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II SÉRIE-B — NÚMERO 3

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VOTO N.º 3/XIII (1.ª)

DE CONDENAÇÃO E PESAR PELOS ATENTADOS TERRORISTAS EM PARIS

Na última sexta-feira, a humanidade assistiu, com horror, à barbárie.

Um bando organizado de terroristas do autodenominado «Estado Islâmico» espalhou, de forma amoral, o

medo e a morte pelas ruas de Paris.

Pessoas inocentes, de todas as origens e culturas, que se divertiam num concerto, que passeavam junto ao

estádio ou que jantavam em restaurantes da capital francesa, perderam a vida. Perderam a vida pelo menos

129 pessoas, tendo ficado feridas mais de 300.

Não há causa, nem justificação para atos desta natureza. O que se passou é simplesmente inominável.

Estamos a falar do maior atentado terrorista em solo europeu desde os ataques de Madrid de 2004. Estamos

perante uma tentativa clara de trazer para a Europa a cultura da guerra e da violência que estes grupos desde

há muito praticam no norte de África e no Médio Oriente.

Perante o horror absoluto, impõe-se a condenação absoluta. Perante o mal absoluto, deve prevalecer o bem

comum.

Na resposta a dar, impõe-se o respeito pelas liberdades e pelos direitos fundamentais, bem como a

reafirmação dos Direitos Humanos que o terrorismo pretende desafiar. Porque perder a bússola dos valores é a

melhor forma de nos perdermos de caminho.

Impõe-se também a nós, Assembleia da República Portuguesa, a manifestação de pesar às famílias das

vítimas e de toda a solidariedade ao Estado e ao povo francês.

A solidariedade e a cooperação, como a dos parisienses que nessa noite corajosamente acudiram e

acolheram as vítimas dos atentados, são absolutamente decisivas na prevenção e no combate ao terrorismo.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa assim a sua mais veemente condenação

e o seu mais profundo pesar pelos atentados terroristas de Paris.

Assembleia da República, 18 de novembro de 2015.

Os Deputados: Eduardo Ferro Rodrigues (PS) — Hugo Lopes Soares (PSD) — Carlos Cesar (PS) — Pedro

Filipe Soares (BE) — Nuno Magalhães (CDS-PP) — João Oliveira (PCP) — André Silva (PAN).

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VOTO N.º 4/XIII (1.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO CINEASTA JOSÉ FONSECA E COSTA

Faleceu, no passado dia 1 de novembro, José Fonseca e Costa, um dos mais expressivos nomes da geração

do Novo Cinema, nos anos 70, e realizador de filmes como Kilas, o Mau da Fita (1981), Sem Sombra de Pecado,

escrito com Mário de Carvalho e David Mourão-Ferreira (1983), a Balada da Praia dos Cães, uma adaptação do

romance de José Cardoso Pires (1986), ou Cinco Dias, Cinco Noites, adaptação da novela de Manuel Tiago,

pseudónimo de Álvaro Cunhal (1996).

José Maria Carvalheiro Fonseca e Costa nasceu em Caála, Angola, a 27 de junho de 1933, de onde partiu,

em 1945, para Portugal para prosseguir os estudos.

Entre 1951 e 1955, frequentou o curso de Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que

não terminou para se dedicar à direção do Cineclube Imagem, o que lhe valeu ser preso, uma primeira vez pela

PIDE, por ser considerada «atividade subversiva».

Impedido de se dedicar ao cinema, tendo, inclusive, visto ser recusada uma bolsa de estudo solicitada ao

Fundo do Cinema Nacional, para estudar cinema no Reino Unido, e de entrar para o quadro da recém-criada

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