade do Porto era o seu mundo. Participou em várias associações desportivas e culturais e integrou os grupos de teatro Sicuta, Modestos e o Teatro Experimental do Porto. Como vereador da Câmara Municipal do Porto, entre 1983 e 1986, e agora como deputado municipal e metropolitano, as suas tomadas de posição eram respeitadas e ouvidas. Incisivo, controverso, generoso, frontal, o José Saraiva era um lutador. E lutou até ao fim pelos seus ideais. Mesmo quando as forças já lhe faltavam porque a doença tomava cada vez mais conta do seu corpo e da sua mente, ele não quis deixar de emitir a sua opinião na crónica que escrevia todas as quartas-feiras no JN. Participou até ao fim.
No penúltimo dos seus escritos, que intitulou "Memórias que passam", o José Saraiva disse-nos que o fim estava próximo, mas que queria continuar a lutar: "Já olho para os tempos… Estas pequenas fracções que nos ficam gravadas, as ideias que resistem, como resposta aos dias que se vão e se perdem… Tento, cuidadosamente, relembrar, tornando o presente que resulta dos tempos difíceis. Procura-se - procuro! - confiança porque estas são as oportunidades finais: as de compreender que o que falta já é pouco…".
O José Conceição Saraiva deixou-nos. Neste momento de luto, a Assembleia da República exprime o mais sentido pesar pelo falecimento do seu Deputado e apresenta à sua família as mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 10 de Março de 2005.
Os Deputados do PS: António José Seguro - Fernando Gomes - Guilherme d'Oliveira Martins - Mota Andrade - Renato Sampaio - José Magalhães - José Lello -António Braga - Carlos Lage - Augusto Santos Silva - mais duas assinaturas ilegíveis.

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VOTO N.º 2/X
DE PESAR PELO FALECIMENTO DO DEPUTADO DO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA MANUEL ALVES DE OLIVEIRA

O trajecto de Manuel Oliveira, na política como na vida, foi feito de elevada descrição mas sempre com uma grande eficácia. A sua total e permanente disponibilidade para ajudar os outros era uma característica que merece ser realçada.
Uma vida pública que teve início com o desempenho da profissão de professor do ensino básico na Escola Primária do Candal, em Lobão. Da escola passou para a delegação escolar de Fiães.
Em 1980, foi eleito, pela primeira vez, para secretário da Junta de Freguesia de Lobão, freguesia que o viu nascer em 14 de Novembro de 1957. Manteve estas funções até 2002, compatibilizando-as com outras de elevada dimensão distrital e nacional.
Destacamos as funções de adjunto do Governador Civil de Aveiro, no período entre 1989 e 1995. Chegou, inclusive, de forma temporária, a desempenhar as funções de Governador Civil daquele distrito.
Em 1995, foi eleito, pela primeira vez, Deputado à Assembleia da República.
Desde então, a sua actividade repartiu-se entre Santa Maria da Feira, seu concelho, e Lisboa.
No Parlamento, onde rapidamente granjeou o reconhecimento e o apreço dos seus pares, foi coordenador das Comissões de Educação, Ciência e Cultura e do Poder Local, Ordenamento do Território e Ambiente e presidiu ao Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Angola.

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