O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 48

4

evidenciado um fanatismo absurdo e obscurantista, ao afirmar que o destino das jovens, cujo crime era o de

se terem atrevido a estudar, seria o de serem vendidas no mercado, casadas à força ou tornadas escravas.

As jovens foram raptadas em 14 de abril no norte da Nigéria, numa localidade chamada Chibok, no Estado

de Borno, e o seu paradeiro permanece desconhecido, havendo suspeitas de terem sido levadas para fora do

país. Aquela região é considerada muito pobre e abandonada e é uma das zonas de influência dos radicais

islâmicos do Boko Haram, grupo conhecido pela sua violência e crueldade em atentados, assassinatos e

raptos.

Não obstante o rapto ter ocorrido já no distante dia 14 de abril, só lentamente as autoridades do país foram

reagindo perante a indignação e a consequente pressão exercida internamente e pela comunidade

internacional, que cada vez mais faz ouvir a sua voz para exigir a libertação das meninas. O surgimento de

relatos que admitiam a possibilidade de repetidas violações, veio tornar mais urgente a necessidade de

resgatar as jovens e levou ao aumento da indignação da comunidade internacional, que se dispôs a colaborar

com as autoridades nigerianas.

Assim, perante este cenário de barbárie, a Assembleia da República repudia todas as formas de terrorismo,

solidariza-se com as jovens estudantes raptadas e as suas famílias, bem como com todas as vítimas daquele

movimento extremista e condena veementemente todos os atos por ele cometidos, particularmente os de dia

14 de abril e outros subsequentes que, na sua crueldade primária, configuram inclusivamente verdadeiros

crimes contra a humanidade

Assembleia da República, 9 de maio de 2014.

Os Deputados, António Rodrigues (PSD) — Ana Paula Vitorino (PS) — Agostinho Santa (PS) — Pedro

Alves (PSD), — Teresa Anjinho (CDS-PP) — Heloísa Apolónia (Os Verdes) — Odete João (PS) — Hortense

Martins (PS) — Helena Pinto (BE) — Catarina Marcelino (PS) — Sandra Pontedeira (PS) — Luísa Salgueiro

(PS), — Maria Antónia de Almeida Santos (PS) — Ferro Rodrigues (PS) — António Braga (PS) — Filipe Lobo

D' Ávila (CDS-PP) — José Lino Ramos (CDS-PP) — Pedro Silva Pereira (PS) — Carlos Enes (PS) — Eurídice

Pereira (PS) — Maria Gabriela Canavilhas (PS) — Isabel Santos (PS) — Paula Santos (PCP) — Elza Pais

(PS) — Maria de Belém Roseira (PS) — Paulo Pisco (PS) — Jorge Rodrigues Pereira (PS) — Luís

Montenegro (PSD) — Isabel Alves Moreira (PS).

———

VOTO N.º 194/XII (3.ª)

De pesar pelo falecimento do antigo Deputado José Manuel Cordeiro

José Manuel Carvalho Cordeiro, antigo Deputado à Assembleia da República eleito pelo círculo eleitoral de

Santarém pelo Partido Social Democrata, nasceu em março de 1939, tendo vindo a falecer no passado dia 11

de maio.

Político, dirigente associativo, empresário e ilustre escalabitano, deixou memória de trabalho para a

comunidade e de dedicação à causa pública.

Respeitado e reconhecido muito para além do meio empresarial, foi ativo dirigente associativo,

nomeadamente dirigente do Nersant — Núcleo Empresarial da Região de Santarém, do qual era atualmente

vogal do Conselho Geral, tal como foi vogal do Conselho Geral da Escola Superior de Gestão de Santarém,

escola do Instituto Politécnico de Santarém.

Benemérito na memória de muitos dos que consigo se cruzaram, disse ‘presente’ em diversas

circunstâncias, nomeadamente junto da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santarém.

Enquanto Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, funções que exerceu entre 1995 e 2000,

dedicou-se abnegadamente à causa social, sendo publicamente reconhecido e muito elogiado o seu trabalho

voluntário.

Páginas Relacionadas
Página 0003:
17 DE MAIO DE 2014 3 VOTO N.º 192/XII (3.ª) De pesar pelo falecimento do ex-
Pág.Página 3