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0081 | II Série B - Número 040 | 17 de Abril de 2006

 

De ressaltar que a Eurominas conseguiu ainda uma moratória junto da banca, que serviu os seus interesses enquanto empresa apesar de estar à beira da falência. Também este aspecto fica muito longe do seu total esclarecimento no relatório final e ficará como um episódio pouco digno das audições, e revelador da falta de respeito pelo Parlamento e pela opinião pública. As notas pessoais do Dr.º Jorge Dias, Chefe de Gabinete do Ministro António Vitorino, tornadas blindadas, deixam nesta oportunidade a razão para todas as dúvidas fundamentais. Quem escolheu o encobrimento não pode esperar elogio público.
Por tudo isto só podemos concluir que os interesses do Estado não foram devidamente acautelados. Dever-se-ia ter, por um lado, executado de imediato a reversão dos terrenos, e por outro, ter seguido a via judicial para a resolução do conflito com a Eurominas.
A leitura da responsabilidade política é a de que a Eurominas foi indevidamente beneficiada em prejuízo do erário público.
Este inquérito ficou marcado pela opacidade. Não se abriram todos os documentos, não se ouviram todas as pessoas.
A diferença entre este inquérito e uma farsa é que ficou pela comédia.

Palácio de São Bento, 16 de Março de 2006.
A Deputada do BE, Helena Pinto.

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