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II SÉRIE-B — NÚMERO 16

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O profissionalismo do Engenheiro Sousa Veloso — cujo objetivo era mostrar aspetos positivos e úteis —

tornou-o a ele e ao TV Rural uma referência não só agrícola como também nacional. A sociedade portuguesa

criou uma empatia com o programa de televisão e com o seu apresentador, pela forma simples, humilde e

didática como expunha cada um dos temas. O seu programa influenciou, assim, várias gerações, dentro e fora

do mundo rural.

O Engenheiro Sousa Veloso será evocado como uma personalidade incontornável da nossa história coletiva,

sobretudo enquanto promotor maior das atividades agrárias. Será, também, recordado pelos portugueses como

um amigo, cuja amizade se fundou na partilha de experiências e na descoberta das riquezas do nosso País.

Por tudo isso, os portugueses estão-lhe gratos.

Sousa Veloso deixa um legado no mundo rural. As suas qualidades humanas de bondade, serenidade e

bonomia, conjugadas com a sua indiscutível capacidade de comunicação, fizeram dele um construtor de

relações profissionais e afetivas entre o campo e a cidade.

Somos todos beneficiários dessa sua ação e responsáveis pela continuação da sua obra, através de outras

formas e meios.

Em 2008, despediu-se da televisão, numa entrevista pessoal, com um «até uma próxima oportunidade, se

Deus quiser».

Os Deputados da Assembleia da República reconhecem ao Engenheiro José Sousa Veloso a dedicação, a

alegria e a mestria com que se dedicou à divulgação e promoção da agricultura nacional e do mundo rural, e

apresenta a toda a sua família e amigos as suas sentidas condolências, juntando-se assim a todos os que

lamentam a perda deste ilustre português.

Assembleia da República, 3 de dezembro de 2014.

Os Deputados, Nuno Magalhães (CDS-PP) — Telmo Correia (CDS-PP) — Filipe Lobo d' Ávila (CDS-PP) —

Teresa Anjinho (CDS-PP) — Manuel Isaac (CDS-PP) — Adão Silva (PSD) — Rui Barreto (CDS-PP) — Clara

Marques Mendes (PSD) — Maria José Castelo Branco (PSD) — Fernando Negrão (PSD) — Michael Seufert

(CDS-PP) — Pedro Lynce (PSD) — Amadeu Soares Albergaria (PSD) — Altino Bessa (CDS-PP) — André Pardal

(PSD) — Teresa Costa Santos (PSD) — Paula Gonçalves (PSD) — Luís Montenegro (PSD) — Maria Manuela

Tender (PSD) — Bruno Coimbra (PSD) — António Rodrigues (PSD) — Cristóvão Crespo (PSD) — Carlos São

Martinho (PSD) — Nuno Reis (PSD) — Jorge Paulo Oliveira (PSD) — Rosa Arezes (PSD).

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VOTO N.º 232/XII (4.ª)

DE CONGRATULAÇÃO PELA INSCRIÇÃO DO CANTE ALENTEJANO NA LISTA REPRESENTATIVA

DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA UNESCO

A Assembleia da República congratula-se pela decisão de reconhecimento do Cante Alentejano como

Património Imaterial da Humanidade, tomada pela UNESCO, em 27 de novembro de 2014, na 9.ª Reunião do

Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial.

O Cante Alentejano, expressão cultural profunda e sentida, é a marca caraterística de um povo humilde que

foi transformando a sua vida, as suas lutas, dificuldades e alegrias, em Cante e em modas. Estando associado,

nas suas origens, à região histórica do Baixo Alentejo, o Cante é praticado no Alentejo e nos locais para onde

foi levado pela diáspora, não estando desligado da mescla cultural que é o Alentejo. Na sua relação íntima com

o trabalho, com o lazer e com o quotidiano, «é um canto coletivo, sem recurso a instrumentos, que incorpora

música e poesia», «integra, em muitos elementos que compõem o seu repertório, a polifonia mediterrânea de

raiz tradicional, religiosa e popular» e é hoje um forte elemento de cariz identitário e, como tal, elemento de

agregação social e etária.

O processo de candidatura do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade incentivou o

surgimento de novos e jovens grupos de cantadores, permitindo também que o País e o mundo conhecessem