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3 | II Série B - Número: 012 | 13 de Outubro de 2012

Em 1988 foi eleito, em Berlim, Vice-Presidente da Comissão de Médicos Assalariados do Comité Permanente dos Médicos da CEE, tendo ocupado a Vice-Presidência da Comissão de Organização dos Cuidados de Saúde, Segurança Social, Economia de Saúde e Indústria Farmacêutica.
Santana Maia foi eleito Bastonário da Ordem dos Médicos, a 16 de dezembro de 1992 (com mais de 60% dos votos expressos), tendo o seu mandato terminado em 1996.
Em meados dos anos 90, desempenhou também as funções de conselheiro no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e no Conselho Económico e Social.
A par de intensa atividade académica e científica, Santana Maia teve também uma forte participação política. Antes do 25 de Abril, participou em várias ações da Oposição Democrática, com destaque para a campanha do General Humberto Delgado em 1958.
Foi eleito para a Assembleia Municipal de Coimbra em 1982 e Deputado à Assembleia da República pelo Partido Socialista, em 1983 e 1985. Exerceu o cargo de Governador Civil de Coimbra de 1983 a 1985 e, por inerência de funções, de Presidente da Assembleia Distrital de Coimbra, cargos de que pediu a exoneração por serem legalmente incompatíveis com a candidatura às eleições legislativas de 1985, nas quais foi novamente eleito Deputado.
Em 1997, foi eleito Presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, cujo mandato terminou em 2002.
A Assembleia da República, reunida em Plenário, invoca a memória de Carlos Alberto Santana Maia e apresenta à sua família as mais sinceras condolências.

Assembleia da República, 12 de outubro de 2012.
Os Deputados do PS: Rosa Maria Bastos Albernaz — Maria de Belém Roseira — Mário Ruivo — Rui Pedro Duarte — Jorge Lacão — Carlos Zorrinho — Miguel Coelho — Nuno André Figueiredo — Filipe Neto Brandão — Maria Helena André — Fernando Jesus — Maria Gabriela Canavilhas — Maria Antónia de Almeida Santos — Marcos Perestrello — Miranda Calha — José Lello — Hortense Martins — Ferro Rodrigues — Isabel Oneto.

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VOTO N.º 81/XII (2.ª) DE PESAR PELO FALECIMENTO DE NUNO GRANDE, FUNDADOR DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS ABEL SALAZAR

Nuno Grande, notável professor de Medicina, médico e homem grande de cultura, faleceu aos 80 anos de idade.
Nuno Grande nasceu em Vila Real, em 1932, mas foi no Porto que seguiu a sua vocação profissional.
Licenciou-se na Faculdade de Medicina do Porto, com a classificação final de 19 valores. Doutorou-se, em 1965, na mesma Faculdade com idêntica classificação.
Desempenhou papéis de destaque na educação, na ciência e na política. Fundou, em 1975, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, uma escola que se carateriza pelo seu carácter inovador e moderno, foi pró-Reitor da Universidade do Porto para os Assuntos Sociais e, desde 1989, era membro do painel de conselheiros do Comité Científico da NATO.
Foi um grande impulsionador dos cuidados primários de saúde, que considerava como sendo um dos pilares do Serviço Nacional de Saúde de que era um acérrimo defensor, bem como de um programa apoiado pelo Governo norueguês que permitiu a construção de vários centros de saúde no distrito de Vila Real.
Enquanto militar, prestou serviço na antiga colónia de Angola, ficando ligado ao ensino da Medicina, em Luanda.
Destacou-se também a nível político, quer na oposição ao anterior regime quer como mandatário nacional da candidatura de Maria de Lourdes Pintasilgo à Presidência da República, em 1985. Fundador e Presidente da APRIL — Associação Política Regional e de Intervenção Local, deu, ainda, o seu valioso contributo a inúmeros organismos.

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