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Sábado, 4 de abril de 2015 II Série-B — Número 38
XII LEGISLATURA 4.ª SESSÃO LEGISLATIVA (2014-2015)
S U M Á R I O
Voto n.o 264/XII (4.ª): De pesar pelo falecimento de Armando José Cordeiro Sevinate Pinto (PSD e CDS-PP). Interpelação n.º 21/XII (4.ª): Centrada na continuação da política da troica pelo Governo e na afirmação da política alternativa e das soluções para o País (PCP).
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II SÉRIE-B — NÚMERO 38
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VOTO N.º 264/XII (4.ª)
DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ARMANDO JOSÉ CORDEIRO SEVINATE PINTO
Armando Sevinate Pinto nasceu a 1946, em Ferreira do Alentejo, tendo falecido a 29 de março de 2015, aos
69 anos de idade.
Dedicou toda a sua vida à agricultura.
Licenciou-se em Engenharia Agronómica no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de
Lisboa, trabalhou como agrónomo em diversas instituições públicas e privadas, nacionais e europeias. Foi
Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas entre 2002 e 2004, mas era como técnico que
mais gostaria de ser lembrando. Dizia, com o humor que tanto o caracterizava, que o trabalho de um engenheiro
agrónomo durante mais de 40 anos não se podia minimizar face a dois anos de ministro.
O seu trabalho ao serviço da agricultura conheceu inúmeros projetos em áreas distintas do desenvolvimento
rural e agrícola, e, em diversos palcos, revelando em todos eles um elevado sentido patriótico e uma profunda
dedicação a Portugal.
Parte do sucesso agrícola, existente atualmenteem Portugal, resulta do seu trabalho, da transmissão dos
seus profundos conhecimentos e do combate ao falso fatalismo de que os sectores da terra e do agroalimentar
não tinham futuroem Portugal. E tinha razão.
Sempre contrariou as teses mais pessimistas para a agricultura e as suas repercussões na sociedade urbana,
enaltecendo os aspetos positivos do sector agrícola nacional. Negava com acutilância os preconceitos ligados
à ruralidade e defendia incansavelmentea profissão de agricultor. Em junho de 2014, numa das suas crónicas
no jornal Público escreveu "Ser agricultor (...) É escolher uma profissão que dá sentido à vida, que dá prazer,
liberdade e independência. Nem sempre independência financeira, mas, quase sempre independência de
carácter. Um carácter moldado com a ajuda da natureza, com a brisa fresca das manhãs com cheiro a terra,
com os pôr-do-sol que suavizam a vida dura dos campos e dão gratuitamente o alento suficiente para enfrentar
o difícil dia-a-dia dos agricultores”.
No seu dia-a-dia relembrava-nos o seu pensamento sobre os agricultores, afirmando que têm uma das "mais
nobres, livres, úteis, gratificantes e independentes atividades humanas inseridas no processo produtivo e que
tem o mérito de ser uma das poucas de que depende inteiramente a sobrevivência da nossa espécie”.
As suas qualidades humanas genuínas, como a sinceridade desarmante, a autenticidade total, ou a calorosa
afetuosidade, associada à sua discrição, fizeram de Armando Sevinate Pinto um português ilustre e um ser
humano excecional, que desde a família à profissão estendia o seu saber com gratidão e amizade.
Deu o melhor de si mesmo e deixa um imenso legado de conhecimento, de saber pensar e de fazer
agricultura em Portugal, verdadeiramente único e que deve ser continuado,
Deixa, ainda, um testemunho de empenho e lucidez, quer quando desempenhou funções, em Portugal, ou a
nível europeu, na defesa do mundo rural português moderno e próspero e num país agrícola competitivo.
Os Deputados da Assembleia da República prestam à família enlutada o seu mais expresso pesar e
homenagem ao Engenheiro Armando Sevinate Pinto pelo seu trabalho e dedicação ao serviço de Portugal.
Palácio de S. Bento, 2 de abril de 2015.
Os Deputados, Luís Montenegro (PSD) — Pedro Lynce (PSD) — Nuno Serra (PSD) — Ulisses Pereira (PSD)
— Cristóvão Crespo (PSD) — Pedro Alves (PSD) — Nuno Magalhães (CDS-PP) — Abel Baptista (CDS-PP) —
Rui Barreto (CDS-PP) — João Paulo Viegas (CDS-PP) — Manuel Isaac (CDS-PP) — Telmo Correia (CDS-PP)
— Vasco Cunha (PSD).
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4 DE ABRIL DE 2015
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INTERPELAÇÃO N.º 21/XII (4.ª)
Centrada na continuação da política da troica pelo Governo e na afirmação da política alternativa e
das soluções para o País
Nos termos regimentais, venho informar V. Ex.ª, Sr.ª Presidente da Assembleia da República, que a
Interpelação ao Governo, já agendada para o próximo dia 9 de abril,será centrada “na continuação da
política da troica pelo Governo e na afirmação da política alternativa e das soluções para o país”.
Assembleia da República, 1 de abril de 2015.
O Presidente do Grupo Parlamentar do PCP, João Oliveira.
A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.