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II SÉRIE-B — NÚMERO 40

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seus filmes. Mas nunca aceitou limitações à sua liberdade criativa, nem à dos seus colegas cineastas.

Considerava que o trabalho de um realizador é essencialmente um ‘ato ético’, logo, não negociável.

Mas o cinema era também o que o mantinha em vida: ‘Deixar de trabalhar é morrer, se me tiram o cinema

morro’, dizia para explicar a sua longevidade.

A sua última obra foi a curta-metragem O Velho do Restelo, que estreou no dia em que completou 106 anos,

a 11 de dezembro de 2014.

A Assembleia da República, reunida em Plenário, presta a devida homenagem ao mestre que, com a sua

arte, tanto deu ao País e apresenta à sua família e amigos as mais sinceras condolências.

Os Deputados, Luís Montenegro (PSD) — Hugo Lopes Soares (PSD) — Inês de Medeiros (PS) — Amadeu

Soares Albergaria (PSD) — Miguel Tiago (PCP) — Elza Pais (PS) — Maria de Belém Roseira (PS) — Maria

Gabriela Canavilhas (PS) — Nilza de Sena (PSD) — Maria Conceição Pereira (PSD) — Isilda Aguincha (PSD)

— Helder Amaral (CDS-PP) — Catarina Martins (BE) — Pedro Pimpão (PSD) — Duarte Marques (PSD) — Maria

Manuela Tender (PSD) — Graça Mota (PSD) — Ferro Rodrigues (PS) — Abel Baptista (CDS-PP) — Michael

Seufert (CDS-PP) — Telmo Correia (CDS-PP) — Rosa Arezes (PSD) — Emília Santos (PSD) — Maria José

Castelo Branco (PSD) — Margarida Almeida (PSD) — Paula Gonçalves (PSD) — Maria José Moreno (PSD) —

Luís Vales (PSD) — João Figueiredo (PSD) — Heloísa Apolónia (Os Verdes) — Vasco Cunha (PSD).

______

VOTO N.º 267/XII (4.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JOSÉ DA SILVA LOPES

Faleceu na quinta-feira, dia 2 de abril, aos 82 anos, José da Silva Lopes.

Natural de Ourém, da freguesia de Seiça, José da Silva Lopes foi um dos mais proeminentes economistas

portugueses do século XX.

Licenciado em Economia e Finanças, pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, veio a

iniciar uma brilhante carreira profissional no Ministério da Economia, em 1955. Enquanto técnico do Ministério

da Economia desempenhou um papel ativo nas negociações para a entrada de Portugal na Associação Europeia

de Comércio Livre — EFTA e no Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e Comércio, entre 1955 e 1969.

Em 1965 tem a sua primeira passagem pela banca privada, enquanto Consultor do Banco Lisboa & Açores.

Uns anos mais tarde, veio a integrar o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, cargo que

ocupou entre 1969 e 1974, dirigindo, simultaneamente, o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério das

Finanças. Foi também Chefe-Adjunto das negociações do Acordo de Comércio Livre com a CEE — Comunidade

Económica Europeia, de 1972.

Foi Governador do Banco de Portugal, cargo que ocupou entre 1975 e 1980.

Integrou os primeiros quatro governos do pós-25 de Abril, entre maio de 1974 e agosto de 1975, exercendo

os cargos de Secretário de Estado das Finanças, Ministro das Finanças e Ministro do Comércio Externo. Foi,

ainda, Ministro das Finanças e do Plano no III Governo Constitucional, em 1978.

Foi Consultor da Caixa Geral de Depósitos entre 1980 e 1991.

Administrador e Representante de Portugal junto do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento,

entre 1991 e 1993, foi também Consultor ocasional do Banco Mundial, tendo chefiado ou participado em missões

desse Banco que estudaram e fizeram recomendações sobre problemas do setor bancário e financeiro na

Turquia, em Marrocos, na Tunísia, na Argélia, no Egito, na Jugoslávia, na Polónia, na Hungria, na Bulgária, na

República Popular da China, nas Filipinas, na Colômbia, no Gana, na Serra Leoa, em Angola e no Quénia.

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