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0002 | II Série B - Número 049 | 24 de Junho de 2006

 

VOTO N.º 53/X
DE PESAR PELO FALECIMENTO DO JORNALISTA E ESCRITOR MÁRIO VENTURA HENRIQUES

O falecimento do jornalista e escritor Mário Ventura Henriques, em dia 16 de Junho de 2006, aos 70 anos de idade, deixa mais pobre a vida cultural, literária e cívica do nosso país.
Nascido em Lisboa em 1936, Mário Ventura Henriques foi autor de uma vasta obra literária. Publicou o seu primeiro romance, A Noite da Vergonha, em 1963 e conta na sua bibliografia com dezena e meia de títulos publicados, para além de textos inseridos em diversas colectâneas e antologias. Obteve por duas vezes o prémio de literatura do Pen Clube Português, com o romance Vida e Morte dos Santiagos, que também recebeu o prémio Município de Lisboa, e com o romance Évora e os Dias da Guerra.
Como jornalista, integrou aos 21 anos a redacção do Diário Popular. Pertenceu ao corpo redactorial da Seara Nova, fundou e dirigiu o semanário Extra, foi responsável pela edição portuguesa da revista Câmbio 16 e colaborou ao longo de vários anos no Diário de Notícias. Era o sócio n.º 39 do Sindicato dos Jornalistas.
O nome de Mário Ventura Henriques fica ainda indissociavelmente ligado ao FESTRÓIA, Festival de Cinema de Tróia, que fundou em 1984 e que dirigiu em todas as suas 22 edições, conferindo-lhe uma notável projecção a nível nacional e internacional.
A par da sua actividade cultural e literária, Mário Ventura Henriques desenvolveu uma intensa e meritória actividade cívica em prol da democracia. Durante o fascismo conheceu as cadeias da PIDE, tendo sido libertado de Caxias após o 25 de Abril de 1974. Foi candidato pela CDE às eleições de 1969 pelo círculo de Évora. Em democracia, foi presidente da Associação Portuguesa de Escritores no início da década de 90 e foi eleito pela CDU na Assembleia Municipal da Amadora, órgão a que presidiu entre 1993 e 1997. Era membro do Conselho Geral da Associação Intervenção Democrática.
A Assembleia da República, reunida em Plenário em 21 de Junho de 2006, manifesta o seu pesar pelo falecimento de Mário Ventura Henriques e expressa sentidas condolências aos seus familiares e amigos.

Palácio de São Bento, 22 de Junho de 2006.
O Deputado do PCP, António Filipe.

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VOTO N.º 54/X
DE PESAR PELO FALECIMENTO DO EX-EURODEPUTADO JOAQUIM MIRANDA

Joaquim Miranda faleceu no passado dia 17 de Junho aos 55 anos.
Joaquim António Miranda da Silva nasceu em 7 de Setembro de 1950, na freguesia de São Lourenço, concelho de Portalegre.
Economista de formação, foi professor no Liceu e na Escola Comercial e Industrial de Portalegre.
Militante do PCP desde 1976, foi membro do Comité Central e da Comissão Concelhia de Portalegre, sendo actualmente membro da direcção da organização regional de Portalegre do PCP.
Exerceu funções no Ministério da Agricultura e no Secretariado das UCP/Cooperativas Agrícolas do Distrito de Portalegre.
Foi vereador na Câmara Municipal e membro da Assembleia Municipal de Portalegre.
Foi Deputado na Assembleia da República, eleito pelo distrito de Portalegre, desde 1979 a 1985.
Integrou, em 1 de Janeiro de 1986, o grupo de Deputados portugueses que então iniciaram funções no Parlamento Europeu, funções que desempenhou com elevada competência e elevado prestígio para o nosso país.
Foi Presidente da Comissão de Cooperação e Desenvolvimento, integrando muitas outras comissões. Foi Vice-Presidente da Assembleia Paritária ACP-UE e da Delegação para as Relações com a Rússia.
Joaquim Miranda pautou pela qualidade e dedicação o exercício das funções institucionais que desempenhou ao longo da sua intervenção política. Foi um homem sempre empenhado no combate às desigualdades no seu país e no mundo, no progresso e no desenvolvimento.
A Assembleia da República assinala com pesar o falecimento de Joaquim Miranda e endereça à sua família as suas sentidas condolências.

Assembleia da República, 22 de Junho de 2006.
Os Deputado do PCP, António Filipe.

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