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4 | II Série B - Número: 073 | 5 de Janeiro de 2013

Foi um Deputado inexcedivelmente empenhado e exigente consigo próprio, para melhor servir as causas que abraçou.
De uma probidade a toda a prova, colocava o interesse nacional acima de qualquer outro, tendo granjeado o respeito e estima de variados quadrantes políticos, pela forma como interpretou e executou o serviço à causa pública.
Para além de tudo o mais, António Marques Júnior era um homem bom e generoso no verdadeiro sentido do termo.
Pelas suas elevadas qualidades de carácter, o convívio com ele enriqueceu-nos, fosse na crítica, no conselho que dava, na generosa disponibilidade que sempre oferecia.
O seu desaparecimento prematuro é uma enorme perda para o País e para todos os que tiveram o privilégio de com ele conviver.
Nesta hora de luto, a Assembleia da República presta sentida homenagem à sua memória e endereça à sua família os mais sentidos votos de condolências.

Assembleia da República, 4 de janeiro de 2013.
Os Deputados: Nuno Magalhães (CDS-PP) — Luís Montenegro (PSD) — Carlos Zorrinho (PS) — Guilherme Silva (PSD) — João Paulo Viegas (CDS-PP) — Maria de Belém Roseira (PS) — António Filipe (PCP) — Bernardino Soares (PCP) — João Rebelo (CDS-PP) — Mariana Aiveca (BE) — António Braga (PS) — Ferro Rodrigues (PS) — Luís Fazenda (BE) — Ana Paula Vitorino (PS) — Heloísa Apolónia (PEV) — Miranda Calha (PS) — Pedro Lynce (PSD) — Jorge Lacão (PS) — Carlos Enes (PS) — Emídio Guerreiro (PSD) — Marcos Perestrello (PS) — Ricardo Rodrigues (PS) — Hélder Sousa Silva (PSD) — Cecília Honório (BE) — Pedro Filipe Soares (BE) — Miguel Laranjeiro (PS) — Odete João (PS) — Altino Bessa (CDS-PP) — Isabel Oneto (PS) — Laurentino Dias (PS) — Teresa Anjinho (CDS-PP) — Inês de Medeiros (PS) — Paulo Batista Santos (PSD) — José Lello (PS) — Eduardo Cabrita (PS).

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VOTO N.º 98/XII (2.ª) DE PESAR PELO FALECIMENTO DO REALIZADOR PAULO ROCHA

Faleceu no passado dia 29 de dezembro de 2012, o realizador Paulo Rocha a quem Portugal deve alguns dos mais belos filmes da nossa cinematografia.
Nascido no Porto em 1935, Paulo Soares da Rocha abandonou o curso de Direito para ir estudar cinema em Paris no Institut des Hautes Études Cinematografiques (IDHEC), tendo sido, logo a seguir, assistente de Jean Renoir e Manoel Oliveira.
Estreia-se como realizador em 1963 com Verdes Anos, filme sobre os amores adolescentes e trágicos de um jovem provinciano numa Lisboa em mutação, também ela em crescimento, também ela a ter que lidar com uma modernidade que ainda não domina.
Verdes Anos marca o início do Novo Cinema Português. Movimento que conjuga a influência tanto do Neorrealismo Italiano como da Nouvelle Vague francesa mas que se distingue pela sua carga poética, aqui transmitida pela inesquecível música de Carlos Paredes.
Não se pode, no entanto, reduzir a obra de Paulo Rocha a um movimento estético e artístico. Como realizador, Paulo Rocha nunca deixou de experimentar novos estilos e géneros mas duas constantes caracterizam a sua obra: a beleza das imagens e a humanidade retratada. Nesse sentido, ela aproxima-se do pensamento de um dos seus mestres, Jean Renoir, para quem o propósito da arte cinematográfica é o de "se aproximar da verdade dos homens e não o de contar histórias cada vez mais surpreendentes".
E é de Humanidade que fala Mudar de Vida em 1965, um segundo filme que vem confirmar o imenso talento de um realizador fora de comum. Os pescadores nele retratados são seres complexos e agitados, seres abandonados pelos deuses que os criaram mas que mantêm a força indomável do mar. Segundo as

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