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4 | II Série B - Número: 217 | 19 de Maio de 2012

saber, como determinante é para a dinamização de importantes segmentos da economia, no plano regional e no plano nacional.
A Assembleia da República, que participa também nesta construção, disponibilizando um serviço museológico próprio, saúda todos os profissionais da museologia, os dirigentes dos museus portugueses e todas as entidades proprietárias que, ao longo dos anos, realizam um serviço fundamental para a conservação do património e para a vivacidade cultural e artística do País. Neste Dia Internacional do Museu, comemorado durante um período de fortes constrangimentos políticos e financeiros, os museus afirmam-se como verdadeiras estruturas de resistência à erosão gerada pelas condições económicas e agravada, muitas vezes, por opções políticas que não compreendem as reais dimensões e o valor da política cultural e do património.
A Assembleia da República releva a importância da autonomia dos museus, da garantia de uma direção própria de cada museu, do trabalho em rede, com o apoio do Estado, através de tutela própria e dedicada, no cumprimento e aprofundamento da Lei-Quadro dos Museus, peça fundamental da política de património em Portugal e valioso instrumento para consolidação do rumo de valorização, salvaguarda e conservação do património que se vem trilhando em Portugal.
Assim, a Assembleia da República saúda todos os que, apesar das adversidades e das indefinições que se sentem no sector, aplicam o seu saber e o seu trabalho para manter vivo o património, para ampliar o conhecimento e para potenciar também esses valores como instrumentos para a dinamização económica e social de inúmeras regiões, de cidades, e do País no seu conjunto, destacando os museus e a Rede Portuguesa de Museus.

Assembleia da República, 18 de maio de 2012.
Os Deputados do PCP: Miguel Tiago — João Oliveira — Rita Rato — Bernardino Soares — Paulo Sá — Jorge Machado — Francisco Lopes — José Alberto Lourenço — Agostinho Lopes.

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VOTO N.º 64/XII (1.ª) DE PESAR PELO FALECIMENTO DE BERNARDO SASSETTI

«Eu tenho uma visão musical muito imagética. Dedico-me tanto à fotografia como me dedico à música.
Preciso da imagem. Coisas que vi, ou que fotografei. Pessoas desfocadas a falarem. Mas ninguém tem de saber que imagens são essas. Aliás, os músicos em geral não gostam de falar sobre música ou sobre os significados que ela pode ter. Gostam de a fazer. E o significado que se procura é musical. Mas eu gosto também de dissecar, de analisar, de me interrogar sobre o sentido de certas coisas. Essa é provavelmente a minha maior ligação ao cinema.» Assim, de forma sintética e apaixonada, descrevia Bernardo Sassetti a relação entre as três grandes paixões que o animavam: a música, a fotografia e o cinema.
Pianista e compositor de exceção, Bernardo Sassetti nasceu a 24 de junho de 1970, em Lisboa. Oriundo de uma família com grandes tradições musicais, para Bernardo Sassetti a aprendizagem da música era uma evidência, mas é com a descoberta do jazz, ao ouvir e ver tocar Bill Evans, como gostava de relembrar, que, já adolescente, decide que será pianista.
Estudou com músicos como Horace Parlan e Sir Roland Hanna e começou a tocar com o quarteto de Carlos Martins e o Moreiras Jazztet.
Durante a sua carreira, tocou também com músicos como Al Grey, Frank Lacy ou Paquito D'Rivera, na United Nation Orchestra. Com Guy Barker grava What Love Is, num projeto que juntou a London Philarmonic Orchestra e Sting.
Já como compositor destacou-se com obras como Ecos de África, Sons do Brasil ou Entropé, sendo que o seu primeiro trabalho como líder, em 1994, intitulava-se Salsetti.