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II SÉRIE-B — NÚMERO 22

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VOTO N.º 168/XII (3.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE EUSÉBIO DA SILVA FERREIRA

Eusébio da Silva Ferreira ganhou a eternidade. Deixou-nos a marca de um talento sem par, a memória da

simplicidade e da humildade própria dos grandes homens e o estímulo do seu exemplo.

Foi no dia 5 de janeiro de 2014 que o País e o mundo ficaram mais pobres. O Pantera Negra faleceu aos

71 anos de idade.

Eusébio, embaixador de Portugal no mundo, nasceu a 25 de janeiro de 1942, em Lourenço Marques (hoje

Maputo), Moçambique.

Em dezembro de 1960, com 19 anos, chega ao Sport Lisboa e Benfica, o seu clube de sempre e onde

deixou uma marca indelével. Marca essa que estende à Seleção Nacional e ao futebol mundial. Porque, como

agora é repetido incessantemente, Eusébio não é de alguns, mas de todos.

Às incomparáveis qualidades desportivas, Eusébio acrescentava as caraterísticas humanas que fizeram

dele uma referência afetiva para todos nós: rosto de diversas campanhas humanitárias e solidárias, homem de

uma naturalidade genuína e de um entusiasmo contagiante.

Eusébio da Silva Ferreira somou títulos a um palmarés humano que deles não precisava: sagrou-se 11

vezes campeão nacional, ganhou cinco Taças de Portugal e foi campeão europeu de clubes (1961/62).

Conquistou ainda a Bola de Prata sete vezes. Foi o primeiro jogador a ganhar a Bota de Ouro, em 1968,

proeza que repetiu em 1973. Pela Seleção Nacional, foi o melhor marcador do Campeonato do Mundo de

1966, onde Portugal obteve o terceiro lugar na competição.

'O maior futebolista português de todos os tempos' — forma como Eusébio é recordado por muitos —,

recebeu várias distinções nacionais e estrangeiras ao longo da vida, entre elas, os colares de Mérito

Desportivo (1981) e de Honra ao Mérito Desportivo (1990).

Eleito, por diversas entidades e publicações especializadas, como um dos melhore futebolistas do mundo

do século XX, Eusébio foi escolhido como o jogador de ouro pela Federação Portuguesa de Futebol,

destacando-o como o seu melhor praticante dos últimos 50 anos, no âmbito das comemorações do jubileu da

UEFA, em 2003.

Autêntica lenda do desporto português, o prestígio de Eusébio cedo superou as fronteiras nacionais. De

organismos internacionais ao mais anónimo do cidadão, Eusébio granjeou a admiração de muitos. Levou o

nome de Portugal aos quatro cantos do mundo, tendo visto o seu nome ser dado a ruas de várias localidades

por esse mundo fora, o seu nome gravado na galeria da fama em Manchester, em Inglaterra, ou as suas

pegadas no cimento da calçada da fama do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro; iniciativas que

demonstram a admiração e respeito que granjeava no mundo inteiro, como desportista e homem.

Para Portugal e para os Portugueses, Eusébio é muito mais do que um jogador de futebol. É símbolo

nacional, é símbolo agregador da nossa memória coletiva.

Eusébio foi, Eusébio é embaixador de Portugal; um dos grandes da nação: irrepetível, marcante e

incontornável.

Nesta hora, que é mais de agradecimento e homenagem do que de despedida, a Assembleia da República

presta um merecido tributo à sua memória e endereça à sua família respeitosas e sentidas condolências.

Os Deputados, Luís Montenegro (PSD) — Paulo Cavaleiro (PSD) — Hugo Lopes Soares (PSD) — Amadeu

Soares Albergaria (PSD) — Nuno Magalhães (CDS-PP) — Telmo Correia (CDS-PP) — Artur Rêgo (CDS-PP)

— Teresa Caeiro (CDS-PP) — João Oliveira (PCP) — Alberto Martins (PS) — Laurentino Dias (PS) — José

Lello (PS) — António Filipe (PCP) — Rita Rato (PCP) — Pedro Filipe Soares (BE) — José Luís Ferreira (PEV)

— Isilda Aguincha (PSD) — António Rodrigues (PSD) — Paulo Simões Ribeiro (PSD) — José Lino Ramos

(CDS-PP) — Pedro Morais Soares (CDS-PP) — Teresa Anjinho (CDS-PP) — Guilherme Silva (PSD) — Luís

Fazenda (BE) — Hélder Amaral (CDS-PP) — Pedro Pimpão (PSD) — José Ribeiro e Castro (CDS-PP) —

Rosa Arezes (PSD) — Cristóvão Norte (PSD) — Jorge Paulo Oliveira (PSD) — Ramos Preto (PS) — Graça

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