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10 | II Série B - Número: 128 | 28 de Maio de 2009

os resultados da monitorização que é feita semanalmente, admitindo-se a possibilidade de, antes do verão, concretizar uma eventual intervenção de reposicionamento da aberta, se tecnica e ambientalmente for possível.
Em declarações ao Diário de Leiria o Sr. Presidente de Câmara Municipal de Caldas da Rainha, Fernando Costa, alerta para o risco de a aberta fechar e provocar a morte de toneladas de peixe e marisco, afirmando que «Começo a acreditar que é preciso uma catástrofe para o INAG e o Ministério do Ambiente virem a correr intervir na lagoa... Não quero acreditar que o INAG me ande a enganar».
As legítimas preocupações sobre a sustentabilidade ambiental da Lagoa de Óbidos e sobre a normalização do areal na Praia da Foz do Arelho são incompatíveis com afirmações públicas de aparente desconhecimento dos calendários estabelecidos, a menos que decorram do facto do Sr.Presidente da Câmara, à semelhança do que acontece na relação institucional do município com outras entidades, se fazer representar por um vogal dos serviços municipalizados que não lhe transmitiu toda a informação.
As legítimas preocupações sobre o estado da Lagoa de Óbidos e do areal da Praia da Foz do Arelho são moralmente incompatíveis com a atitude passiva de anos a fio de possibilitar descargas de esgotos domésticos para o espelho de água, de aumentar a pressão urbanística sobre a Lagoa e de não requalificar a zona envolvente à Lagoa.
As legítimas preocupações com a situação da Lagoa de Óbidos e da Praia da Foz do Arelho não são compatíveis com pseudo-alertas ou desafios a forças políticas por comissões que, resignadas com os pontos de degradação ambiental da responsabilidade da câmara municipal, resolvem aliviar a pressão sobre a autarquia, direccionando-se, por conveniência para a gestão municipal, para o Governo.
Face ao exposto, considerando as afirmações populistas do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, mas tendo presente que o essencial é a resolução dos problemas de curto prazo e das debilidades estruturais da Lagoa de Óbidos, nos termos regimentais e constitucionais, pergunta-se ao ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território
e do Desenvolvimento Regional o seguinte: 1 - Nas reuniões que o INAG tem realizado nas Caldas da Rainha quem tem estado presente em representação do município? 2 - Nas referidas reuniões e nos contactos posteriores não tem ficado clarificado o calendário das potenciais intervenções de emergência para superar o problema da deslocação da «Aberta» e da tradicional configuração do areal da praia da Lagoa e da praia de Mar da Foz do Arelho ? Não ficou claro que ter-se-ia que aguardar por Maio para avaliar a dinâmica da «Aberta» face às marés vivas previstas ?

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