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31 DE JANEIRO DE 2015

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Militante do Partido Socialista desde o 25 de abril de 1974, em julho desse ano fez parte da comissão

administrativa da Câmara Municipal de Abrantes, onde acompanhou desde o início a consolidação do

crescimento do poder local democrático.

A sua intervenção política teve expressão nacional ao ser eleito Deputado à Assembleia Constituinte em 25

de abril de 1975 e, novamente, em abril de 1976 como Deputado na primeira Assembleia Legislativa. No entanto,

esteve sempre presente na política local, tendo sido eleito deputado municipal em 12 de dezembro de 1976,

cargo que desempenhou até às últimas eleições autárquicas, em 2013.

Para além da sua atividade político-partidária foi sempre um cidadão interventivo à escala da sua

comunidade, quer no movimento associativo quer na dinamização empresarial.

Um exemplo de cidadania ativa, de democrata, de republicano e laico, Manuel Pereira Dias foi uma daquelas

personalidades cujo traço distintivo se afirmou pela cordialidade com todos, a começar pelos seus adversários

políticos, de quem granjeou ao longo dos tempos a amizade, o respeito e a consideração.

A toda a família, a Assembleia da República endereça um voto de pesar pela perda deste seu ente querido

e associa-se à sua dor, na certeza de que o seu exemplo de vida não será esquecido.

Os Deputados: Jorge Lacão (PS) — Hortense Martins (PS) — Ferro Rodrigues (PS) — Marcos Perestrello

(PS) — Jorge Fão (PS) — Elza Pais (PS) — Luís Pita Ameixa (PS) — Odete João (PS) — Maria José Moreno

(PSD) — Luís Vales (PSD) — Sónia Fertuzinhos (PS) — Idália Salvador Serrão (PS).

———

VOTO N.º 249/XII (4.ª)

DE PESAR POR OCASIÃO DO DIA DE MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO (27 DE JANEIRO)

No seguimento da Resolução aprovada por unanimidade em 2010, a Assembleia da República volta a lembrar

este ano as vítimas do Holocausto. A sua morte, mas também a sua vida, por muito curta que tenha sido. E

também a vida de todos aqueles que sobreviveram à barbárie dos campos de extermínio.

O Dia de Memória do Holocausto para além de homenagear a memória das vítimas, procura também impedir

o esquecimento e evitar o revisionismo histórico, através de uma vertente formativa e informativa dirigida aos

alunos das Escolas e Universidades de Portugal.

Porque é fundamental não esquecer. Mas também porque é cada vez mais importante recordar — mesmo

quando essa recordação é dolorosa — para evitar que as atrocidades do regime nazi se repitam. Devemos ser

unânimes quando dizemos: Nunca Mais.

Ainda hoje não se consegue saber o número exato de vítimas do regime nazi. Dentro e fora dos campos de

concentração. Privadas de todos os seus bens e da sua dignidade.

Comerciantes, professores, cientistas, músicos, escritores, industriais, funcionários públicos. Homens e

mulheres comuns que viram a sua vida destruída e que foram separados das suas famílias. Apenas porque eram

Judeus.

O regime nazi, na sua histeria racial, não poupou todos aqueles que considerava "diferentes": Judeus,

democratas, antifascistas, opositores políticos, eslavos, ciganos, pessoas com deficiência, homossexuais e

Testemunhas de Jeová.

Embora ainda hoje se discutam as razões que levaram ao Holocausto, há uma que é central: a brutalidade da

"banalidade do mal". Só esta consegue explicar os milhões de mortos, a fria organização dos campos e o silêncio

que durante anos permitiu o extermínio do Povo judeu.

2015 marca o 702 aniversário da libertação pelo exército soviético do campo de concentração de Awschwitz,

provavelmente o mais conhecido dos campos de morte nazis.

Primo Levi, num dos relatos que fez da sua experiência em Auschwitz, escreveu: "Fechem-se entre arames

farpados milhares de indivíduos diferentes em idade, condição, origem, língua, cultura e hábitos e obriguem-se,

nesse lugar, a um regime de vida constante, controlável, idêntico para todos e abaixo de todas as necessidades;

é quanto de mais rigoroso um experimentador poderia instituir para estabelecer o que é essencial e o que é

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