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20 DE SETEMBRO DE 2014

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VOTO N.º 215/XII (4.ª)

DE CONDENAÇÃO DOS ATOS CRIMINOSOS PRATICADOS PELOS JIHADISTAS DEFENSORES DO

ESTADO ISLÂMICO

A recente divulgação, pelo proclamado Estado Islâmico, de mais um vídeo com uma terceira decapitação é

mais um exemplo da extrema violência que tem envolvido as ações dos elementos deste grupo radical. Depois

das mortes dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e agora de um trabalhador voluntário

britânico, estes são, infelizmente, apenas mais alguns episódios da longa lista de atrocidades cometidas por

estes radicais islâmicos.

A promoção destes atos faz parte da poderosa campanha de propaganda deste grupo, tendo em vista

aumentar a sua base de apoio e, ao mesmo tempo, aterrorizar todos aqueles que se lhe opõem. A sua

intenção de instaurar um califado no Iraque não tem conhecido qualquer tipo de entrave moral e os fins têm

justificado todos os meios. Através de uma vergonhosa política de terror, têm assassinado centenas de

pessoas, principalmente no Iraque (na região do Curdistão), publicando inúmeros vídeos com essas mortes,

sem qualquer preocupação com o valor da vida humana e com os direitos humanos.

A comunidade internacional tem a obrigação de encontrar uma resposta adequada para este tipo de ação,

criando as condições para que a diplomacia possa trilhar um caminho no sentido de superar toda esta

violência gratuita e radical. Não existe qualquer dúvida de que todos devemos ser unânimes na condenação,

sem qualquer ambiguidade, destes crimes e denunciar a invocação da religião como justificação para os

cometer. Nada pode justificar este tipo de ação.

A ascensão do Estado Islâmico vem provar que o mundo está hoje mais perigoso e imprevisível. São

necessárias novas respostas às novas ameaças e radicalismos cada vez mais frequentes. Não pode haver

tolerância para este tipo de atos, independentemente de qual seja a sua justificação. Estas execuções são

ofensivas e causam vergonha a toda a comunidade internacional, não podendo ninguém afastar-se desta

realidade. Na verdade, hoje nenhum Estado pode dizer que está livre deste tipo de ameaças, que utilizam

inocentes nos seus propósitos radicais.

Assim, reunida em Plenário, a Assembleia da República decide:

a) Manifestar o seu repúdio e a sua total condenação por estes atos de violência extrema perpetrados

pelos jihadistas radicais do Estado Islâmico;

b) Apelar à comunidade internacional para que trabalhe em conjunto para que sejam encontradas formas

de evitar e responder a este tipo de ameaças;

c) Apresentar os seus sentidos pêsames às famílias dos executados e a todas as outras vítimas da

violência do Estado Islâmico.

Os Deputados, António Rodrigues (PSD) — Ângela Guerra (PSD) — Mónica Ferro (PSD) — Maria José

Moreno (PSD) — Carlos Alberto Gonçalves (PSD) — António Braga (PS) — Paulo Pisco (PS) — João

Gonçalves Pereira (CDS-PP) — José Ribeiro e Castro (CDS-PP) — Filipe Lobo d'Ávila (CDS-PP) — Rui

Barreto (CDS-PP).

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